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Review: O tortuoso caminho até a felicidade em “Utopia”, o novo EP da Kerli!


Lá em 2007, no país que talvez você nem saiba onde fica exatamente, a Estônia, surgia uma cantora chamada Kerli Kõiv. Kerli despontou no mundo da música – efetivamente – em 2008, com seu debut álbum, “Love Is Dead”. Como o próprio nome já revela (“o amor está morto”), Kerli adotou para si uma persona gótica, quase uma Avril Lavigne (Black & Emo Version). O álbum, que tem uma sonoridade interessante, rendeu apenas um single efetivo, a fofa Walking On Air, e não fez tanto sucesso (mas chegou a #126 na Hot 200 da Billboard, um feito bem relevante para uma artista de tão longe e estreante).


Depois desse primeiro capítulo, Kerli viu que ser down não tá com nada e adotou o alimento dos deuses, que move o mundo da música: a farofa. A primeira delas foi a in-cri-vel Army Of Love, que rendeu o primeiro #1 na Billboard para a moça, na Hot Dance Club Songs, parada onde reina Madonna, Rihanna, Lady Gaga, Beyoncé e outras lendas do Pop (e você aí chamando essa linda de flopada).

Continuando a saga farofística, Kerli lança a obra-prima do bate cabelo e da ferveção na dancefloor, Zero Gravity. A faixa, que serviu como “amostra” para o material seguinte da cantora, ganhou um ótimo clipe todo em chroma-key (NENHUM dos cenários são reais) e extremamente futurista, e pegou #6 na Hot Dance Club, prosseguido com a boa fase da cantora. A moça ainda fez uma faixa para a trilha-sonora do filme “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton (Tea Party) e co-escreveu Skyscraper da Demi Lovato. Nada mal, hein? Agora Kerlinda nos apresenta seu mundo utópico em busca da felicidade. Vem seguir o caminho de luz na resenha do “Utopia”?

1. Can’t Control The Kids
Para mostrar que a farofa é boa e é mole sim, Kerli abre seu EP com a shake your hair, bitches Can’t Control The Kids. Bem eletrônica e dance, a faixa fala sobre a rebeldia em busca da liberdade, enquanto se relaciona com pessoas de caráter duvidoso. “Se você quer fazer o que eu quero fazer, então nós estamos indo baixo”. Impossível resistir à tentação do proibido.

2. The Lucky Ones
O lead single do EP continua com a farofa, com pegada trance e muitos sintetizadores. A faixa foi escrita depois que um amigo de Kerli se curou “milagrosamente” de um câncer, por isso nós somos sortudos. O clipe, lindíssimo, conta a história de alguns casos de quase tragédias que acabam com o “final feliz”. Música simples, porém cativante. E teve peak de #1 na Hot Dance Club Songs, o segundo da cantora, beaj pros haters.
3. Love Me Or Leave Me
Caminhando para ser o segundo single do material, Kerli mostra que pode fazer tão bem quanto Rihanna e sua Diamonds: sair da farofa e ir pra balada sendo linda. Bem bonitinha, a música é aquele clichê (como o título já nos informa) de “me ame ou me deixe”, algo que funcionou melhor em Marilyn Monroe da Nicki Minaj, por exemplo, mas sem desmerecer Love Me Or Leave Me, que é fofa.

4. Sugar
Minha queridinha do álbum, Sugar é um docinho. Carregada de sintetizadores bem synthpop, começa bem manhosa e cai no refrão, que de tão, mas tão envolvente, é de matar. Daquelas pra sussurrar no pé do ouvido “UUUUUUH *sintetizadores humanamente indecifráveis* BE SWEET LIKE SUGAR, AAAAAH” e arrepiar.

5. Here And Now
Voltando pra farofa, esta começa com os vocais até tranquilos, e explode no refrão robótico e alucinante. Dá vontade de colocar no carro, volume máximo e #partiu estrada. “Eu quero voar como se não pudesse estar caindo e nós não vamos nos preocupar, querido, vamos mandar na noite”. Hino, sim ou pfvr evidente? Kerlinda e suas farofas lindas <3

6. Chemical
A faixa de amor definitiva da estoniana. Linda, linda, linda, o amor entre minha pessoa e essa música é mais do que química, é uma sensação incomum e eu não posso ter o suficiente. É utópico. Ao piano, maneira brilhante de fechar o EP.


Resumindo: Kerli pode não ser a cantora mais famosa do mundo, pode não arrasar nos charts, pode não ter uma legião de fãs, mas é sincera consigo mesma. Suas músicas, sim, acompanham as tendências do inferninho pop muóderno, porém ela continua pregando sua visão e fazendo música para: just fun. O que Kerli quer de verdade com o “Utopia” (que tem o encarte mais Illuminati do ano até agora, pfvr amando) não é criar uma obra revolucionária, conceitual, pretensiosa, e sim espalhar beijos de luz para todo mundo.
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