Mesmo sem nenhum lançamento próprio
recente, o produtor Pharrell Williams já é o grande nome desse ano! Indo de
Daft Punk à Britney Spears, dificilmente vamos conseguir pensar em um nome que
não tenha dividido estúdio com o cara nos últimos meses e um deles é o cantor
Justin Timberlake. Após cerca de seis anos longe das rádios, o cantor de “What
Goes Around... Comes Around” fez seu retorno nesse ano com o álbum “The 20/20
Experience” e foi uma das primeiras amostras do que Pharrell vinha produzindo
para os discos alheios: uma proposta de música orgânica, com mais de um pé nas
décadas passadas, algo classudo pra valer!
Enquanto promovia o tal disco,
Timberlake anunciou então que ele ganharia uma sequência, porém, enquanto ainda
trabalhava em seus primeiros singles (“Suit & Tie” e “Mirrors”), se viu
sendo derrubado por outro nome masculino nas paradas. Como alguém conseguiria
derrubá-lo em um retorno tão aguardado? Quem teria essa audácia? E eis que a
resposta veio com nome, sobrenome e um histórico bem grande de carreira: Robin
Thicke e uma tal de “Blurred Lines”. O single que derrubou Timberlake e sua “Mirrors”,
porém, não era pouca coisa. Tinha um refrão chiclete, o mesmo pop orgânico que
o cantor planejava trazer as rádios e até um flerte com o hip-hop, mas olhem
só, não é que também tinha o dedo do Pharrell Williams!? Pela primeira vez em
anos se sentindo ameaçado no que era sua zona de conforto, Justin antecipou
então os trabalhos com a segunda parte do disco “The 20/20 Experience” e foi
assim que “Take Back The Night”, o seu novo single, ganhou vida nas rádios.
Assim como Timbaland, David
Guetta e Calvin Harris em outrora, Pharrell Williams, como o produtor do
momento, espalhou suas fórmulas para muita gente, então não ficaria difícil encontrar
coisas semelhantes cantadas por artistas diferentes e Justin Timberlake foi um
dos que caiu nessa triste coincidência. Seu single, “Take Back The Night”,
mantém a postura classuda de “Suit & Tie” ou qualquer outra do “The 20/20
Experience”, desta vez em uma relação séria com as pistas de dança, sendo um dance oitentista com “quês” e “erres”
emprestados de Michael Jackson, mas talvez tudo isso soasse mais interessante
se Pharrell, O Grande, não tivesse feito exatamente a mesma coisa há alguns meses com o Daft Punk numa música chamada “Lose Yourself To Dance”.
Particularmente, não vemos
problemas em algumas semelhanças aqui ou ali, até porque visto que a canção se
inspira no que tocou nas rádios há anos é provável que existam N outras
iguais, mas é aqui que entra o fator decepção, visto que esse é o primeiro
single do que seria a redenção pop de Timberlake com a sequência do “The 20/20
Experience”, o glorioso single de retorno do rapaz que em algum momento de sua
carreira ganhou o título de Príncipe do Pop não é nada incrível, nada que
surpreenda, nada tão fantástico quanto o que o consagrou em seus dois primeiros
álbuns. O engraçado nisso tudo é, porém, que muitos artistas, na tentativa de
suprir nossa necessidade de escutar novidades de Justin Timberlake, chegaram a
fazer singles bem mais interessantes do que o próprio (“Hottest Girl In TheWorld”, do JLS; “Give It 2 U”, do Robin Thicke e “Boyfriend”, do Justin Bieber,
são só alguns dos exemplos).
Nenhum comentário
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.