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Review: o amor tem nome e sobrenome em "Red", novo álbum da Taylor Swift!

Por mais que ainda não integre esse time de cantoras que estão na luta pela sobrevivência nas paradas e nas rádios, a cantora Taylor Swift sempre se mostrou mais que pronta para o mercado pop, e foi em seu novo álbum, “Red”, que a cantora resolveu provar isso para todos que estivessem dispostos a ver. Com performances e entrevistas televisionadas, Taylor garantiu que seu nome fosse assunto quase que diariamente e, garantindo que nada ofuscasse esse momento, lançou também quase que uma canção por dia no iTunes, liberando-a para audição no Soundcloud e fazendo com que blogs e sites ao redor do mundo também tratassem de lembrar seu nome. 

Neste jogo, Swift conseguiu mostrar para todos que era maior do que esperavam e fez com que todos esses lançamentos fossem #1 no iTunes, chegando a emplacar mais de uma faixa no TOP 10 da loja virtual mais de uma vez no mesmo dia — e tudo isso sem precisar de colaborações em versões especiais ou de descontinhos especiais. Serpa que depois de tantas vendas, Swift ainda tá no vermelho?! Nós já escutamos seu novo CD e abaixo vocês poderão conferir o que achamos do “Red”!
Como já era esperado, a temática predominante do “Red” é o amor, e todos os nomes masculinos atribuídos à ele quando se trata de Taylor Swift. Nosso primeiro contato com o material foi em “We Are Never Ever Getting Back Together”, que foi seu carro-chefe e já ganhou até um videoclipe, a canção foi claramente escrita pra falar sobre o romance de Swift com o ator Jack Gyllenhall e há quem diga que todo esse disco é sobre o ator, mas essas já são opiniões mais radicais. Musicalmente falando, “We Are Never...” já deixou muitos com um interesse à mais por Taylor, uma vez que a cantora mostrava aí uma vertente pop que ainda não havia nos revelado, mas como nem tudo é felicidade, assim como muitos ganharam um interesse pela cantora, outros já torciam o nariz achando que ela estaria se rendendo à indústria – mais uma vez, opiniões radicais. Por sorte (ou não), o que temos aqui não é uma Taylor vendida à indústria, muito menos decidida à abraçar um público completamente diferente ao que já possuía, e sim uma cantora mais flexível, pronta pra experimentar novos elementos, só que lentamente.
Nas canções que abrem o álbum “State of Grace”, “Red” e “Treacherous”, o que temos não é nada muito diferente da Taylor do “Speak Now”. Tá country, bonitinho, falando sobre amor e com aqueles refrões que sabemos que não esqueceremos tão cedo. Das três, a faixa-título possui o maior apelo radiofônico e aqui não temos o que estranhar, afinal, já conversamos sobre Swift estar pronta para o mercado, não é mesmo?! A surpresa do álbum vem mesmo em “I Knew You Were Trouble”, que foi um dos buzz-singles que chegaram aos nossos ouvidos antes do resto do CD. Pra mim, essa é a melhor música do álbum e é uma das que se destacam facilmente, fugindo do que a cantora já vinha apresentando e investindo até mesmo no dubstep. Se fosse de qualquer outra cantora pop, digo isso desde Britney à Selena Gomez, não seria nada extremamente incrível ou “de outro mundo”, mas vindo de Taylor Swift, achei extremamente incrível, é coisa de outro mundo!
