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Review: The Ting Tings - "Sounds From Nowheresville"/Lana Del Rey - "Born To Die"

Durante a última semana, vários dos álbuns aguardados para este ano caíram na internet e entre eles, temos o tão esperado "Sounds From Nowheresville" dos The Ting Tings e o "Born To Die" da queridinha dos blogueiros, Lana Del Rey. Ambos álbuns já estão devidamente salvos em Meus Documentos e rolando exatamente no momento em que escrevo este post, sendo assim, a primeira impressão será a final e neste review não haverá uma segunda chance para o artista, nem para o blogueiro ~cheiro de batata assando~. Vamos ver o que achamos de tudo isso?

O álbum que abre o post é aquele que eu mais temi ouvir: "Sounds From Nowheresville", que é o segundo álbum do duo britânico de indie-pop, The Ting Tings, porque eu temi escutá-lo? Porque antes de apertar play, andei lendo algumas reviews e a opinião dos principais blogs que leio foram extremamente medonhas.
O sucessor do debut album "We Started Nothing" apresenta algo bem diferente do que se pode esperar dos The Ting Tings e de certa forma, algo pretensiosamente maduro, o que não significa que seja ruim. O "Sounds From Nowheresville" começa com "Silence", que já havia sido apresentada ao público como single e serviu muito bem como uma cativante introdução. Deixe eles escutarem seu silêncio... após "Silence", partimos para "Hit Me Down Sonny", que engloba referências indie-pop/rock ao novo material da dupla e mostra que eles não largaram os refrões fáceis e toda aquela interação banda/você/música, boa aposta para single, sim ou claro?



Após sentir toda essa energia de "Hit Me Down Sonny", The Ting Tings te convida para mais agitação com "Hang It Up", que já foi single e sempre me sôou como uma ótima faixa. Muitas batidas, solos de guitarra, a letra arriscadamente grudenta, isso é The Ting Tings. Bom, o álbum realmente me deixou surpreso após "Give It Back", que explora melhor os dons artísticos de Jules - que solta a voz na faixa -, além dos vocais de Jules, "Give It Back" vem com um instrumental bem curioso, trazendo mais uma vez as guitarras e de quebra, algumas palmas.


Como The Ting Tings ainda é um duo indie barra alternativo, nem tudo em "Sounds From Nowheresvillle" é necessariamente comercial, e você só nota isso claramente após "Guggenheim", que lembra vagamente o ritmo de "Hang It Up", porém traz contigo batidas um tanto excêntricas e não, não é minha favorita do álbum. Falando em favorita do álbum, agora vamos para "Soul Killing" que é toda bonitinha, tropical e pronta para o verão! A sexta faixa do álbum foge de tudo o que o TTT já fez e nessa até os vocais de White mudaram, destaque para as batidas que conseguem ser mais excêntricas que da faixa anterior, mas desta vez, de forma positiva.


Mantendo um equilíbrio no álbum, a sucessora de "Soul Killing" é "One By One", que já apresenta algo mais calmo e que estranhamente me lembrou algumas faixas do "Torches" do Foster The People. A faixa poderia ocupar o cargo de Melhor do Álbum, eu disse "poderia", porque a sucessora de "One By One" se chama "Day To Day" e é meus mais novo vício sonoro.




Não é todo dia que vemos The Ting Tings lançando uma musiquinha tão bonitinha como "Day To Day" e independente do que eu li sobre a mesma em ~certos blogs~, foi amor a primeira ouvida e essa é minha música favorita do "Sounds From Nowheresville" até eu cansar de escutá-la. Aí, depois da lindeza que define "Day To Day", resolveram colocar uma faixa paradinha chamada "Help" e tudo o que eu queria era uma ajuda para entender porque não a deixaram para fechar o álbum, já que a mesma tem aquele "quê" de acabou, sabe? Mas não acabou não, porque quando você já estava naquele feelings de créditos finais com agradecimentos aos produtores e aos fãs que esperam pelo álbum há muuuito tempo, eles nos mostram "In Your Life", que não é algo que esperava ouvir dos TTT em vida. Posso estar falando besteira, mas de início, "In Your Life" super lembrou dona Lana Del Rey - em especial, "Video Games". Fim do álbum, gente! Nossa nota final é 8.


Eu terminei a resenha do álbum dos The Ting Tings lembrando de Lana Del Rey e vamos falar dela agora mesmo. O álbum de estreia da cantora norte-americana, "Born To Die", também caiu na internet e assim como o "Sounds From Nowheresville", não foi tão elogiado como eu esperava.
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O álbum abre seus trabalhos com a faixa-título, "Born To Die", que como eu já havia dito aqui no blog, nunca me chamou muita atenção. A faixa traz a melancolia exagerada de Lana, que escutaremos durante todo o álbum e aparenta um tanto estranho vindo de Lana, mas "Born To Die" traz uma letra um tanto clichê, mas como nascemos com a certeza de que vamos morrer, podemos continuar com o álbum e partir para "Off To The Races" que é uma das melhores do álbum e a segunda faixa do "Born To Die".



