Em 2003, há exatos 10 anos, nascia uma banda super legal e alternativa no Brasil. A banda se chama Cansei de Ser Sexy (atualmente conhecida como CSS). Como o próprio nome já diz, eles tem uma pegada debochada, sem se preocupar em levar seu trabalho tão à sério. Não que a banda faça "qualquer coisa" por não se preocupar, é que eles estão mais preocupados em se divertir que fazer você parar para analisar letras profundíssimas, e é aí que está seu *BOOM*.
Cansei de Ser Sexy veio ao mundo oficialmente em 2005, ao lançar seu álbum auto-intitulado, que gerou um buzz tremendo FORA do país, já que a maioria de suas músicas são cantadas em inglês. O sucesso foi tanto que eles relançaram o álbum numa versão internacional, tirando as faixas em português e adicionando outras em inglês. Duas faixas ganharam super visibilidade: Meeting Paris Hilton, que acabou como abertura do programa da Paris e Music Is My Hot Hot Sex, que foi o primeiro vídeo na história do Youtube a atingir 100 milhões de views (sim, não foi nenhuma diva do pop a conseguir isso, foi Cansei de Ser Sexy, TÁ QUERIDAS?).
Depois do sucesso, CSS aproveitou o momento para se auto-firmar. Veio então o "Donkey", o segundo e melhor álbum da banda. Bem mais caprichado, tanto sonoramente quanto liricamente, CSS fez uma ode à música, à arte, ao design, à moda, com um álbum super conceitual e delicioso. Com a firmação vindoura do "Donkey", problemas internos no grupo começaram. Brigas e discussões racharam os integrantes, e alguns saíram afirmando que a banda tinha se tornado séria demais, "uma vez que [o CSS] havia sido criado como forma de divertimento e não seriedade na música". Mas tudo bem, eles trocaram de gravadora e decidiram continuar os trabalhos. Então veio o terceiro álbum, "La Liberación". Novamente CSS trás um álbum incrível, misturando diversos estilos (e bota diversos nisso), terminando numa salada de frutas que tem de laranja à kiwi.
ATÉ QUE... Adriano Cintra, o produtor, guitarrista, compositor, a cabeça do CSS decide sair da banda, armando um dos maiores barracos do cenário musical brasileiro, com direito a um desabafo gigante no seu blog e váaaarias trocas de insultos. Adriano afirma que a banda deixou a fama subir à cabeça, e o relacionamento se tornou inviável, fazendo com que o futuro de CSS parecesse ser o fim. Mas nã-ão. As meninas (Lovefoxxx, Luiza Sá, Ana Rezende e Carolina Parra) decidiram continuar com o trabalho.
Então finalmente chega o "Planta", quarto álbum da banda, depois de muito babado, confusão e gritaria. Produzido por David Sitek (que já trabalhou com Yeah Yeah Yeahs, Liars, Foals e outras bandas), "Planta" tenta manter a áurea do Cansei de Ser Sexy ainda viva.
Pausa para momento cultural artístico: a capa - absolutamente perfeita - do "Planta" foi inspirada na arte feita por Richard Avedon com a eterna Audrey Hepburn.
Pausa para momento quebração de louça: Adriano Cintra ainda não superou sua saída (link) e (link) até (link) hoje (link) pelo (link) twitter (link) manda (link) diretas (link) para (link) a (link) banda (link) - são links diferentes, podem clicar em todos rs.
Mas vamos aos trabalhos, não é mesmo? O álbum abre com a faixa Honey. Como o nome já diz, é uma faixa doce, agitadinha, com batidas oitentistas, super legal, com flertes no dubstep. Ensolarada, vem com "Where is my Sweetheart my Honey? Keeping all the light in the dark, so sunny". Partimos então para o primeiro single do álbum, Hangover, música que eu particularmente adoro. Sim, ela é absurdinha e soa totalmente nonsense, mas CSS é isso aí. Lembra outra faixa tão "it's that real?", La Liberación do álbum de mesmo nome. Divertida e dançante. A próxima é Into The Sun. Essa eu não gostei de cara, mas me acostumei e a acho super conceito. A batida lembra Knees, do álbum anterior, e é bem envolvente, apesar de não ser tão agitada - o refrão é tocante e fluido. Meio indie. Chegamos então em Girlfriend, faixa toda, melodicamente falando, desconexa. A melodia sobe e desce toda hora, chega a assustar, e o vocal de Lovefoxxx tenta acompanhar, só que não dá muito certo, mas o refrão é interessante, e salva a faixa da perdição.
