Quando você é uma artista pop, é pressionada a se reinventar o tempo todo, seja entre lançamentos de discos completos, singles ou até mesmo videoclipes, e, com tanta pressão vinda de todos os lados, às vezes pode falhar, na intenção de inovar completamente ou se desvencilhar de uma imagem que por muito tempo representou o que te tornou grande nos dias atuais.
Ariana Grande vem de uma de suas eras mais bem sucedidas, do disco “My Everything”, na qual emplacou hits como “Problem”, com a Iggy Azalea, “Bang Bang”, com a Jessie J e Nicki Minaj, e “Love Me Harder”, com o queridinho do R&B atual, The Weeknd, e como dizem, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades, o que fez com que ela também conquistasse um peso maior do que realmente deve aguentar, transformando sua própria fama num dos noventa e nove problemas que não eram o rapper Big Sean.
Daqui algumas horas, Grande lançará seu novo single, “Dangerous Woman”, especulado como uma parceria com a Demi Lovato, e por mais que não desconfiemos de sua provável qualidade como uma música nova da menina, conseguimos enxergar erros neste lançamento por todos os lados.
Pra começar, a gente se preocupa com essa estratégia cada vez mais utilizada pelos artistas atuais de ignorar singles que falharam nas paradas. Ariana Grande, por exemplo, passará a promover “Dangerous” como primeiro single do seu novo disco, de mesmo nome, fingindo que “Focus”, ainda que ótima, nunca tenha existido. Outras artistas que já fizeram isso foram Mariah Carey, Jennifer Lopez e, usando um exemplo mais recente, Rihanna, com o disco “ANTI”.
Fora isso, é impossível não estranhar a imagem da menina por trás do título “Mulher Perigosa”. Queremos dizer, olhe para a Ariana Grande:
Toda essa fofura representa algum perigo para alguém?
Os furinhos no sorriso dessa foto, talvez?
Nesta?
Certo, ela protagoniza alguns momentos de ação no clipe de “Break Free”:
Famílias deixaram de dormir diante de tanto perigo.
E por fim, mas não menos preocupante, nós temos a capa do single:
Começando assim, o disco podia se chamar “This Unruly Mess I’ve Made”.
É claro que não podemos culpá-la pelas vezes que nos decepcionou ao tentar se mostrar mais adulta, se aceitar um mulherão ou até mesmo experimentar algo mais icônico —de certa forma, seu cabelo e bota na era “My Everything”, funcionaram MUITO bem neste quesito —, mas tê-la inserida nesse contexto de mulher sexy chega a ser incômodo, é como procurar sensualidade num urso panda. Ela é fofa demais para segurar essa marimba. Se era pra trabalhar algo visual seguindo essa linha, que ao menos trabalhassem a proposta homeopaticamente, de forma que pudéssemos senti-la confortável neste papel.
Talvez as coisas fiquem mais interessantes quando algum veículo sobre teorias conspiratórias Illuminati associar essa nova fase da “Dangerous Woman” ao contexto da “beta kitten” mentalmente controlada por grandões da indústria —Scooter Braun, estamos de olho em você!
Vamos lá, Ariana, você consegue mais do que isso.
O novo single da Ariana Grande, “Dangerous Woman”, será lançado nesta sexta-feira (11), e estamos extremamente ansiosos por essa volta daquela que não foi.