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It Pop elege: os 35 melhores singles do ano de acordo com a nossa equipe!


Dizem as más línguas que 2013 foi um ano fraco para o pop, mas basta revirar os principais lançamentos do ano pra garantir que não, a grande maioria está errada. A volta de nomes como Timberlake, Britney Spears, Lady Gaga e Katy Perry, a ascensão de outros como Lorde, Imagine Dragons e Macklemore & Ryan Lewis, a redescoberta musical de Miley Cyrus e Selena Gomez. Nós conferimos muito pop do bom e, o principal, para todos os gostos.

Como já de praxe nesta temporada do ano, listas com os melhores de 2013 já surgiram em tudo quanto é lugar, então não poderíamos deixar de fazer a nossa também. Devido a grande variedade de lançamentos com segmentos diferentes, mas dentro do abrangente mercado pop, resolvemos apostar então num formato um pouquinho diferente e mais pessoal, onde cada um dos nossos blogueiros de música relaciona seus cinco favoritos do ano. O que no caso desse post significa que cada um escolheu 5 singles pra chamar de seu e, obviamente, justificar a razão de estarem aqui. Pra não tornar as listas repetitivas, foi ditada a regra de que nenhuma canção deveria ser repetida, sendo assim, temos os mais variados top 5, onde o que vale é sua qualidade e não pico naquela parada da Billboard ou número de seguidores no Twitter.

Acompanhem!
Logo de cara, quero justificar o meu single do ano. "This is Gospel" é uma das melhores músicas que já ouvi em toda minha vida. A maneira com que mesclaram algo relativamente radiofônico com a sonoridade da banda e profundidade da letra é digna de aplausos e meu quote do ano também é "isso é uma bíblia para os que estão pra baixo". O segundo é "se você me ama, me deixe ir". "All Night" das Icona Pop tem algo especial que eu não sei explicar, só sentir. A letra é simples e as batidas bem semelhantes ao que escutamos com o Calvin Harris ano passado, mas ainda assim, me prende de uma maneira curiosa. "Podemos fazer isso à noite toda".

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Sou suspeito pra falar do Fall Out Boy, mas "The Phoenix" tem cara de hit alternativo que será lembrado naquela balada de hits alternativos daqui alguns anos, tipo "Seven Nation Army" do White Stripes, "Last Nite" dos Strokes e "Somebody Told Me" dos Killers. Os vocais do Stump também estão incríveis, ele é incrível. Depois de tanto babar na Lorde, agora é hora de eu dar atenção pra uma menina que aposto demais em 2014, a Chlöe Howl. "Rumour" me lembra do pop da Lily Allen, e todos concordam que isso é muito bom, certo? Foi o primeiro single dela com um EP de mesmo nome e me ganhou desde a primeira ouvida, a produção é impecável. Por fim, "American Girl", da hitmaker que não hitou, Bonnie McKee, fecha meus cinco favoritos do ano. A canção não é incrível, mas o refrão bem gostosinho e cumpre seu papel pop. Queria ter espaço pra lembrar de "Boomerang" da Nicole Scherzinger e "What About Love" do Austin Mahone, mas fica pra próxima.

"Você não acha que é tedioso o jeito que as pessoas falam, se fazendo de inteligentes com suas palavras novamente? Bem, eu estou entediada" começa Lorde em "Tennis Court", o melhor single do "Pure Heroine" (te adoro "Royals") e um dos melhores do ano. Com uma singela crítica ao "achismo" humano, Lorde desenvolve uma canção mostrando que ela e sua turma não dão a mínima para o resto. E ainda solta "Querido, seja o palhaço da sala, eu serei a Rainha da Beleza em lágrimas". Soberbo. Em contra partida temos Jeffree Star voltando ao mundo da música com a bola baixa. Depois de causar com suas músicas do "Beauty Killer", ele veio com "Love To My Cobain", uma canção de amor (!) com muuuito bate cabelo (!!!). Letra bem mais comportada e bem feita ("Você é a Love para o meu Cobain"), Jeffree trouxe um autêntico destruidor de pistas, com uma farofa tão boa que eu não via desde "Where Have You Been" da Rihanna.

