O It Pop conversou com a banda de indie-rock nacional, Holger! Confira nossa entrevista!

Basta surgir uma banda ruim para que muitos saiam dizendo que o rock nacional é um lixo, mas desde o fim do ano passado, este cenário tem voltado a ganhar força e começando pela internet. Não me lembro ao certo onde, mas encontrei o streaming de "Sunga", que é o disco de estreia da banda Holger. Escutei e curti logo de cara. "Onde estavam esses caras enquanto Restart tocava nas rádios?!".




Após me apaixonar pelo "Sunga" [ouça aqui], fui atrás de mais informações sobre a Holger e bingo, encontrei diversas críticas e resenhas, todas à favor dos brasileiros. Encontrei inclusive uma da Paste Magazine, que cita os brasileiros como uma das grandes descobertas do festival Pop Montreal! Leia o artigo aqui.

Enfim, logo quis compartilhar o trabalho desses caras com vocês aqui do blog e nada melhor do que uma entrevista para começar essa relação com o pé direito, não é?! Confira abaixo a conversa que tivemos com a banda, que atualmente está finalizando a produção de seu segundo álbum de estúdio. Na entrevista, a banda ainda adiantou algumas participações de sua nova produção, confira:

IT POP: Em primeiro lugar, poderiam explicar sobre o nome da banda? Porque "Holger"?
Em 2008 pouco antes de fazer nosso primeiro show precisávamos de um nome. Quando chegou a hora de escolher resolvemos nomear a banda como Holger, nome próprio sueco, em homenagem ao pop sueco que tanto ouvíamos na época.


IT POP: Não é muito comum encontrar bandas boas de indie-rock no Brasil. O que vocês acham que a Holger tem de especial e como vocês vêem o atual cenário do rock brasileiro?
O Holger é especial para nós, talvez para nossos fãs. Dizer o que eu acho que o Holger tem de especial é suspeito, eu gosto e acredito no que faço.


IT POP: Atualmente, o que bomba nas rádios é o pop dançante e teve também aí a febre do sertanejo. Vocês acham que futuramente o rock poderá ter sua vez?
Difícil de prever o futuro, mas acredito que o espaço do rock é cada vez menor até por uma evolução da música e público.


IT POP: Entre as influências da Holger, vocês já citaram em outras entrevistas nomes como The Flaming Lips e Pavement. Numa perspectiva atual, continuam com as mesmas influências? A banda tem experimentado novas sonoridades?
As influências antigas nos influenciaram em outro momento e nos fizeram ser quem somos hoje. Não ouvimos mais estas bandas mas elas fizeram parte da nossa história. Hoje ouvimos outras coisas, buscamos nossas influências no Brasil e na música eletrônica principalmente.


IT POP: E o segundo álbum, já está pronto? Como anda a produção?
O segundo album já está gravado, estamos mixando ele.


IT POP: Se uma banda acerta no primeiro álbum, a pressão para o segundo meio que dobra. Vocês acham que vão atingir as expectativas com o sucessor de "Sunga"?
Acredito que fizemos nossa obra prima, independente do resultado de público e crítica que o disco acarretará.


IT POP: Poderiam descrever a Holger em uma só palavra?
Não tenho idéia, o Holger tem sido minha vida nos ultimos anos, os sentimentos são muitos e as faces são muitas.


IT POP: O Marcelo (Pata) chegou a participar de uma faixa do álbum de estreia do Killer On The Dancefloor, vocês contarão com participações no novo álbum?
Sim, Dw Ribatski, João Parahyba (Trio Mocotó), Li Saumet (Bomba Stereo), Irina Bertolucci (Garotas Suecas) são algumas das participações que temos.


IT POP: Pra fechar, se não estivessem na música, que profissão cada membro da banda seguiria?
Temos profissões fora da música, eu, Pata sou estudante de medicina, o Arthur é filósofo e profossor de Filosofia na PUC-SP, o Tché e o Pepe trabalham com vídeo e o Rolla é estudante de Jornalismo.

Pra fechar, Marcelo (Pata), integrante da banda, mandou uma foto especial para a gente. Olha só: