A britânica Ellie Goulding é uma das melhores referências quando pensamos em ~cantoras que vendem pop pra pessoas que não gostam de pop que vende~ e, ainda colhendo frutos do seu grande hit, “Lights”, a cantora se prepara agora para relançar o seu segundo disco, “Halcyon”, com sete novas canções e colaborações de diversos DJs, o que promete possíveis novos hits para as pistas. Abrindo os trabalhos com a re-edição do álbum, o mais novo single de Goulding é a canção “Burn” e, desde a primeira vez que a escutamos, a aceitação foi quase que automática.
Quando canta, Ellie Goulding não
é só uma voz e sim um estado de espírito, mas daqueles em que você se sente tão
livre que parece estar voando, porém, se tratando da indústria, uma hora
pisamos no chão outra vez e então encaramos os objetivos mercadológicos da
canção. De início, tememos o fato dela estar cantando sobre luz, iluminação ou
derivados outra vez (e com a mesma sonoridade dançante sem se render por
completo às pistas), faz parecer que ela está andando em círculo ao redor da
sua “Show das Poderosas”. Mas ao mesmo tempo que isso parece assustador,
ficamos animados ao ver que ela consegue repetir a fórmula sem nos cansar. É
uma “Lights 2.0” tão boa quanto a primeira e que, mesmo reciclando alguns
elementos, não soa datada ou como algo que já escutamos antes.
O mais interessante nessa
história é que, aparentemente, a ideia que deu vida à “Burn” não foi de recriar
o sucesso “Lights”. Isso porque a canção, produzida pelo Greg Kurstin com composição
do Ryan Tedder (One Republic), era pretendida pela Leona Lewis, para o álbum “Glassheart”,
e acreditamos que eles não pensariam numa “nova Lights” pra quem nunca teve uma.
Outro ponto que devemos ressaltar é que, assim como disse Calvin Harris certa
vez, Leona tem um jeito bem singular de cantar, assim como Ellie, e dá muito de
sua personalidade para suas canções, fato que fica bem claro ao ouvirmos “Burn”
em sua voz, que não tem nem metade do clima ou animação proposta pela versão
cantada pela Ellie, nos fazendo pensar que ela passaria despercebida no “Glassheart” — o que seria um baita desperdício.
Concluindo, Ellie Goulding sentiu
a sensação de ter seu primeiro grande hit após relançar o CD “Lights”, sob o
título “Bright Lights”, mas essa fama só tomou grandes proporções após ela
lançar seu segundo álbum, que mesmo sendo um dos melhores de 2012 teve muitas
de suas produções ofuscadas pelo grande sucesso, sendo assim, o tal
relançamento do “Halcyon” não é algo que tenha nos surpreendido. A surpresa
mesmo, fica a cargo da qualidade do material que está por vir, só tentaremos
não criar muitas expectativas pra evitar possíveis decepções.
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