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Outra que veio falar de amor foi Miley Cyrus, porém sobre o fim dele. "Wrecking Ball", a balada sofrida de Miley, é aquilo que Adele nos ensinou: pé na bunda rende. "Tudo que eu queria era quebrar seus muros, mas tudo o que você fez foi me demolir", canta a viralizadora do twerk no hino definitivo, o single demolidor de 2013. Enquanto Miley ficava nua em cima de uma bola de demolição, Lady Gaga trouxe R. Kelly para uma das colaborações mais inusitadas - e certeiras - do ano. "Do What U Want" é um dos materiais mais arriscados pela cantora, e brilhantemente acerta na vertente pop e R&B cheia de duplo sentido, num casamento vocal e sonoro apoteótico e sexy que faz o que quiser com nossos corpos. Porém quem realmente fez o que quis com nossos corpos foi "Thrift Shop", single lançado em 2012 mas que escolheu 2013 para ser dono. O sleeper hit de Macklemore & Ryan Lewis com Wanz é a maior música do ano, seja em números ou em qualidade. Começa com uma criança perguntando se eles podem ir ao brechó fazer compras - a partir daí já estamos reféns do gingado genial dos caras, que tem o refrão criador do tão falado "This is fucking awesome", algo que traduz a música por completo. Batidão, letra marcante, pinta nigga em rapper branco (abraços pro Eminem), tudo em "Thrift Shop" é perfeito.

Em 2013, tivemos grandes singles, de diversos estilos e com diferentes mensagens. Despretensiosamente, o Capital Cities misturou elementos eletrônicos com um delicioso pop dos anos 70 em uma faixa que conquistou o mainstream com facilidade, talvez por apresentar um pop diferente do que estamos acostumados a ouvir nas rádios. "Safe And Sound" é suave, nostálgica e transmite uma mensagem de otimismo. Enquanto isso, direto do UK, nossa querida Elena Jane Goulding tinha o fogo e não pensou duas vezes antes de lançar chamas nas paradas do mundo todo! "Burn" é extremamente radiofônica e conseguiu injetar uma boa dose de up-tempo à melancólica (e belíssima) discografia de Ellie. Se "Lights" foi brilhante, "Burn" consegue acompanhar o ritmo e somos incendiados com seu explosivo refrão acompanhado de versos cheios de energia. Também vimos o eletrônico e o folk fazendo um casamento improvável e que rendeu excelentes frutos ao produtor sueco Avicii. "Wake Me Up" é deliciosa desde seus primeiros segundos: uma abertura acústica que logo interage com batidas frenéticas e viciantes da dance music - a partir daí, a faixa só cresce e estamos ouvindo, então, um hino épico pronto para as pistas!

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E como esquecer Miley Cyrus? E não só pela polêmica. Todos esperavam uma farofa de derrubar qualquer Pitbull quando "We Can't Stop" foi anunciada. Mas quando ouvimos a faixa pela primeira vez, não foi esse o caminho escolhido pela ex-estrela da Disney. Miley organizou sua festa e fez um convite aberto ao público. Se você recusou, não sabe o que perdeu! Libertadora e fora da zona de conforto, a produção cumpriu brilhantemente seu papel e conseguiu reconstruir a imagem da cantora. Se no começo do ano, a voz de Christina Aguilera levantou multidões com o smash hit "Feel This Moment", é com delicadeza e simplicidade que ela fecha 2013 com o belíssimo dueto "Say Something", interpretado ao lado do duo A Great Big World. A canção é crua e munida de versos sensíveis que emocionam sem grandes esforços, enriquecidos pela honestidade e a sinceridade das palavras ecoadas com maestria pelas vozes sincronizadas de Aguilera e Ian Axel.

Em um 2013 sem muita linearidade de ritmos, as boas baladas e acabantes farofas se mostraram num constante revezamento do gosto popular. Exemplos disso são Zendaya com seu single de estreia "Replay" e a veterana Britney Spears com sua balada surpreendente "Perfume". A primeira, aposta despretensiosa da Disney, nos remeteu ao melhor do bate-cabelo, com muita classe e personalidade, fazendo de seu single um dos mais dançantes do ano. Já Spears, que vivia à sombra de críticas pela voz constantemente modificada, mostrou como se faz e, ao lado de Sia, lançou uma balada romântica de vocais extremamente limpos e gostosos de se ouvir.

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E como deixar o mestre Diplo fora dessa lista? Seria impossível depois do boy lançar "Trampoline" nos vocais do rapper mais surpreendente da atualidade, Tinie Tempah, e do pontual 2 Chainz. As batidas são insanas e trazem um tom totalmente psicodélico pra faixa, formando a combinação ideal de um rap eletrônico de qualidade. E foi mais ou menos o mesmo segredo para o sucesso do meu segundo colocado, Conor Maynard. Em "R U Crazy", o jovem inglês aposta em uma música cheia de facetas sintéticas, tornando a faixa totalmente inovadora e deliciosa de ouvir. Fechando a lista com chave (mais que) de ouro, vem a surpreendente voz de Rebecca Ferguson. O timbre mais inconfundível da atualidade mostrou que não é apenas uma cantora de programa de talentos no carro-chefe do seu impecável álbum "Freedom". A música "I Hope" é quase uma invocação aos céus, combinada com o coral que dá a perfeição da batida forte e, ao mesmo tempo, confortante. Rebecca provou que menos é mais no meu single favorito do ano.

