Divertidos, retrôs, gays e nem sempre radiofônicos, os rapazes (e a garota) dos Scissor Sisters estão de volta com seu quarto álbum de inéditas, "Magic Hour", e nele a banda retoma toda a mágica, no sentido literal da palavra, que muitos não sentiram no álbum anterior, "Night Work", e fizeram o que eles fazem de melhor, sendo os Scissor Sisters.
Em seu novo material, a banda não economizou no quesito "artistas do momento", trazendo nomes como Azealia Banks e Calvin Harris para o álbum, mas acreditem, a mágica de verdade, acontece quando estão sozinhos, digo, com todas as zebras e animais que vem estampando as novas fotos promocionais da banda. A mágica desse novo álbum é tanta, que eu, Guilherme Tintel, precisei chamar esforço e vou dividir essa review com outro blogueiro aqui do It Pop, João Batista. Vamos ver se juntos - eu, o João e você - chegamos à uma boa conclusão sobre o "Magic Hour"? Dá um clique depois do pulo, para conferir nossa review faixa à faixa e nossa nota final para o álbum!
1) "Baby Come Home"
O álbum inicia com "Baby Come Home", que já ganhou seu videoclipe e é quase um funk de cabaré. Analisando com calma o "Magic Hour", é fácil notar porque "Baby Come Home" é a primeira faixa, afinal, ela serve como um bom aquecimento para a toda a sem-vergonhice em que a banda prossegue com o disco. É gostosa de se ouvir, extrovertida e animada na medida certa.
2) "Keep Your Shoes On"
Sabe o que falamos sobre a sem-vergonhice do álbum?! Cá estamos com uma das faixas mais sem-vergonhas do "Magic Hour", sendo também uma das melhores do material. Depois da bonitinha "Baby Come Home", eles nos lembram do porquê que são famosos e ativam a "bitchlidade" da banda no nível máximo. Todo o instrumental, que mescla o pop radiofônico com uma coisa meio reggaeton, é tão incrível quanto à letra.
3) "Inevitable"
Es que no enamorarme de ti, es inevitable... (Dulce María, pare de cantar na minha cabeça!) A faixa é uma boa melodia e é inevitável não escutar esse refrão em sua cabeça após escutá-la, mas, a faixa acabou um tanto prejudicada pela tracklist, até porque ficou entre o batidão safadinho de "Keep Your Shoes On" e as batidas de Calvin Harris em "Only The Horses". Mas que fique registrado, essa também está entre as melhores do álbum.
4) "Only The Horses"
Quando chegamos na aclamada "Only The Horses", começamos a pegar o "esquema" do "Magic Hour", que inicia com uma baladinha (ou semi-baladinha, haha) e depois traz algo mais agitado, outra baladinha, algo agitado, "Inevitable" e "Only The Horses". A faixa, produzida por Calvin Harris, não apresenta nada muito característico dos Scissor Sisters e isso fez com que alguns fãs da banda não curtissem muito esse tiro radiofônico do álbum, mas vocês sabem como é, né?! As batidas Harrianas são as que estão bombando e nossas irmãs tesouras não perderiam a chance de contar com a participação do escocês, claro. Por fim, essa junção de Calvin e Scissor Sisters casaram muito bem e fez com que esses cavalos passassem por nossa listinha de melhores do álbum (todas são as melhores, produção?!).
5) "Year Of Living Dangerously"
Assim como "Keep Your Shoes On", a quinta faixa do álbum logo nos remete ao antigo Scissor Sisters, mas sendo uma baladinha e das boas. A faixa tem uma pegada bem retrô e arriscaria dizer, inclusive, que traz alguns elementos característicos do Eurythmics (falei demais?!). Achei ótima.
6) "Let's Have A Kiki"
Ironia, pegação, "Ru Paul's Drag Race" e toda a sem-vergonhice já citada no post, vamos de "Let's Have A Kiki", gente? A faixa começa com uma conversa de telefone, em que um convite para um "kiki" - encontro de drag queens para fofocar e se experimentarem -, mas logo, toda a chata conversação dá lugar para um refrão repetitivo e bem pegajoso. É boa.
