O canadense Justin Bieber conseguiu mostrar um bom amadurecimento para o público com "Believe", disco de onde tirou singles como "Boyfriend" e "As Long As You Love Me", mas aprendeu a lição quando tentou ser mais do que realmente pode com "Journals", seu álbum seguinte. Numa estratégia de marketing tão errada quanto confusa, o novo CD do Bieber nasceu de um projeto sem pé nem cabeça, onde a ideia era abocanhar alguns dólares das fãs do cantor no disputado período de fim de ano.
Composto pelas canções do projeto "Music Mondays" e outras inéditas, incluindo algumas boas parcerias, como "Memphis", com o Diplo e Big Sean, o disco foi lançado virtualmente por um tempo limitado, obrigando as fãs do cantor a comprá-lo ou correr o risco de nunca mais tê-lo em mãos, mas nem isso ou o alarme falso do cantor, que pelo Twitter anunciou sua aposentadoria antecipada e logo voltou atrás, fez com que o álbum fosse bom o suficiente nos números.
Nos EUA, "Journals" não tem chances de surgir na Billboard Hot 200. Segundo a própria revista, a principal loja virtual do país, o iTunes, se recusou a revelar os números do álbum, o que impede que ele seja contabilizado pelo Nielsen SoundScan. Do outro lado do oceano, por sua vez, "Journals" teve sim suas vendas reveladas, mas falhou ao estrear fora do TOP 40 local, se tornando o pior desempenho de toda a breve carreira do garoto.
Se já não bastassem as baixas vendas do álbum, Justin Bieber também não deu muita sorte com seu novo filme, "Believe". Promovido em meio as polêmicas do cantor ao redor do mundo com sua última turnê, o longa arrecadou US$3,1 milhões em seus primeiros três dias nos EUA, um número que, de fato, não é pequeno, mas pode assustar os nomes por trás do cantor se comparados aos US$29 milhões arrecadados pelo filme anterior, "Never Say Never", no mesmo período.
Ainda é cedo pra dizer que, como toda a febre, a Bieber Fever já foi curada?