Caso não se lembre, o novo EP de Maya pegou seus fãs de surpresa, visto que o público da moça esperavam por materiais novos devido às postagens de seu Instagram, mas não contavam com esse lançamento tão cedo e, fora a surpresa, “Matahdatah” terminou causando uma certa polêmica entre os “lirôus” da rapper, uma vez que, saindo com exclusividade pela Apple Music, termina por segregar suas músicas, coisa que a própria já criticou em trabalhos anteriores.
O clipe novo de M.I.A. vem sendo planejado pela rapper há algum tempo e, sucedendo os trabalhos com o álbum “Matangi”, por pouco não foi engavetado pela gravadora, que temia acusações de apropriação cultural. A razão? A segunda parte do vídeo, ao som de “Warriors”, apresenta um dançarino africano performando, no que, segundo a própria, é uma das melhores coisas que ela já viu e não teria espaço na cultura mainstream se não fosse o seu incentivo.
Na parte inicial, ao som da inédita “Swords”, “Matahdatah” apresenta diversas cenas de grupos se apresentando com espadas, o que vai do sexy ao assustadoramente bizarro, principalmente quando eles começam a cortar frutas no pescoço, tipo naqueles quadros “enche linguiça” da Record em dia de pautas fracas, hahaha. Dá só uma olhada:
GANGSTERS BANGERS WERE PUTTIN 'EM IN A TRANCE!
De acordo com as pesquisas dos fãs brasileiros de M.I.A., “Matahdatah” é uma junção das palavras “matah/matha” com “datah/datha” que, em línguas como o hindi e outras de origem oriental, significam coisas como “pai”, “mãe”, “doador”, entre outras coisas, além de traçar também uma relação com a americana “metadata”, que se traduz da mesma forma para o português e se refere à informações sobre outras informações, meio que uma espécie de tradução de dados ilegíveis. Caramba.
É esperado que, pelas próximas semanas, nossa “bad gal mathangi” lance uma mixtape de músicas inéditas, dando então sequência ao seu “Matahdatah” e preparando seu público para o sucessor do “Matangi”, a única parte chata mesmo é essa da exclusividade à plataforma da Apple, né? Afinal, por mais que ela, como qualquer artista, também precise fazer dinheiro, se torna capitalistamente cruel pensar que ela aproveita a cultura e cenário de sociedades mais pobres para lançar coisas que, no fim das contas, talvez não possam ficar chegar ao acesso deles. Atirou no pé, hein?