Chegamos ao fim de 2013 bem animados com tudo que ouvimos no mais variados gêneros, entre estreias e retornos. Justin Timberlake refez seu nome no primeiro semestre com seu "The 20/20 Experience", muito em virtude da incrível baladinha "Mirrrors", que já pode, tranquilamente (não apenas em relação ao seu desempenho comercial), figurar na lista de melhores músicas da vida do cara. Estruturalmente simples e muito acessível ao público, é um banho lírico, uma declaração apaixonada e apaixonante. Quem aí se lembra que essa belezura tem mais de 8 minutos mesmo? É uma viagem tão linda, que seu tempo nem é levado em conta, porque a beleza no passeio vale cada segundo. Uma das gratas surpresas deste ano foram as britânicos da Bastille, que trouxeram uma atmosfera obscura, épica e imponente, somada à inteligência poética e ao sotaque britânico (puro amor) de Dan Smith, fazendo da impressionante "Pompeii", um caminho lírico repleto de referências históricas à destruição da cidade de Pompéia, na Itália, a qual o título se refere, misturadas ao contexto de desapego, apresentando comercialmente a Bastille ao mundo e colocando a banda definitivamente em nossas listas de prioridades daqui pra frente.

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Uma das parcerias mais aclamadas do ano é entre Justin Timberlake e Jay Z, unindo forças mais uma vez, agora para criar a sutileza sufocante e bela de "Holy Grail", que ainda conta com samples da icônica "Smells Like Teen Spirit", da não menos icônica, Nirvana, para mostrar a relação bipolar entre desejo e culpa quando se quer demais o que não se tem (o amor), e o inverso também (a fama). Um single que não pode passar despercebido de forma alguma é o descompromisso calculado da Arctic Monkeys em "R U Mine?", que em meio à bateria e riffs de guitarra marcantes, gera algo que clama por apelo sexual, seja em sua letra, no arranjo e suas inserções ou simplesmente nos vocais no ponto de Alex Turner, te seduzindo, enlouquecendo e dando um gostinho de ~quero mais~, ou melhor, ~queremos pra sempre~. Seguindo essa linha amorosa, o que dizer de "Same Love", dos queridinhos do ano, Macklemore & Ryan Lewis em parceria com a fofa da Mary Lambert? Se "Thrift Shop" foi responsável por apresentar comercialmente os dois e "Can't Hold Us" para mostrar que o potencial deles passa bem longe de uma dose de sorte, ficou a cargo de "Same Love" provar o quanto sensíveis eles podem ser. O hino de 2013, indicado à Melhor Canção no Grammy do próximo ano, é uma ode à igualdade entre os gêneros, sendo um apoio sincero, arrebatador e puramente emocional ao casamento gay e à liberdade de direitos, chegando num momento especial, pelas transformações ocorridas no mundo todo, e ocupando com muito louvor o topo da minha lista.

Sim, 2013 foi um ano bastante eclético. Prova disso são as vendagens da maioria das celebridades pop saindo bem menos do que o esperado (salvo a grande surpresa de Beyoncé, claro), o que acabou cedendo espaço para novos nomes mais alternativos que gritavam não pertencer à realeza ou ter apenas 20 dólares no bolso. A começar por Phoenix e o lançamento de "Entertainment", um hino universal dance-pop de versos incrivelmente fáceis e refrão mais pegajoso ainda, que não poderia ser melhor ilustrado do que um suculento abacaxi na capa do single em questão. Ainda no cenário indie, os americanos do Yeah Yeah Yeahs atingem o seu completamente inesperado clímax de toda a carreira ao lançar “Sacrilege”. A incrível performance vocal/teatral de Karen O somada ao poder de um coral de igreja pode ser considerada a maior surpresa do ano, uma vez que a própria vocalista considerava o álbum “extremamente discreto”.