Então vem Dynamite, com guitarras e uma pinta "wannabe rock star". Bem frenética e elétrica, porém não faria falta se não existisse, mesmo com a bateria sendo tocada por Hannah Blilie do Gossip <3. Pulemos para Sweet. Eu a-do-ro essa, acho mega intrigante, sexy, barulhenta, sua ponte e refrão são deliciosas. Ovaciona o #girlpower, principalmente agora que a banda tem só molieres, como em "We do mistakes. We do it again. But we’re young and fun. So we can love again. Girls, girls, girls’ world" Merece um clipe absurdamente psicodélico. #Partiu agora Too Hot, a gracinha do álbum. Fun fun fun fun, toda manhosa, com o instrumental bem singelo. "Hot and Heavy, you make this girl sweat. Dripping down the fold of my breasts when you touch me so deep, I feel the fire all over me. It makes me burn like red hot chilli’s. And like the snake I shut my skin". Puro amor. A próxima absurdinha é Teenage Tiger Cat. Tem tambores, RAAAAAWs, coros bizarros e robóticos, uma loucura.. Lembrou-me a bagunça de Tutti Frutti Fake.
Enfim estamos na melhor faixa do álbum: Frankie Goes To North Hollywood. Uma música que você vai ouvir e na hora dizer "Isso é Cansei de Ser Sexy". Meio lenta, a melodia é desesperadoramente relaxante. O refrão dengoso com "Fraaankieee, when you coming hooome?" é para matar. Além disso, é a única faixa com partes em português, e eu tenho a obrigação de transcrevê-la: "A gente costumava se encontrar, 3h da manhã sem hora pra voltar. Agora as madrugadas estão vazias, fico olhando pro teto até o meio dia. Eu e você, você e eu. Se lembra aquela vez que o pau comeu embaixo do Minhocão? Sem você não tem mais emoção. Volta pra casa, volta pra mim. Frankie minha saudade não tem mais fim". HINO. Banda Uó curtiu isso. The next is The Hangout, que continua na vibe da faixa anterior, um pouco lenta e fascinante. Tranquila e sem pretensão. E o álbum é encerrado com a pesada Faith In Love, fazendo uma "ladeira" interessante no álbum, que começa agitado e pra cima e termina lento e fechado. Hipnótica, seria uma faixa ótima para o duo Hurts fazer um cover.
RESUMINDO: Cansei de Ser Sexy não é o mesmo. A saída de Cintra (que deveria se preocupar mais com o duo Madrid - que é morto de lindo - que tentar depreciar as garotas) mudou as estruturas da banda, e isso é evidente. "Planta" não tem o que os outros álbuns tem: ousadia, suor e aquela pegada histérica - faltou algum tempero -, todavia não se distancia tanto assim da ideologia da banda. A nova sonoridade de CSS é algo natural e que se auto-regula fervoroso, com quatro mulheres cheias de hormônios dominando as guitarras e sintetizadores, só que soou como se as garotas estivem temerosas ao se arriscar sem o "cabeça" da banda, podendo assim receber críticas; isso faz com que o "Planta" não alcance voos tão altos. Sim, o álbum poderia ser melhor, mas o Cansei de Ser Sexy fez um bom trabalho ao "se reerguer". A planta aqui tem raízes fortes o suficiente para manter toda essa brincadeira viva. Ah, e fotossíntese suxxx.
Pausa para momento cultural artístico: a capa - absolutamente perfeita - do "Planta" foi inspirada na arte feita por Richard Avedon com a eterna Audrey Hepburn.
Pausa para momento quebração de louça: Adriano Cintra ainda não superou sua saída (link) e (link) até (link) hoje (link) pelo (link) twitter (link) manda (link) diretas (link) para (link) a (link) banda (link) - são links diferentes, podem clicar em todos rs.
