Todo ano é a mesma coisa, tem Super Bowl e a gente gruda na TV, sem a necessidade de fingir qualquer interesse pelo futebol americano, ao menos no nosso caso, mas com a intenção de não perder um só momento do show do intervalo, que sempre traz ao palco algum nome grandiosamente pop para nos tirar o ar por alguns minutos.
O show do intervalo do evento esportivo mais aguardado pelos americanos já contou com performances de Black Eyed Peas, Madonna, Beyoncé, Bruno Mars e vários outros, mas neste ano, quem ficou responsável por nos entreter foi a californiana Katy Perry.
Sem repetir o que já dissemos neste outro post, a hitmaker de “It Takes Two” era um nome extremamente propício para um evento desse porte, visto ser uma das maiores cantoras pop da atualidade, além de cumprir também com os requisitos da NFL, que não quer outro mamilo da Janet Jackson ou dedo médio da M.I.A. em rede nacional, mas será que ela soube aproveitar bem toda essa exposição?
Como era de se esperar, a performance de Katy Perry foi aberta com os dois principais singles do CD “Prism”, “Roar” e “Dark Horse”. Promessa cumprida, sua entrada foi grandiosa, em cima de um tigre mecânico que mexeu muito com a nossa cabeça. Como conseguiam controlar aquele Megazord Força Animal em tamanho real?
Ela também falou sobre um vestido que pegaria fogo e, de fato, esperávamos algo mais literal, só que não rolou. Foi quase um cosplay da Katniss Everdeen, com direito à presença do ilustríssimo Cinna. (O que se torna bem mais irônico se pensarmos que a gravadora da Katy se chama Capitol Records, HAHAHAHA!)
Ela também falou sobre um vestido que pegaria fogo e, de fato, esperávamos algo mais literal, só que não rolou. Foi quase um cosplay da Katniss Everdeen, com direito à presença do ilustríssimo Cinna. (O que se torna bem mais irônico se pensarmos que a gravadora da Katy se chama Capitol Records, HAHAHAHA!)
Em “Dark Horse”, surgiram vários dançarinos com cabeça de cavalo e o palco se transformou num dinâmico tabuleiro de xadrez. Achamos simplesmente genial. A expressão, pra quem não sabe, se refere à um escolhido, em tempo que, no xadrez, devemos pensar minuciosamente antes de fazer qualquer movimento. O chão começava a se desfazer conforme a coreografia e simplesmente não conseguíamos desgrudar os olhos da tela. Nesta altura do campeonato, surgiu uma dúvida: será que rolou playback? Não é que esperássemos ver a californiana desafinar, mas o áudio não oscilou uma só vez enquanto ela movia o microfone na frente de sua boca e, em certos momentos, houve um delay com o lipsync. Ficamos com uma pulga atrás da orelha e convidamos os leitores especialistas em leitura labial para analisar melhor as cenas.
Chega o primeiro convidado da noite, Lenny Kravitz, e, AH HÁ!, como prevíamos, ele tocou guitarra. Mas fez mais que isso. Ele começou a cantar “I Kissed A Girl”, primeiro hit da carreira de Katy Perry. É pra matar os fãs mais antigos, né Kátia? A moça logo se uniu ao cantor para entoar seu sucesso de estreia e a excitação pública não poderia ser maior, principalmente quando ela timidamente fez um jogo de corpo mais sensual com o cara. Miley’s impact!
Os ânimos foram se acalmar quando Katy Perry se lembrou dos seus fãs mais novinhos, na hora de cantar “Teenage Dream” e “California Gurls”. Sua era mais colorida foi representada por um palco que beirou um espetáculo infantil, com bichinhos coloridos rodeando a cantora e até mesmo os prometidos tubarões, que ela mencionou em entrevista à Pepsi. A gente acha que ela podia ter pulado essa parte, mas pelo menos foi divertido.
O terceiro nome que chegou ao palco foi Missy Elliot e não é que Katy Perry realmente concedeu um momento bem generoso pra rapper? A protegida do Timbaland atualmente trabalha em seu novo disco, que deve ganhar algo concreto até o segundo semestre desse ano, e dividiu palco com K8 para performar os seus maiores hits, “Get Ur Freak On” e “Work It”, eis que, num piscar de olhos, Katy Perry já não estava mais no palco, enquanto Missy Elliot entoava a última música de sua participação, “Lose Control”.
Nós já estávamos estranhando todo o tempo dado para a rapper, até que compreendemos o motivo de causa maior: Katy Perry precisava trocar seu figurino e, cof cof, ganhar fôlego para a última música da sua setlist, a baladinha “Firework”. Para essa performance, Katy Perry voou em cima de uma estrela cadente e as coisas alcançaram níveis bem excitantes outra vez, com a californiana se esforçando pra surpreender os fãs que esperaram muito por essa apresentação. E alcançando seu objetivo.
No fim das contas, a performance cumpriu com o prometido, incluindo a entrada nunca vista antes, um pouco de sensualidade, cores e bom-humor, o que terminou de forma bastante previsível, mas o saldo de Katy Perry não poderia estar mais positivo, porque tudo foi muito bem feito. Aliás, bota bem feito nisso, hein? Uma baita produção mesmo, que só perde para os telões da Beyoncé, sempre nos animando tanto enquanto ela só joga o cabelo de um lado e para o outro.
Confira o show na íntegra logo abaixo:
Ano que vem a gente se vê, quem sabe com uma performance da Taylor Swift!? É válido ressaltar que em setembro Katy Perry chega ao Brasil com sua Prismatic Tour como uma das atrações do Rock in Rio. A gente espera que, até lá, mais shows sejam anunciados em outras cidades brasileiras.