Gaga construiu uma carreira de momentos extremos. Ela ascendeu sem muitas pretensões, nos mimou com alguns dos videoclipes mais fodas da última década e, na sequência, nos fez pensar com o vômito expressivo e autobiográfico que foi seu “Born This Way”, mas não parou por aí e, atendendo aos pedidos dos fãs, apresentou um dos seus trabalhos mais pop em “ARTPOP”.
Em busca dos aplausos, fez jazz, disse que gostava desde criança, cantou e encantou. Até que, enfim, voltou com um novo trabalho e, por suas primeiras músicas, nos confundiu: vem pop? Rock? Country? Dá pra chamar de tudo isso e um pouco mais.
Vira e mexe, a internet se debruça em comparações entre Gaga e outros artistas – até o chapéu rosa, usado pela cantora na capa de “Joanne”, foi alvo de acusações –, mas a verdade é que a cantora sempre se mostrou um Frankstein do pop, alimentando seu público com mais e mais referências a cada novo passo dado, e foi dessa forma que conseguiu feitos como fazer seu público, majoritariamente jovem, consumir coisas como um tributo ao clássico “A Noviça Rebelde”.
Mesmo em uma das suas fases mais minimalistas, ao menos em termos visuais, não dá para esperar pouco de Lady Gaga. Aliás, com as tantas influências que ela carrega, é quase impossível que realmente apareça com pouca coisa em mãos. Pensando nisso, preparamos então a playlist “Desconstruindo: Joanne”, com algumas das possíveis referências sonoras do disco, numa forma de aproximar ainda mais o público de sua nova fase, bem como mostrar que, no fim das contas, “Joanne” é um álbum pop, sim, representando apenas mais uma faceta da cantora que, como boa fã de Bowie, Madonna, Michael, entre outros nomes, já provou ser uma verdadeira camaleoa da música atual.
Conheça “Joanne”:
Nossa resenha para o disco estará por aqui em breve.
Cultura pop do jeito que importa.