Os retornos desse ano estão longe de acabar e, entre tantos
grandes nomes como Bowie e Justin Timberlake, também estamos mais que ligados
em alguns nomes revelados pela Disney nos últimos anos, como Selena Gomez, Demi
Lovato, Jonas Brothers e a atração desse post, Miley Cyrus. Pra adolescentes ou
não, todos esses artistas citados já passaram por nossa vida em algum momento,
seja por bons álbuns completos ou aquele hit do momento, e alguns deles já
estão até garantidos quanto ao status de artista pop, mas caso algumas pessoas
ainda estejam em dúvida sobre isso, todos aproveitaram esse mesmo ano pra se
afirmarem de vez, primeiramente mostrando que cresceram e, claro, a que veio.
Famosa por protagonizar a série “Hannah Montana”, Miley
Cyrus caminha por essa tortuosa linha de maturidade para a mídia há um tempo.
Em seu último CD, “Can’t Be Tamed”, ela adotou visual e letras mais sexys que,
obviamente, chocaram seus fãs mais jovens e pais conservadores, mas antes que
tudo o que fez até hoje afundasse por água abaixo, ela resolveu adotar uma postura
que se mostrou radical gradualmente, revelando tanto aos fãs quanto imprensa
que deixava aquela menininha da Disney pra trás por doses homeopáticas. Pra que
tudo funcionasse perfeitamente, Cyrus incluiu neste projeto uma pausa nos
trabalhos e assim descansou sua imagem, até reaparecer com cabelos curtos e
loiros, quase casada e com um novo disco em fase de produção, ao lado de nomes
como Pharrell Williams, Dr. Luke, Sia, No Doubt e vários outros nomes mais que
interessantes.
Abrindo os trabalhos do novo CD, o primeiro single do
material é a canção “We Can’t Stop” e aqui temos Miley assumindo mais um
desafio. Ao contrário do que os artistas costumam fazer para atrair atenção aos
seus lançamentos, a nova música de trabalho de Cyrus não soa nada comercial em
sua primeira ouvida, além de em momentos mais parecer uma demo da Rihanna do
que um single em si, mas bastam mais alguns plays pra que notemos o quão genial
foi toda essa investida. Desde quando anunciaram que essa seria uma produção do
Mike Will Made It, que já trabalhou com a citada Rihanna (além de Ciara, Kanye
West e outros), já esperávamos por algo bem urbano, e temos nossas expectativas
alcançadas. É aquela música pra fim de festa, dançante na medida do possível e
sem qualquer vestígio de dubstep ou tendências radiofônicas, e pensando neste
sentido funciona muito bem.
Não tem um refrão de grande impacto, nem um momento em que a canção realmente "aconteça", mas é desta forma devagar quase parando que ela nos ganha, seja com o coral do momento em que Miley canta sobre dizer e fazer o que quiser ou nos toques característicos do Mike, como os vocais graves que acompanham quase toda a música, sendo um bom exemplo daqueles casos onde menos é mais.
Pra quem perdeu todo o projeto que comentamos no segundo
parágrafo e ainda lembra de Miley por “Party In The USA” ou “7 Things”, é
provável que essa nova pegada soe um tanto forçada, assim como sem identidade,
mas tudo o que conseguimos ouvir é justamente o que ela tem mostrado que “se
tornou” atualmente e, no fim, as mudanças nem são tão drásticas o quanto
parecem. Seja como for, talvez sejam necessárias algumas coisas realmente dançantes nesse álbum, mas queremos mais dessa Miley que, como disse o Ryan
Seacrest, agora não é só indomável, como também imparável.
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