Mas vamos aos trabalhos, não é mesmo? O álbum abre com a faixa Honey. Como o nome já diz, é uma faixa doce, agitadinha, com batidas oitentistas, super legal, com flertes no dubstep. Ensolarada, vem com "Where is my Sweetheart my Honey? Keeping all the light in the dark, so sunny". Partimos então para o primeiro single do álbum, Hangover, música que eu particularmente adoro. Sim, ela é absurdinha e soa totalmente nonsense, mas CSS é isso aí. Lembra outra faixa tão "it's that real?", La Liberación do álbum de mesmo nome. Divertida e dançante. A próxima é Into The Sun. Essa eu não gostei de cara, mas me acostumei e a acho super conceito. A batida lembra Knees, do álbum anterior, e é bem envolvente, apesar de não ser tão agitada - o refrão é tocante e fluido. Meio indie. Chegamos então em Girlfriend, faixa toda, melodicamente falando, desconexa. A melodia sobe e desce toda hora, chega a assustar, e o vocal de Lovefoxxx tenta acompanhar, só que não dá muito certo, mas o refrão é interessante, e salva a faixa da perdição.
Então vem Dynamite, com guitarras e uma pinta "wannabe rock star". Bem frenética e elétrica, porém não faria falta se não existisse, mesmo com a bateria sendo tocada por Hannah Blilie do Gossip <3. Pulemos para Sweet. Eu a-do-ro essa, acho mega intrigante, sexy, barulhenta, sua ponte e refrão são deliciosas. Ovaciona o #girlpower, principalmente agora que a banda tem só molieres, como em "We do mistakes. We do it again. But we’re young and fun. So we can love again. Girls, girls, girls’ world" Merece um clipe absurdamente psicodélico. #Partiu agora Too Hot, a gracinha do álbum. Fun fun fun fun, toda manhosa, com o instrumental bem singelo. "Hot and Heavy, you make this girl sweat. Dripping down the fold of my breasts when you touch me so deep, I feel the fire all over me. It makes me burn like red hot chilli’s. And like the snake I shut my skin". Puro amor. A próxima absurdinha é Teenage Tiger Cat. Tem tambores, RAAAAAWs, coros bizarros e robóticos, uma loucura.. Lembrou-me a bagunça de Tutti Frutti Fake.
Enfim estamos na melhor faixa do álbum: Frankie Goes To North Hollywood. Uma música que você vai ouvir e na hora dizer "Isso é Cansei de Ser Sexy". Meio lenta, a melodia é desesperadoramente relaxante. O refrão dengoso com "Fraaankieee, when you coming hooome?" é para matar. Além disso, é a única faixa com partes em português, e eu tenho a obrigação de transcrevê-la: "A gente costumava se encontrar, 3h da manhã sem hora pra voltar. Agora as madrugadas estão vazias, fico olhando pro teto até o meio dia. Eu e você, você e eu. Se lembra aquela vez que o pau comeu embaixo do Minhocão? Sem você não tem mais emoção. Volta pra casa, volta pra mim. Frankie minha saudade não tem mais fim". HINO. Banda Uó curtiu isso. The next is The Hangout, que continua na vibe da faixa anterior, um pouco lenta e fascinante. Tranquila e sem pretensão. E o álbum é encerrado com a pesada Faith In Love, fazendo uma "ladeira" interessante no álbum, que começa agitado e pra cima e termina lento e fechado. Hipnótica, seria uma faixa ótima para o duo Hurts fazer um cover.
RESUMINDO: Cansei de Ser Sexy não é o mesmo. A saída de Cintra (que deveria se preocupar mais com o duo Madrid - que é morto de lindo - que tentar depreciar as garotas) mudou as estruturas da banda, e isso é evidente. "Planta" não tem o que os outros álbuns tem: ousadia, suor e aquela pegada histérica - faltou algum tempero -, todavia não se distancia tanto assim da ideologia da banda. A nova sonoridade de CSS é algo natural e que se auto-regula fervoroso, com quatro mulheres cheias de hormônios dominando as guitarras e sintetizadores, só que soou como se as garotas estivem temerosas ao se arriscar sem o "cabeça" da banda, podendo assim receber críticas; isso faz com que o "Planta" não alcance voos tão altos. Sim, o álbum poderia ser melhor, mas o Cansei de Ser Sexy fez um bom trabalho ao "se reerguer". A planta aqui tem raízes fortes o suficiente para manter toda essa brincadeira viva. Ah, e fotossíntese suxxx.
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