Com produções de nomes como Max Martin, Shellback e Bonnie McKee, o sétimo álbum de estúdio de Xtina busca englobar ~todas as Aguileras~ que conhecemos nesses treze anos, incluindo uma boa dose de maturidade e claro, a experiência que a cantora adquiriu — no suce$$o e na ausência dele. Vamos examinar o pólen dessa flor? Então dá um play no "Lotus" aí na sua casa e vem com a gente!
01) "Lotus Intro"
02) "Army of Me"
A gente sabe que teve muitas resenhas por aí dizendo que todas as músicas mereciam ser singles e blá blá blá, mas a única que faz isso valer aqui é "Army of Me". Aguilera está forte, se levantando, pronta pra lutar. Quem disse que não temos nada equivalente à "Fighter" por aqui?
03) "Red Hot Kinda Love"
Quente, animada e feita pra dançar! Após o começo ~mantrístico~ e a pesada "Army of Me", essa faixa nos dá sinal livre pra descontração. Por mais que o instrumental não seja nada pretensioso, essa é uma das músicas que melhor explora o que os vocais de Xtina tem a nos proporcionar, tem
04) "Make The World Move (feat. Cee Lo Green)"
Hora de conferirmos o primeiro dueto do CD! Entre o que eu li sobre esse novo disco, pouquíssimos aprovaram a parceria da Xtina com o Cee Lo em "Make The World Move", mas acredito que seja apenas uma questão de tempo para reverem seus conceitos. É um batidão bem característico do que já conhecemos do Green, sem fugir da proposta da Aguilera. Radiofônica e agitada na medida certa! Quero ver Claudinha Milk e Carlinhos Brown fazendo melhor no Brasil!
05) "Your Body"
O comentadíssimo carro-chefe. É provável que muitos de vocês já tenham escutado a canção e, como a maioria, aprovado, mas devo deixar registrado que ela não é uma das melhores do álbum. Agora que temos todo o disco em mãos, temos certeza que Aguilera tinha muitas outras opções que poderiam ser usadas como cartão de visita do "Lotus", mas vai ver foi opção da cantora apresentar algo ~menos arriscado~.
06) "Let There Be Love"
Você está na balada, já cansou de dançar "Where Have You Been" e outras centenas de remixes de alguma coisa do Calvin Harris que esteja na rádio, aí começa a tocar "Let There Be Love". Péra, essa eu ainda não conheço! É da Aguilera? Meu Deus, não serei eu esta noite, essa É minha MÚUUSICA! Tudo bem, acho que pegaram a mensagem.
07) "Sing for Me"
Já tivemos uma amostra da Xtina dançante, Xtina pronta pra lutar, renascer e até pra fazer o mundo se mexer, não estão sentindo falta de nada? "Sing for Me" é a primeira baladinha do "Lotus" e executa muito bem seu trabalho, acalmando nossos ânimos após as faixas que a antecedem. Emotiva e sem exageros. Aprovada.
08) "Blank Page"
CATAPLOFT!
09) "Cease Fire"
E "Lotus" ganha peso (sem piadinhas de mau gosto, pfvr) outra vez! "Cease Fire" quebra toda a torta de climão de "Blank Page", mandando aquela lágrima que ia cair por seu rosto voltar para seu posto — "Sim, senhor!" ela responderia, militarmente, se pudesse falar. "Estou cansada de lutar pela paz quando estou sozinha na linha da frente", só eu já estou imaginando mil e uma cenas de um clipe banhado em referências bélicas?
10) "Around The World"
Sorry, Justin Bieber. De Hollywood ao Japão, Tóquio à Milão, Brasil à Ibiza, Christina quer fazer amor ao redor do mundo. As batidas mantém o clima imposto por "Cease Fire", só que com a pressão militar sendo substituída pela sensualidade. Um dos pontos altos da canção é a clara referência de Aguilera à "Lady Marmalade": "Voulez-vous coucher avec moi ce soir?" (Google it!).
11) "Circles"
Quando que você acordou esperando escutar Xtina mandar você ~girar~ em seu dedo do meio? Soa um tanto imaturo, irresponsável e até mesmo irônico. Nem é preciso dizer o quão ótima isso é, não é mesmo? O refrão ainda conta com vocais abafados, semelhantes ao som de uma rádio mal-sintonizada, e o adicional "motherfucker". Já pensou a polêmica que seria se fosse lançado como single?
12) "Best of Me
Nos primeiros segundos, tenho a quase certeza de que Rihanna faz uma participação especial, mas logo notas mais altas começam a ser alcançadas e se torna possível notar que não confundiram nenhuma vazada do "Unapologetic" com a pasta do "Lotus". O instrumental traz de volta o clima militar, mas de uma forma mais "tímida", e também retorna com o clima emotivo que conferimos há algumas faixas atrás.
13) "Just A Fool (feat. Blake Shelton)"
Tem coisa mais legal que poder unir o útil ao agradável e convidar ozamigos do trabalho pra fazer o que sabem de melhor? Christina Aguilera teve a chance de cantar com Adam Levine em "Moves Like Jagger", trouxe Cee Lo Green para o "Lotus" em "Make The World Move" e agora se une também ao Blake, na melhor parceria do álbum. "I had my heart set on you/ Nothing else hurts like you do". Pra ser sincero, nunca fui muito chegado em música country, mas sendo apresentada por Aguilera funcionou bem comigo!
14) "Light Up The Sky"
Essa vem pra reforçar a mensagem da introdução! "Now we have wings, we can fly. We can be kings, you and I Wipe away the tears from our eyes. We light up the sky". Seria demais afirmar que é a melhor baladinha do álbum? Pois é! "Light Up The Sky" não traz nada que já não tenha passado por nossos ouvidos pelos últimos minutos, mas ainda assim consegue trazer algo à mais, que a ilumina nesta tracklist.
15) "Empty Words"
"Então vá em frente e diga o que tem à dizer/ Você sabe que está apenas jogando palavras vazias no meu caminho/ Porque você não vai me quebrar/ Você não pode me derrubar". Em contrapartida à mensagem positiva de "Light Up The Sky", "Empty Words" traz de volta o drama tão presente no álbum. Assim como "Blank Page" é a "Beautiful" deste disco, podemos dizer que "Empty Words" é uma prima próxima das duas.
16) "Shut Up"
Encerrando o álbum, aquela que "entrou sem dar oi e saiu sem dar tchau" numa entrevista para uma grande emissora brasileira dá adeus te mandando calar a boca. Com frases como "You think you're something special, don't you?" ou o quase icônico "Kiss my ass (oooh)", "Shut Up" é uma vertente ainda mais legal da Xtina que vimos em "Circles" — na verdade, ela consegue ser mais direta e ainda mais imatura, o que amamos!
Resumindo: o grande problema do "Bionic" foi ele ser grande demais, em todos os sentidos, erro que Christina Aguilera não repetiu no "Lotus". O álbum vai facilmente das baladinhas ao pop, passando ainda por fases bem dramáticas e outras bem descontraídas, mas sem pesar demais em nenhuma delas. É uma proposta leve, divertida e o melhor, radio-friendly. Desta vez Xtina plantou bonito, o negócio é torcer pra que a colheita também seja generosa!
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