Finalmente chegamos à nossa primeira lista de melhores do ano de cinema. Neste ano resolvemos fazer diferente: ao invés de juntar a lista pipoca com a lista cult, resolvemos separar cada um em seu lugar para ficar mais organizadinho. Começaremos com os filmes pro povão, e vamos ser sinceros? Que 2016 estranho, meu deus!
Num ano onde uma das maiores apostas fica a cargo do filme que trouxe os dois grandões da DC para brigar, quem acabou surpreendendo mesmo no mundo dos heróis foi o cara que não para de falar e o médico estranho. Um ano também em que aprenderam a fazer um sci-fi sem tiroteios contra os alienígenas para o povão adorar, sem contar aquele que usou só os monstros para ambientar o filme. No fim, um live-action de um desenho estranhamente quaaaase se tornou o melhor do ano.
Sem mais delongas, eis aqui os 15 melhores filmes pipoca de 2016.
Começamos nossa lista com o primeiro de quase todos os filmes de heróis lançados em 2016. Finalizando a trilogia iniciada em “Primeira Classe”, “X-Men: Apocalipse” traz um dos vilões mais legais e poderosos do universo mutante, reunindo também o melhor da franquia “X-Men”. O trabalho em equipe é um de seus pontos principais, como também a ação e uma pitadinha de fanservice. Se tivéssemos um terceiro ato tão grandioso como os dois primeiros prometem, “X-Men: Apocalipse” com certeza estaria numa posição melhor. — Salvani
Em tempo onde “Sharknado” é nome mais comentado quando falamos em tubarões no cinema nos dias de hoje, “Águas Rasas” é o grande alívio que precisávamos. Blake Lively sobre(vive) no papel de Nancy, uma surfista que na busca da onda perfeita vai para uma praia deserta e acaba tendo que enfrentar o maior tubarão que nós respeitamos. A trama é só isso, porém sua execução é de tirar o folego, com cenas tensas suficiente para que nós precisássemos de ajuda de aparelhos. É um suspense com tubarões, o “Jaws” da nossa época. — Salvani
Incompreendido por uns, detestado por outros e amado por nós, temos “Batman VS Superman: A Origem da Justiça”. Como o nome sugere, aqui temos um embate entre os dois personagens mais foderosos da DC, interpretados por Henry Cavill (Superman) e Ben Affleck (Batman). Além destes dois, somos apresentados ao Lex Luthor, interpretado por Jesse Eisenberg, e também não podemos esquecer da melhor coisa do longa, a Mulher-Maravilha, que foi vivida pela ex-Miss Israel e atriz Gal Gadot. É sombrio e realista como todo fã de Nolan gosta, porém dá pra se divertir pra caramba. — Salvani
O único terror de nossa lista é do cara que tá fazendo um puta barulho no gênero desde “Jogos Mortais” e está se mostrando bem capaz em filmes fora de sua zona de conforto. James Wan faz o que poucos cineastas conseguem com exatidão: fazer com que o público se importe pelos personagens. É sério! É um terrorzão da porra, mas após a cena do Ed Warren cantando Elvis, não tem como não torcer para que tudo dê certo para aquela família. — Salvani
J. K. Rowling finalmente começou a expandir o universo “Harry Potter” no cinema com o maravilhoso “Animais Fantásticos e Onde Habitam”. A produção pega como ideia central o livro didático de mesmo nome que Harry usa na franquia, porém vai além e através dele nos prepara, mesmo que pouco, para a grande batalha que envolve Dumbledore e Grindelwald. É uma overdose de nostalgia fantástica. — Salvani
"A Luz Entre Oceanos" entra aqui por ser uma ótima adaptação do romance best-seller homônimo da autora australiana M. L., além de contar com um elenco de peso que inclui Michael Fassbender, Alicia Vikander e Rachel Weisz. Com um tom mais denso do que a maioria das produções do tipo, o filme envolve bastante o público e consegue levantar questões morais, fazendo com que a gente pense sobre a situação de Tom e Isabel Sherbourne, o casal protagonista, em relação à viúva Hannah Roennfeldt. Vale conferir não só pelo roteiro interessante, mas também pela ótima performance dos atores, a belíssima fotografia e todo o visual de época da produção. — Gustavo Nery
O público que viu o "Procurando Nemo" quando ainda era criança, em 2003, provavelmente teve a mesma sensação (salvo às devidas proporções, claro) dos fãs de “Star Wars” ao assistir “O Despertar da Força”. Parece até que os 13 anos de intervalo entre um filme e outro somem – literalmente – quando o longa começa, até porque a história quase que se inicia de onde parou. Os coadjuvantes icônicos e as cenas emocionantes são alguns dos toques especiais que mantêm o filme interessante, mesmo sendo praticamente uma segunda versão da primeira história. — Júlia Arneiro
Chegando aos cinemas já no finalzinho de 2016, não poderíamos deixar de incluir este ótimo spin-off da saga "Star Wars" na nossa lista. Diminuindo (ou talvez aumentando) nossa ansiedade para o próximo episódio da saga, esta produção toma lugar entre os episódios III e IV e cumpre a proposta de explorar um pouco mais do universo expandido da franquia, apresentando novos heróis (aqui encabeçados por Felicity Jones no papel de Jyn Erso) e algumas sequências surpreendentes, que já figuram entre as melhores de todos os filmes. Certamente, muitos fãs pularam da cadeira! — Gustavo Nery
