Um dos maiores objetivos das atuais Disney-stars é se desvincular da imagem fabricada e forçada que elas tinham que carregar enquanto trabalhavam por lá. Os três maiores exemplos atuais disso são Demi Lovato, Selena Gomez e Miley Cyrus. Coincidência ou não, as três lançaram (ou lançarão, no caso da última) seus novos álbuns nesse ano, todos com aquele desejo de "fritar o Mickey no panelão". A primeira a se lançar na empreitada foi Lovato com o álbum "Demi", que não foi tão feliz quanto esperávamos. Depois veio Selena, com o "Stars Dance", que chegou com um pop reciclado porém mega divertido, o que garantiu uma vantagem em relação à primeira (não estou dizendo que há uma competição, apenas analisando cada uma dentro dessa proposta).
Aí chegou a vez de Miley. Primeiramente ela radicalizou com o visual. Fez undercut, apareceu com roupas cada vez mais ousadas, declarações polêmicas e *BOOOM* veio "We Can't Stop", o primeiro single do seu novo álbum, "Bangerz", e embaralhou tudo o que esperávamos da cantora. Do seu vídeo até sua performance no VMA que, querendo ou não, entrou para a história, Miley se mostrou empenhada em se livrar da imagem fofa e água com açúcar que carregava (cogitou até tirar o "Cyrus" do seu nome artístico). Então, aproveitando os holofotes que estavam em cima dela, "Wrecking Ball" foi lançada como segundo single.
Aí chegou a vez de Miley. Primeiramente ela radicalizou com o visual. Fez undercut, apareceu com roupas cada vez mais ousadas, declarações polêmicas e *BOOOM* veio "We Can't Stop", o primeiro single do seu novo álbum, "Bangerz", e embaralhou tudo o que esperávamos da cantora. Do seu vídeo até sua performance no VMA que, querendo ou não, entrou para a história, Miley se mostrou empenhada em se livrar da imagem fofa e água com açúcar que carregava (cogitou até tirar o "Cyrus" do seu nome artístico). Então, aproveitando os holofotes que estavam em cima dela, "Wrecking Ball" foi lançada como segundo single.
"Wrecking Ball" é uma power ballad carregada de um teclado nervoso que se mistura numa progressão de matar. "Nos arranhamos, acorrentamos nossos corações em vão. Pulamos, sem nem mesmo perguntar o por quê. Nos beijamos, eu caí em seu feitiço, um amor que ninguém poderia negar". Aí chega a ponte com o sincero "Eu sempre vou querer você". Desde Adele, a segunda década do século XXI está acostumada a abraçar as dores do amor de uma forma impressionante, e o refrão da canção é universal: "Eu vim como uma bola de demolição. Nunca me atirei em um amor com tanta força. Tudo que eu queria era quebrar seus muros, mas tudo o que você fez foi me quebrar. Sim, você me demoliu". A força que esse refrão possui talvez nem a própria cantora tivesse noção antes do seu estouro. Impecável.
Confesso que me decepcionei um pouco quando vi que a Miley não teve participação na composição da faixa (composta por Dr. Luke, MoZella, Stephan Moccio, Sacha Skarbek e Cirkut, todos grandes nomes que já trabalharam com os maiores artistas atuais), mas podemos perdoar pelos vocais arrasadores, que sobem e descem nos versos e criam uma sonoridade divina (notem, é "I PUT you HIGH up IN the sky AND NOW, you’re not coming down").
Confesso que me decepcionei um pouco quando vi que a Miley não teve participação na composição da faixa (composta por Dr. Luke, MoZella, Stephan Moccio, Sacha Skarbek e Cirkut, todos grandes nomes que já trabalharam com os maiores artistas atuais), mas podemos perdoar pelos vocais arrasadores, que sobem e descem nos versos e criam uma sonoridade divina (notem, é "I PUT you HIGH up IN the sky AND NOW, you’re not coming down").
"Wrecking Ball" é, de longe, um dos melhores lançamentos de 2013. A letra é perfeita, a melodia foi criada por anjos e os vocais - novamente - arrasadores. Miley pode até estar usando de recursos controversos para "estar na mídia", mas o que importa é que ela está fazendo isso para que um ÓTIMO trabalho ganhe visibilidade (e para tirar a tão falada "imagem da Disney"). Apesar de achar que a cantora não está forçada, e sim ESforçada, a grande verdade é que Miley Cyrus veio nos charts, nas nossas concepções e na música como uma bola demolidora.
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