Lana Del Rey foi uma das nossas surpresas em 2012, quando conquistou o público com seus vídeos e recortes vintages pela internet, além da canção "Video Games", e no mesmo ano a nova-iorquina super aproveitou o hype, lançando o disco de estreia "Born to Die" e estreitando suas relações com grandes nomes da música, participando também de algumas trilhas-sonoras, como "O Grande Gatsby" em 2013 e o recente "Malévola", tornando seu nome ainda mais conhecido.
Pra encerrar a sua era de estreia, Del Rey lançou no fim do último ano o curta-metragem "Tropico", com canções do relançamento "Born to Die: Paradise Edition", mas antes mesmo que sentíssemos sua falta, ela voltou preparando terreno para seu segundo disco, "Ultraviolence". Sem medo do famigerado desafio do segundo disco, o primeiro single de Lana com o novo álbum é "West Coast" que, após ser adiada por alguns dias, finalmente está entre nós.
Sobre a canção, TAQUEPARIU. Dan Auerbach, do The Black Keys, é um dos nomes por trás do "Ultraviolence" e, falando sobre o disco, afirmou que ele é um "monstro sonoro" e que deveríamos esperar por mudanças na sonoridade de Lana Del Rey, uma vez que agora ela contaria com uma grande banda por trás da canções e, voilà!, o cara estava mesmo falando sério.
Numa sonoridade bem mais orgânica e, ainda assim, comercial, "West Coast" é uma faixa bem característica de Del Rey, com a dramatização dos seus vocais e aqueles efeitos que nos fazem ver a música, mas agora devemos somar à fórmula toda uma produção gloriosamente maior, com riffs de guitarra e uma percussão meio Lykke Li. Pra nós que, assim como a maioria, tava esperando tê-la fazendo mais do mesmo, ainda que esse "mais do mesmo" fosse incrivelmente bom, é uma surpresa pra lá de positiva, assim como foi seu disco de estreia em outrora.
Se todo o choque sonoro não fosse o suficiente, Lana Del Rey mostra que também fez a lição de casa com a letra da canção, onde fala sobre as pessoas da Costa Oeste e o seu amor, mas consegue dosar essa sua obsessão amorosa de maneira genuinamente inofensiva, enquanto nos explica que o forte dele é ter ~a música em si~. E a música ainda passeia entre o ritmo mais urbano e animadinho do início à queda romanticamente lenta do refrão. É coisa demais, gente, sério. No que depender desse primeiro single, Lana tá mais que garantida em nossas vidas por mais um bom tempo.
Ouça:
De acordo com a Billboard, "Ultraviolence" será um álbum visual, sendo assim, ganhando videoclipes para todas suas canções (provavelmente por meio de curtas que incluam mais de uma faixa), e mal podemos esperar pra que tudo isso aconteça. O disco ainda não possui uma previsão de lançamento, mas há especulações quanto ao seu lançamento acontecer em maio desse ano — mesmo mês para o qual aguardamos também o enterro de suas inimigas.