Carregando no nome o peso do seu antecessor, "Rua Cloverfield, 10" era uma incógnita para todos que entravam na sala de cinema para assisti-lo. Nossa surpresa ao sair do cinema só não é maior que o tamanho da tensão que sentimos durante o filme. Uma história ambientada em paralelo ao primeiro longa, mas com uma proposta totalmente diferente. "Rua Cloverfield, 10" é um suspense extremamente competente, que traz excelentes atuações de John Goodman e Mary Elizabeth Winstead. Uma história ambientada no mesmo cenário, com apenas três personagens e que tinha tudo para ser um grande fiasco, se torna uma das grandes surpresas do ano. — Nicolas Santos
Após aquela bomba que foi o Deadpool em "X-Men Origens: Wolverine", quem diria que veríamos o anti-herói de volta às telonas e do jeito que merece? "Deadpool" definitivamente é um filme que entrou para a história por diversos fatores. Aconteceu pelo apelo dos fãs, arrecadou horrores e abocanhou duas indicações ao Globo de Ouro. É desbocado, debochado, violento e sem censuras, e utiliza da quebra da quarta parede para criar ótimas piadas. O melhor fica pela zoação que o filme faz ao criticar o próprio gênero que se banha. — Nicolas Santos
Esse é aquele tipo de filme que deveriam passar nas salas de aula para as crianças de tão incrível que é. Sério. E não, a grandiosidade desta animação não está na determinação da coelhinha Judy Hopps para se tornar uma policial, na amizade que floresce entre Judy e a raposa malandra Nick Wilde ou na famosa e esperada vitória do bem sobre o mal. O que torna “Zootopia” um filmão do caramba é o tapa na cara que ele dá sobre um assunto muito em voga nos últimos tempos: o preconceito. Não queremos dar spoiler, mas a mensagem não é nada sutil e não é preciso fazer grandes esforços para perceber a lição que o filme passa. — Júlia Arneiro
Adaptar um dos arcos mais importantes dos quadrinhos Marvel, sem deter dos direitos autorais de todos os personagens desse universo no cinema, nos pareceu um certo risco para a Marvel Studios. Entretanto, "Guerra Civil" não se tornou um erro na história da Marvel, e nós pudemos ver nos cinemas o confronto dos dois principais rostos do UCM, Homem de Ferro e Capitão América. Ganhamos de quebra a introdução de dois novos personagens ao Universo Marvel: Homem-Aranha e Pantera Negra, que acabaram roubando a cena. Guerra Civil no final das contas pode até não ter mudado muita coisa na história dos próximos filmes da Marvel, mas ao menos vimos a pancadaria que estávamos na sede de ver desde que um certo filme aguçou nossa vontade de ver dois heróis lutando um contra o outro. — Nicolas Santos
Vocês pediram tanto alguma mudança nos filmes da Marvel Studios que, quando teve, quase ninguém percebeu. Por mais que a produção se banhe na formulazinha que o estúdio vem seguindo desde "Homem de Ferro", ela tem seu diferencial. Um dos primeiros pontos a serem relevantes é que ele não tenta ser grandioso em momento algum: a batalha final é dentro de uma dimensão, nada de explosões ou coisas do tipo. Temos uma piadinha ali e aqui, e é só, nada que de fato atrapalhe o filme. É mais sério que os demais, porém sem se tornar sombrio e realista. É divertido pra caramba! — Salvani
"Mogli - O Menino Lobo" foi um daqueles filmes que ganhou trailers esquecíveis no começo de sua divulgação, porém, prestes a chegar aos cinemas teve uma campanha de marketing pesadíssima. O longa-metragem de Jon Favreau durante sua campanha se apoiou no elenco maravilindo de dublagem e num CGI que meu deus, que negócio lindo, puta que pariu. Ao nos depararmos com a produção no cinema, recebemos tudo que foi prometido, além de uma adaptação boa, personagens envolventes e um toquezinho de nostalgia que todo remake gostaria de ter. — Salvani
Este filme causou um rebuliço na redação do It Pop quanto à lista que entraria: afinal de contas, é cult ou pipoca? Depois de muita deliberação, o longa, dirigido por Denis Villeneuve (“Sicario – Terra de Ninguém”) e com Amy Adams e Jeremy Renner no elenco, acabou entrando para a lista dos pipocões e conquistou o primeiro lugar. Esse filmão da porra mostrou, mais uma vez, que ficção científica pode ser muito mais do que efeitos especiais, seres fantásticos/misteriosos ou a extinção da humanidade. Em boas obras de Sci-Fi, a “moral da história” pode ser tão surpreendente e tocante como a de um drama ou até mesmo de uma animação. “A Chegada” pode até ter seres extraterrestres com os quais a linguista Louise Banks (Adams) e o matemático Ian Donnelly (Renner) tentam se comunicar para saberem sua missão na Terra, mas você com certeza sairá (ou saiu) da sala extasiado com a explosão de sentimentos que o filme causa. — Júlia Arneiro