“All To Well”, que dá sequência ao CD, traz de volta a calmaria-country do início do álbum. Já podemos respirar tranquilos, Taylor ainda é Swift, ainda tá apaixonada e ainda está falando de um de seus antigos romances. Posso estar falando besteira, mas a canção chega a lembrar a ~fórmula~ de “Long Live” — sem a Paula Fernandes, pfvr. Numa análise rápida, já é notável que se organizaram bem entre a calmaria e uma pegada mais “agressiva” neste álbum, e isso também fica visível quando vemos “22” antecedendo “I Almost Do”, que por sua vez antecede à já conhecida “We Are Never Ever Getting Back Together”. “I Almost Do” é mais uma coisa bonitinha vinda de Taylor, já “22” é uma “We Are Never...” melhorada e, desde a primeira vez que escutei o CD, fiquei me perguntando o porque desta não ter sido o carro-chefe do álbum — na verdade, isso é meio que um pensamento preguiçoso, afinal, é mais simples anunciar um single ou clipe chamado “22”.
“Stay Stay Stay” é um ponto de encontro entre a Taylor-roça e a Taylor-toco-nas-rádios-e-bombo-na-Billboard. Escutando essa música, não consigo imaginar nada que não seja a Swift cantando numa fazenda, com muitas cores espalhadas para todos os lados e vacas voando num céu limpo, com um arco-íris e nuvens “sorridentes” — só faz sentido quando se escuta essa canção, que isso fique claro. Ainda nesse clima de ponto de encontro, ou equilíbrio, podemos citar “Holy Ground”, “Sad Beautiful Tragic” e “The Lucky One”. Elas não trazem toda a felicidade das faixas que as antecedem, mas mostram que a cantora pode, facilmente, investir em seu ~antigo~ perfil sem perder o ar radiofriendly — o que também merece atenção neste ponto do álbum são os vocais de Taylor e o quê indie, principalmente em “Sad Beautiful Tragic”, que a cantora pode ter adquirido após sua parceria com The Civil Wars em “Safe and Sound”.
Desrespeitando agora a tracklist do álbum, vamos falar sobre as parcerias, “The Last Time (com o Gary Lightbody, do Snow Patrol)” e “Everything Has Changed (com o britânico e talentosíssimo Ed Sheeran)”. Em seu dueto com Gary, Taylor parece ter dado toda a liberdade que um artista gosta de ter em um estúdio, Lightbody é quem canta as primeiras palavras da música e, caso tocasse um dia na rádio e eu ainda não conhecesse o “Red”, diria que era algo do cantor com a Swift e não o inverso. “Everything Has Changed”, por sua vez, é basicamente o que esperávamos desses dois, sendo uma canção ótima e acústica falando sobre o amor, mas Ed Sheeran parece um pouco mais limitado em toda a canção, emprestando mais o seu nome do que os vocais em si — ou melhor, Swift emprestando seu nome, pra dar um empurrão no inglês nos EUA.
“Starlight”, penúltima faixa do álbum, nos leva de volta ao clima que conhecemos no início do álbum, mas após faixas como “22”, “Stay Stay Stay” e os duetos com Ed e Gary, passamos a escutar tudo isso com outros ouvidos, e o mesmo acontece com “Begin Again”. Agora está tudo calmo, o clima country ainda está presente e, em momentos, chegamos a aparentar estar bem mais familiarizados com toda essa sonoridade, talvez compreendendo que o que Swift fez com suas vertentes mais pop não foi investir em um novo cenário e sim levar seus próprios elementos para ele. A faixa encerra muito bem toda a produção, de uma forma não menos Swift do que o “Speak Now”, e a vontade que temos é de retornar ao começo do disco e começar tudo de novo.

Resumindo: ela aprendeu a lidar com seus fãs, a compartilhar seus problemas amorosos sem acabar com a vida de seus ex e, o principal na carreira de um artista pop, a vender. A Taylor Swift do “Red” continua sendo a mesma que escutamos no “Speak Now”, com o mesmo ar divertido, refrões de fácil acesso e influências do country. Mas se querem saber, realmente existem diferenças a serem notadas entre uma produção e a outra, não falando mais em termos comerciais, e o que aconteceu com Taylor pode acontecer com qualquer outra artista, na verdade, com qualquer outra pessoa, o nome disse é tempo e, em outras palavras, o que podemos dizer é que a cantora amadureceu. Ponto pra Taylor! 
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