Madonna teve que se virar nos 30 quando viu seu novo álbum vazar cano abaixo até a internet meses antes do previsto. Ainda em novembro chegaram até nós duas demos do novo material, previsto apenas para meses depois. Logo após os vazamentos a cantora correu contra o tempo e lançou oficialmente as seis primeiras músicas do "Rebel Heart", incluindo o lead single, "Living For Love". Marcado apenas para o dia dos namorados americano (14 de fevereiro), o sigle foi lançado com o pre-order do álbum e não nos soou como grande coisa.
Mas então o espaço de tempo foi benéfico para o single. Lançado em 20 de dezembro, fomos nos adaptando à faixa que começou a soar divertida e eficiente, efeito ampliado com o lançamento do seu clipe. Quando vimos os bastidores dele, divulgado pouco antes do vídeo, ficamos meio desapontados quando vimos que o mesmo seria todo em estúdio - não poderia render algo grandioso. Mas bitch, she's Madonna.
No clipe, a Rainha do Pop é uma toureira lutando com vários minotauros. E é isso. Certo, então o que podemos tirar de bom nisso? Madonna usou o conceito simplista empacotado com uma estética perfeita. Dirigido por Julien Choquart e Camille Hirigoyen (o duo J.A.C.K.), o clipe começa com a cantora numa arena circular vestida de toureira; ela entoa os versos do single enquanto a câmera faz um balé no cenário. Pode parecer convencional, mas todos os jogos de câmera são milimetricamente pensandos, que fazem toda a diferença do mundo. Se fossem comuns ou sem muita movimentação, o clipe sairia nada dinâmico, e é esse o segredo para burlar as limitações do estúdio: dinamismo.
Então surgem os minotauros e a parte coreografada, e aqui temos mais truques cenográficos. Primeiro, a arena circular é acima do chão, criando um efeito super bacana quando a câmera desce, numa alusão de superioridade da cantora perante os minotauros, que a cercam esperando para o combate. Essa elevação também proporciona que a câmera saia do eixo horizontal e bamboleie, aumentando o impacto do segundo truque: Madonna está presa a dois cabos, que a fazem flutuar no cenário e dão efeitos belíssimos quando ela literalmente voa até um minotauro ou quando é jogada no ar.
Outra parte técnica primorosa foi a edição do clipe. Primeiro acrescentou-se um filtro carmim na imagem, dando um peso interessante para o visual. Depois, os cortes foram precisos, com intercalações geniais de slow motion e aceleração de imagem (notem no momento em que ela é rodada por um dançarino: começa em câmera lenta, passa para velocidade normal e cai na aceleração).
Além do mais, há quanto tempo não vemos Madonna tão linda? A Materal Girl está radiante, ajudada pelos figurinos belíssimos criados por Verena Dietzel e Shady Zeineldine, como o primeiro deles num corte andrógino incrível. E o que dizer das máscaras dos minotauros? À la "Opulence" da Brooke Candy, as máscaras cobertas com jóias deram o tom preciso entre o assustador e o rico. No final ainda temos uma citação de Friedrich Nietzsche, mas alguém mais notou que o nome dele está escrito errado (está "Friedrich Nietzche", sem o "s")? Risos. Assista ao clipe:
No clipe, a Rainha do Pop é uma toureira lutando com vários minotauros. E é isso. Certo, então o que podemos tirar de bom nisso? Madonna usou o conceito simplista empacotado com uma estética perfeita. Dirigido por Julien Choquart e Camille Hirigoyen (o duo J.A.C.K.), o clipe começa com a cantora numa arena circular vestida de toureira; ela entoa os versos do single enquanto a câmera faz um balé no cenário. Pode parecer convencional, mas todos os jogos de câmera são milimetricamente pensandos, que fazem toda a diferença do mundo. Se fossem comuns ou sem muita movimentação, o clipe sairia nada dinâmico, e é esse o segredo para burlar as limitações do estúdio: dinamismo.
Então surgem os minotauros e a parte coreografada, e aqui temos mais truques cenográficos. Primeiro, a arena circular é acima do chão, criando um efeito super bacana quando a câmera desce, numa alusão de superioridade da cantora perante os minotauros, que a cercam esperando para o combate. Essa elevação também proporciona que a câmera saia do eixo horizontal e bamboleie, aumentando o impacto do segundo truque: Madonna está presa a dois cabos, que a fazem flutuar no cenário e dão efeitos belíssimos quando ela literalmente voa até um minotauro ou quando é jogada no ar.
Outra parte técnica primorosa foi a edição do clipe. Primeiro acrescentou-se um filtro carmim na imagem, dando um peso interessante para o visual. Depois, os cortes foram precisos, com intercalações geniais de slow motion e aceleração de imagem (notem no momento em que ela é rodada por um dançarino: começa em câmera lenta, passa para velocidade normal e cai na aceleração).
Além do mais, há quanto tempo não vemos Madonna tão linda? A Materal Girl está radiante, ajudada pelos figurinos belíssimos criados por Verena Dietzel e Shady Zeineldine, como o primeiro deles num corte andrógino incrível. E o que dizer das máscaras dos minotauros? À la "Opulence" da Brooke Candy, as máscaras cobertas com jóias deram o tom preciso entre o assustador e o rico. No final ainda temos uma citação de Friedrich Nietzsche, mas alguém mais notou que o nome dele está escrito errado (está "Friedrich Nietzche", sem o "s")? Risos. Assista ao clipe:
"Living For Love" é o encontro do clipe de "Take A Bow" com o de "Girl Gone Wild", o que rendeu um dos melhores clipes da diva em muito tempo. Mesmo com todos os percalços Madonna não desanimou e voltou para mostrar como se faz num videoclipe onde ela luta contra o que a tenta derrubar, seja malfadados amores ou até vazamentos inesperados. Ela não é a Rainha por acaso.