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CINEMA : Harry Potter, a Morte e suas Relíquias

Tudo termina aqui
Esta é a frase escrita no primeiro pôster de Harry Potter e as Relíquias da Morte, acompanhada da imagem da estimada escola de magia Hogwarts em chamas. E é nesse tom dramático que entramos no clima tenso de despedida da série. Quais os maiores medos dos fãs? O que não pode ficar de fora? Saiba tudo! PODE CONTER SPOILERS

Cada vez se torna mais próxima a hora de enfrentar o fim de Harry Potter. E a mistura de medo e ansiedade contagia os apaixonados por esta saga que já dura 14 anos, tempo que para maioria dos fãs é mais que a metade de suas próprias vidas. Harry Potter marca uma geração, assim como Guerra nas Estrelas marcou nos anos 80. E assim como George Lucas deu vida ao espaço, J. K. Rowling deu vida ao mundo mágico, revelando coexistência com a nossa realidade e nos permitindo fazer parte dessa experiência, cujo único limite é nossa imaginação. Mas o fim desta Era está prestes a acabar e isso tem aterrorizado todos que foram encantados em algum momento e acompanham essa magia.
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 estréia dia 19 de novembro fechando a franquia que mais lucrou na história do cinema. As adaptações que tiveram início em 2001 completam nove anos de história (no total, serão dez anos, com a estréia da parte 2, em 2011). Logo, tanta empolgação e ansiedade não surpreendem. E assim como não se pode cutucar um dragão adormecido, o monstro da expectativa pode criar grandes estragos.

As críticas dos leitores às adaptações não são de hoje. Começou lá atrás, em A Pedra Filosofal, quando precisaram ignorar a importância da cor verde dos olhos de Harry, pois Daniel Radcliffe não se acostumou às lentes de contato. Mas desde que David Yates assumiu a direção das adaptações em Harry Potter e A Ordem da Fênix , conseguiu balancear a magia com o tom sombrio e acompanhar a evolução da trama, dos personagens e dos atores, que os fãs passaram a confiar e defender as adaptações. Com o tempo também amadureceram como críticos e passaram a entender que cortes são necessários, visto a dificuldade de espremer as mais de quinhentas páginas em duas horas de filme.
Ainda assim, há um grande medo quando o assunto é adaptação (se você não leu o livro, cuidado com os spoilers). Medo que cenas sejam cortadas em prol de um filme dinâmico, mas tidas como fundamentais pelos leitores. No entanto a Warner parece ter feito questão de tranqüilizar os fãs colocando flashes de grande parte dos lugares citados no livro, que não são poucos. Começando pela saída de Harry em sua última estadia na Alferinos nº4, passando pela Toca no casamento de Gui e Fleur, o encontro com o Monstro no Largo Grimmauld, a invasão ao Ministério da Magia atrás de uma das horcruxes, a visita ao túmulo de seus pais no cemitério em Godric’s Hollow, a estranha moradia de Xenofílio Lovegood, conhecedor do símbolo das relíquias, a captura do trio que é levado a Mansão dos Malfoy, a fuga para o Chalé das Conchas de Gui e Fleur, por fim a volta a Hogwarts, somam 9 lugares importantes que o trio irá visitar, além dos acampamentos na floresta e outros lugares pelos quais não estamos acostumados a vê-los, como as ruas de Londres. Aliás, é grande a expectativa da passagem dos bruxos pela cidade e como se comportarão em fuga fora de Hogwarts. David Yates diz que sair dos limites da escola deu novos ares e frescor as cenas, sendo um grande acréscimo ao filme.

As lutas e perseguições devem dar o tom caótico a busca pelas Horcruxes. A perda inesperada de Dumbledore os deixa com a responsabilidade não só de destruir os pedaços de alma escondidos por Voldemort como também a maneira de destruí-los. Mesmo distante, o querido diretor parece saber de suas reações e lhes deixa em testamento itens úteis como se soubesse da personalidade e da capacidade de cada um.

Para quem não leu o livro, o grande mistério se encontra em quem é R.A.B., iniciais que aparecem no bilhete junto ao medalhão falso encontrado por Harry e Dumbledore no sexto filme. Algo que os leitores estão cansados de saber. Para nós (e eu me incluo nos que já leram) conhecer as outras horcruxes é a mais tentadora. Outra expectativa e rever itens mágicos, como a moto de Sírius, o apagueiro, o pomo de ouro, a capa de invisibilidade, além de conheceremos novos itens como o livro “Os Contos de Beedle, o Bardo”.

Litros de poção polissuco devem ser usados nesse filme, visto o número de transfiguração que tem nos livros. Além disso, o número de magias utilizadas deve substituir a falta que o cenário mágico de Hogwarts fará. A produção sempre milionária já disse que teve mais trabalho que o normal, assegurando que não haverá economia de efeitos para os feitiços. Teremos também a apresentação dos itens que fazem parte das relíquias da morte. Sua história deverá ser contada em forma de animação diferente de tudo que já foi visto.

As perdas e mortes são inevitáveis e dolorosas tanto para os personagens quanto para nós que nos apegamos, então eles devem ter grande destaque, afinal lidar com elas se torna ponto crucial para Harry, que precisa contornar a ira, mesmo que por instinto, para não se igualar seu oponente. Entre estas perdas estarão personagens que são símbolo de força e poder, companheirismo e devoção, e que por maior carinho que tenhamos, em uma guerra não há como contê-las. Uma morte em especial é uma das grandes curiosidades dos fãs, por ser uma das passagens do livro mais emocionantes e simbólicas.

O elenco se empolgou bastante com o resultado das gravações, afirmando terem se dedicado ao máximo e que os dois últimos filmes são os que mais exigiram tanto do físico quanto do emocional. E essa é uma das partes mais importantes em relação ao filme. A interpretação dos atores principais, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint e Tom Felton, que cresceram e aprenderam com as filmagens precisam mostrar seu amadurecimento e capacidade de interpretação no limite das emoções com o clímax dos últimos filmes. Em especial a Daniel que interpretará as variadas faces de Harry com todas as dificuldades pelas quais ele vai enfrentar. Passar pelo processo faz parte da formação de seu caráter. Sua relação de amizade com os companheiros, a maturidade para tomar decisões, a capacidade de controlar suas emoções e canalizá-las de forma correta, coragem de enfrentar seus medos e definir seus princípios e escolher o caminho do bem, por mais tortuoso que ele seja. Daniel terá de apresentar o seu melhor, e nós ficamos na ansiedade.

Mas o maior de todos os medos a ser enfrentado é o medo da morte. Após o lançamento do último livro, esperar pelos filmes é como prolongar um pouco do encantamento. E por mais a história não vá cair no esquecimento, a apreensão em torno do encerramento parece paralisar os fãs. Relendo um pouco do livro me vi tomada pela emoção, talvez maior que a primeira vez. A magia presente em cada linha, a saudade de cada personagem, reviver isso é surpreendentemente bom. E como uma história que se tornou base para a interação de pessoas de todo o mundo, assistir a sua estréia é participar desses momentos de grande magia de proporção mundial. Não me admirarei se houverem muitos olhos inchados no fim da seção. Harry Potter é uma experiência mágica que ultrapassa as linhas das páginas e telas. E deixa com legado milhares de fãs aprendizes do amor pela leitura e cinema e sedentos por boas histórias. E aquele pôster apesar de uma Hogwarts destruída, trás um significativo céu iluminado pela luz do sol. O fim de Harry Potter, assim como Dumbledore disse sobre a morte, é apenas a passagem para a aventura seguinte.

Creditos : soshollywood

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