Em seu sexto álbum, intitulado "The 2nd Law", o que temos é uma Muse disposta a mostrar à que veio ao mundo, armada até os dentes e assumindo uma certa liderança. O álbum é o primeiro grande investimento da banda nos elementos eletrônicos, uma vez que eles vinham mantendo apenas um "flerte" desde o "Origin of Symmetry", e não tenho dúvidas quanto a forma com que ele virá a marcar a carreira da banda. É mais que uma aventura eletrônica, quase que épico, e o melhor disso é que você também está convidado pra conferir tudo isso de pertinho. Vem com a gente!
Acalmando os nervos, Muse nos apresenta "Explorers", que não deverá agradar muitos de primeira, mas também tem sua importância no disco. A canção talvez tenha sido mal colocada na tracklist e acaba um tanto ofuscada, principalmente antecedendo o show de guitarras de "Big Freeze". A nona faixa do álbum vem carregada com muitos elementos, porém todos um tanto enrustidos, que acabam por não se revelar até o último segundo da canção. "Save Me" dá sequência à tracklist, e nos surpreende trazendo aos nossos ouvidos os vocais de Christopher, nessa faixa tudo já está mais relaxado e nem a bateria insiste em algo mais pesado, dando uma certa aliviada em toda a tensão do disco.
A "descansada" de "Animals" à "Save Me" não dura muito e a banda volta a assumir o perfil marrento que veio traçando durante todo o álbum, então chegamos à "Liquid State", que é uma das faixas mais rock'n'roll do disco e chega a aparentar estar numa versão demo, algo semelhante com o que a brasileira Fresno fez no EP "Cemitério das Boas Intenções". Pra fechar o álbum, o que temos é "The 2nd Law: Unsustainable" e "The 2nd Law: Isolated System", ambas são quase que só instrumentais, apenas para reforçar a ideia do mundo problemático que está de braços abertos para o tal CD. De um lado uma verdadeira overdose de dubstep e do outro uma calmaria que chega a impressionar. Seja lá qual foi a verdadeira função desta junção, funcionou bem.
Resumindo: a cantora Demi Lovato tem razão, o dubstep já está um tanto saturado nas rádios, mas não podemos negar que essa tendência, quase que perturbadora, é incrível de se ouvir e que funcionou muito bem com o Muse. Ficamos felizes em saber que "The 2nd Law" não anuncia a chegada de uma nova banda e sim reafirma o que uma banda antiga já vinha tentando mostrar. O que temos aqui não é uma Muse insegura que se rende às modas radiofônicas para garantir um espaço em seu iPod, e sim uma Muse mostrando que pode fazer mais do que esperávamos. Essa é a nova lei.
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