7) "Shady Love (feat. Krystal Pepsi)"
"Shady Love" foi a primeira faixa oficialmente divulgada do álbum "Magic Hour" e foi uma das grandes responsáveis por minha curiosidade pelo novo material dos Scissor Sisters. Ela foge completamente dos iniciais objetivos da banda e vem, de forma discontraída, com batidas longe de serem radiofônicas e algumas rimas vindas de Jake Shears, o que é a granda sacada da faixa. De quebra, a canção ainda conta com a participação de Azealia Banks.
8) "San Luis Obispo"
Essa faixa dispensa apresentações, né?! "San Luis Obispo" foi uma daquelas faixas vazadas antes do álbum e nela, temos Jake Shears entoando uma faixa à la luau e logo idealizamos praia, mulheres bonitas, uma lua linda no lugar onde deveria estar um sol rachando e outras coisas que nos remetam ao verão. Guilherme Tintel acha incrível, João Batista descartável.
9) "Self Control"
A oitava faixa do "Magic Hour" pode ser facilmente comparada com a fórmula de "Inevitable", que apresenta algo retrô e bem semelhante ao antigo Scissor Sisters, ainda nos remetendo ao Eurythmics. A faixa traz um refrão repetitivo e marcante, porém o conjunto em geral, acaba nos levando à lugar nenhum, ou melhor, à décima faixa, servindo quase como um interlúdio.
10) "Best In Me"
Scissor Sisters fazendo eletrobrega?! No começo de "Best In Me", parece que seu iPod/MP19/celular deu tilt! e partiu para aquela sua pasta secreta com todo o EP da Banda Uó, sabe?! Mas antes que você fique vermelho por estar escutando Banda Uó em público, a música toma seu rumo e volta com aquele objetivo inicial do "Magic Hour", que se divide entre a "bitchlidade" e o lado "muito amor" da vida.
11) "The Secret Life of Letters"
Enquanto o álbum apresenta, em geral, canções carregadas de alegria e ironia, "The Secrest Life of Letters" mostra um Scissor Sisters beirando a melancolia, bem diferente do que estamos acostumados a vê-los, e sua letra é digna de ser eleita a mais tocante deste álbum. Fantástica!
12) "Somewhere"
Seguindo a linha das baladinhas do "Magic Hour", a décima-segunda faixa seria um perfeito adeus para o álbum, finalizando-o com chave de ouro, mas não rolou. Lembra o que falamos sobre o álbum passear por altos e baixos de baladinhas e batidões?! Pois então, justamente isso foi o que barrou "Somewhere" de finalizar o álbum. A faixa tem uma pegada oitentista, mas ainda assim, consegue soar bem atual.
13) "Ms. Matronic's Magic Message"
A princípio, eu achei curiosa a ideia de "Ms. Matronic's Magic Message", que é uma mensagem de voz, falando sobre o quão bom foi o "kiki" da faixa seis, porém, peguei rapidamente uma raivinha da faixa, afinal, não tem uma música ali e imagina, sei lá, você todo empolgado escutando o "Magic Hour" e do nada, é interrompido por uma mensagem de voz. Não rolou.
14) "Fuck Yeah"
Sabe aqueles memes 'fuck yeah' do Facebook? Eles são usados quando querem mostrar algo muito bom, uma piadinha que inclua algum ato sensacional, que mereça um 'fuck yeah' e é mais ou menos isso que rola na última faixa do "Magic Hour" - na verdade, ela antecede dois remixes. A faixa, por sua vez, faria um melhor trabalho se estivesse posicionada um pouco mais alta na tracklist, afinal, casa muito bem com a animação de "Shady Love" ou "Keep Your Shoes On".
Resumindo: "Magic Hour" é, sem dúvidas, um dos materiais mais característicos dos Scissor Sisters e todas essas misturas gostosinhas, que vão de Calvin Harris à semelhanças com Banda Uó, passando ainda pela rapper alternê Azealia Banks, funcionaram muito bem e garantem que os Scissor Sisters passe por nossa listinha de melhores do ano. E por fim, nossa nota para o álbum é...
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