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A australiana Iggy Azalea timidamente começa o que viria a ser uma sequência de hits, com clipes de forte apelo cinematográfico e de uma plástica mais refinada ainda (preocupação que não se vê mais com muita frequência no cenário pop atual). “Work” é dessas músicas ousadas que variam da introdução no piano, um gancho que não sairá tão fácil da cabeça de quem a ouvir e um refrão hip-hop massivo cheio de repetições. Sia é outra australiana que vem ascendendo exponencialmente. Até então, sem lançar nenhuma música de trabalho para chamar de sua, os abençoados produtores de “Jogos Vorazes: Em Chamas” encomendam uma faixa da maior hitmaker dos últimos anos. Para auxiliá-la, por que não outro monstro dos hits? Diplo e Sia já haviam trabalhado juntos em um remix de “Clap Your Hands”, mas a cereja do bolo se deu pelo lançamento de “Elastic Heart”, em dueto com The Weeknd. A combinação caótica de três grandes nomes não poderia resultar outra coisa que não fosse o maior hino de 2013. Não que a importa$$e o reconhecimento pelas grandes massas, mas o mundo já está ardendo em chamas pelo lançamento do sucessor de “We Are Born”. Por falar em Sia, a estreante Jetta completa a lista com uma canção completamente vulnerável, mas de grande âmbito quando entra em combustão no decorrer de sua execução (no melhor estilo “Breathe Me”). Aos 45 do 2º tempo, “Feels Like Coming Home” é lançada junto à retrospectiva do Google. Ex-backing vocal de Paloma Faith e Cee-Lo, Jetta já havia começado a marcar território quando lançou “Start a Riot”, que entrou para a trilha sonora de “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” e foi reconhecida como algo entre Solange, Florence Welch e The xx. Quem sabe não estamos diante do que virá a ser a maior revelação de 2014.

Depois do sucesso de "Work", Iggy Azalea quis mostrar que, diferente de muitos rappers, sabe entrar no mundo pop sem featuring. Conseguiu com maestria. "Bounce" não só é uma delícia, como trouxe à tona o lado mais pop de Iggy, mesmo contando ~só~ com seus ótimos versos e nenhuma cantoria. O clipe também é, de longe, um dos mais divertidos do ano. Ainda no quesito "pop chamará trará atenção para outros estilos" tivemos Beyoncé, surpreendendo o mundo quando achamos que já tínhamos visto os melhores e os piores de 2013. A primeira escolha para um single pop foi "Blow", mas foi a contagiante "XO" que acabou encarregada de atrair ainda mais ouvintes. A música fala por si só, em todos os sentidos. Seu arranjo vem acompanhado de uma multidão acompanhando a rainha de vendas de 2013, puxando junto a voz de qualquer fã. A letra é daquele tipo que se encaixa na vida de toda pessoa que tá viva, apresentando ótimo potencial para divulgar um álbum com tantas outras canções "descartáveis" e outras mais profundas. "love it like XO".

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Em um momento em que a indústria pop tanto de vangloria de suas conquistas materiais e noitadas nas mais estranhas boates, surgiu Lorde e seu smash hit "Royals", uma música pra vida real. Cantando pra quem quiser ouvir que "nunca seremos da realeza", não foi de se admirar que a jovem apresentasse uma visão tão crítica em relação a outras artistas, com opiniões que, apesar de ásperas, de forma alguma devem ser ignoradas. "Royals" pode ser facilmente identificada como a canção que representa a postura da menina diante do monstruoso mundo pop. Quem também mostrou o que realmente pensa, mais uma vez, foi M.I.A. Sua resposta à ~filosofia~ YOLO não poderia ser melhor, mais única e mais ela. "Y.A.L.A." vem com uma ironia pesada, apesar de bem escondida, já que enquanto fala como é "chato fazer a mesma merda" toda vez, a música é perfeita pra quem bate cartão nas boates da vida. Mandando o recado diretamente para o público que deve ouvi-lo. Vimos muitos comebacks esse ano e um que foi do nada como o álbum Beyoncé, veio falando umas belas verdades como "Royals" e com uma mensagem implícita, porém de fácil entendimento como "Y.A.L.A.", foi Lily Allen com TO-DA sua fina ironia em "Hard Out Here", criticando o machismo presente no pop masculino, em especial o sucesso de Robin Thicke com "Blurred Lines" , música criticada de forma massiva por grupos contra machismo e estupro. Lily trouxe seu melhor: manteve o nome que amamos, elevou seu nível de sarcasmos e esbanjou inteligência criticando temas sociais de uma forma que nenhum outro artista conseguiria.

É isso aí. Abaixo vocês podem conferir uma seleção com todos os singles #1 listados:
disqus, portalitpop-1

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