"Meu velho é um homem durão, mas ele tem uma alma tão doce quanto sangue de geléia vermelha", diz dona Lana na faixa, "Off To The Races" traz um instrumental curioso e de certa forma, me remete ao indie-rock, mas nada que gere uma nova etiqueta para Lana.



Quando cheguei em "Blue Jeans", me lembrei que este álbum nem é lá tão inédito. Quase todas as faixas já circulavam na internet antes mesmo do vazamento do álbum e "Blue Jeans" é uma delas. Nesta faixa, Lana mostra mais uma vez todo seu exagero quando o assunto é amor e promete amar seu homem até o fim dos tempos. Se você não é muito fã de músicas calmas, pode ignorar a quarta faixa e ir jogar um video game.



Quebrando o gelo "Blue Jeans" e "Video Games", a faixa nº5 é "Diet Mountain Dew" e lá vamos nós com mais melancolia-romântica-exagerada, porém com o adicional de um instrumental "animadinho". Você não é bom para mim, mas eu te quero. E se "Diet Mtn Dew" quebrava o gelo, "National Anthem" vem para fazer todo mundo ficar com vontade de matar essa Lhama do Rei.

A faixa que já havia vazado há algum tempo, apresentava um instrumental semelhante à "Off To The Races" e diferente do que Lana já havia mostrado, trazendo também solos de guitarra e um vocal quase que puro, porém, o que muitos (incluindo eu) não sabiam, era que a versão vazada não passava de uma demo, demo que ficou no passado e se tornou uma das faixas mais clichês do álbum. O comecinho com um samplezinho que até New Kids On The Block já usou, fogos de artifícios e no fim, até o coral perde sua força. Uma de minhas metas para esse ano: ignorar demos.


Depois da decepção de "National Anthem", vamos com uma das faixas mais elogiadas pelas reviews alheias: "Dark Paradise". Essa não é a mais elogiada por acaso, "Dark Paradise" é incrívelmente boa e mostra muito do que Lana ainda não havia conseguido mostrar com "Blue Jeans" e derivadas, porém, a diferentona aqui também traz o exagerado amor de Del Rey: "te amar para sempre não pode ser errado".


Sabe onde notamos que Lana Del Rey é realmente diferente do que vemos no topo da Billboard Hot 100? Quando a cantora lança uma música chamada "Radio" e passa longe das batidas de David Guetta ou dos refrões facilmente grudentos de Rihanna. Aqui não tem nada de "Don't Stop The Music", bebê! Em "Radio", Lana fala sobre o gosto da fama e de certa forma, usa isso para mais uma de suas hipérboles amorosas: "querido, me ame, porque agora eu estou tocando no rádio". Incrível.


Depois de muito amor, Lana Del Rey parte para uma fria obscuridade - desta vez mais "visível" do que nunca - em "Carmen", que narra a história de uma admirável garota de 17 anos que sai pelas ruas de noite, usando vestido, batom e confiando na simpatia de estranhos. Minta para si mesma, todos te amam.


"Um para o dinheiro, dois para o show", a décima música do "Born To Die" ~em sua versão deluxe~ traz o tal termo em destaque. Na faixa "Million Dollar Man", Lana Del Rey volta a falar de seus amores e aproveita a faixa para explorar melhor seus vocais. Gosto do instrumental de "Million Dollar Man", mas basta a faixa sucessora, "Summertime Sadness", tocar para que esta seja apenas mais uma no álbum. Como eu disse, Lana Del Rey é diferente das outras cantoras e nada melhor do que uma música triste sobre o verão, para reforçar toda a melancolia que ronda o "Born To Die".


A sucessora de "Summertime Sadness" é mais um dos pontos fortes do álbum, "This Is What Makes Us Girls". Com um instrumental que te prende do início ao fim da música, Lana fala um pouco sobre os modos de garota e reforça o lema de Beyoncé, dizendo que sim, elas dominam o mundo. Bom, após "This Is What Makes Us Girls", Del Rey segue com as batidas mais excitantes do álbum com "Without You", que sim, também fala de amor.

Então depois dessas treze faixas, "Born To Die" parece ter muito do mesmo e no geral, poucas faixas conseguem chamar a atenção, mas aí Lana libera o pop que há em seu sangue e esfrega "Lolita" na nossa cara, da melhor forma possível. Nesta faixa, Lana Del Rey está cantando, fazendo "rap" e rimando "d.a.r.k" com "p.a.r.k.", quer mais do que isso? "Eu sei o que os garotos querem e não vou jogar".


Com exceção de David Guetta, LMFAO e Black Eyed Peas, uma música calma é perfeita para fechar um álbum e Lana Del Rey soube usar muito bem isso em "Born To Die", equilibrando muito bem sua tracklist. Isso fica claro quando vemos "Off To The Races" entre "Born To Die" e "Blue Jeans" ou "Lucky Ones", que sucede "Lolita" e precede o fim. A nota para o "Born To Die" é 10 e chamem de puxa-saquismo, a gente não liga.
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