Já podemos oficializar a Suécia como nosso berço oficial para novos nomes e depois de incontáveis apresentações de artistas novatos vindos de lá, a gente descobriu um nome que pra eles já é grande há um bom tempo, mas ainda não possui muito reconhecimento além da Escandinávia.
Ela é cantora, compositora, produtora, multi-instrumentista, atriz e empresária (imagine só o tamanho do currículo). Dos seus trinta e um anos de vida, onze foram dedicados à música, o que lhe rendeu uma sequência de cinco discos e números pra lá de animadores. Laleh Pourkarim é daquelas que já estreou com a sorte grande.
Seu primeiro e autointitulado disco alcançou o topo das paradas suecas, sendo o álbum mais vendido do ano (2005), e fez então dela um nome pra ficar de olho. Sem muita força com seus dois outros álbuns, "Prinsessor" (2006) e "Me and Simon" (2009), a iraniana que cresceu na Suécia se arriscou participando do reality show "Så mycket bättre (So Much Better, em inglês)" — um programa onde artistas desconhecidos apresentam suas versões para clássicos —, conquistando então o público outra vez, o que fez do seu quarto álbum, "Sjung" (2012), um sucesso não só na Suécia como também Dinamarca e Noruega, além de marcar seu primeiro grande sucesso na Finlândia, com o single "Some Die Young".
Com três prêmios Grammy suecos em sua coleção (chora, Katy Perry), além de prêmios por seus números nas paradas locais e outros que mal sabemos pronunciar o nome, foi em 2013 que Laleh Pourkarim se preparou para uma possível dominação mundial, assinando contrato com a gravadora Universal Music (mesma da neozelandesa Lorde) e assumindo seu primeiro nome como único artístico. No mesmo ano, a cantora lançou então seu novo álbum, "Colors", relançando o single "Some Die Young", numa compilação em que mescla bastante do que fez em seus outros discos, só que de forma mais radiofônica, num folk-pop com synths gloriosamente orquestral e cheio de vida, que nos remete à nomes como a também novata Foxes, uma das nossas maiores apostas para 2014, o duo Manicanparty, o primeiro álbum da Marina & The Diamonds e a sempre referência nesse meio, Florence + The Machine.
Até o momento, o álbum, que foi totalmente composto e produzido pela própria (!!!), contou com apenas dois singles, sendo eles a faixa-título "Colors" e a nossa favorita da produção, "Stars Align". Ambas com videoclipes já lançados. Em sua tracklist, o disco conta com músicas em inglês e sueco, mas caso ouça sua discografia com calma, também é provável que esbarre com alguns versos em persa, língua nativa dos seus pais. Para esse ano, porém, ainda não foram revelados quais serão seus planos, mas a gente espera que o momento de fazer seu contrato valer esteja próximo, visto que o álbum ainda possui diversos singles em potencial ("Speaking of Truth", PFVR!), e ela uma grande carreira pela frente.
Cultura pop do jeito que importa.