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It Entrevista: Fire Department Club fala sobre influências, origem da banda, Anitta e muito mais!


Ter uma banda de rock no Brasil não é fácil. As pessoas estão o tempo todo buscando por coisas que possam ser úteis para as rádios, pra depois criticá-las quando estiver na boca de todos, e não hesitam no momento de comparar o que temos aqui com o som lá de fora, mas aos poucos temos revertido essa situação, encontrando diversos nomes que sabem bem o que fazer com suas baterias e guitarras.

Há pouco tempo, revelamos aqui no blog o single "Merry Go Round", dos gaúchos da banda Fire Department Club, e adiantamos brevemente que logo traríamos uma entrevista com nossos conterrâneos aqui para o blog e eis que esse momento chegou. Formada por André Ache (baixo e vocal), Gabriel Gattardo (guitarra e synths), Meinel Waldow (guitarra) e Gui Schwertner (bateria), a Fire nasceu em Porto Alegre, mas foi na internet que ganhou forma com o EP "Colourise", partindo pra Los Angeles e conhecendo então Luc Silveira, o nome por trás de seu novo single.

Numa conversa com a gente, a banda falou sobre suas influências, de onde tiraram o nome da banda, o que acham de artistas como Clarice Falcão, Capital Cities, Anitta e Naldo, e muito mais! Vamos ver o que saiu? Confiram abaixo:

It: Essa é uma pergunta que vocês ainda ouvirão muito, mas é sempre bom saber. O nome da banda vem de onde?

Havia um clube dos bombeiros da cidade de Três Passos, RS – cidade natal do Meinel (guitarra) e Guilherme (bateria). E lá, os bailes eram os mais pirados da região, por isso Fire Department Club.

It: Em “Merry-Go-Round” vocês têm muito desse indie-rock com um pé no pop, assim como Foster The People e Two Door Cinema Club. Essas bandas serviram de alguma forma como influência? Quais são as principais influências de vocês?

Somos todos da mesma geração, por isso acredito que as influências sejam bem próximas, apesar da distância. Curtimos muito o trabalho de ambas. Nossas principais influências são Strokes, Killers, Franz Ferdinand e Incubus e Daft Punk.


It: No Brasil existe muito preconceito com bandas em geral e notamos que todo o material disponível online de vocês está em inglês. Acreditam que ajuda a causar uma “melhor impressão”?

A nossa música é naturalmente assim. Não foi nada forçado ou visando uma melhor impressão. Mas a verdade é que cantar em inglês amplia o nosso público, numa visão global.


It: O Cansei de ser Sexy é um bom exemplo de banda que vingou primeiramente na gringa, justamente por investir na língua de lá, tem um objetivo semelhante?

Sem dúvida. É muito importante termos referências de sucesso lá fora, esse também é o nosso objetivo.

It: “Merry-Go-Round”, o single de estreia da Fire Dept. Club, será lançado em mais de 130 países só neste mês e no site da banda vocês dizem que ele irá leva-los “to a whole new level”. Qual é esse “level” que vocês querem levar o single? Já tem um clipe a caminho?

É tanto sobre o nosso nível como banda (melhores composições, arranjos, novas ideias), quanto o alcance na nossa música. Merry-Go-Round está nos proporcionando uma maior visibilidade.
Sobre o clipe. Sim, estamos em processo de pré-produção.

It: Futuramente, é provável que vocês também gravem um CD. Podemos esperar por algo em português? [pitaco] Ao menos o título, soaria conceitual para os gringos.[/pitaco]

Olha, não é má ideia. Podem esperar qualquer coisa dos bombeiros. A gente tem até canção com refrão em holandês...

It: Se pudessem escolher três artistas, estejam eles vivos ou não, para gravar algo em parceria. Quais seriam?

Chamaríamos o Daniel Johns para compor algo com o Rodrigo Amarante, já pensou? Um Diorama misturado com Ventura, sente a cachaça. E aí, adicionaríamos um solo especial do Tom Morello.

It: Após a divulgação de “Merry-Go-Round”, pensam em trabalhar em cima do EP de estreia ou agora só material novo?

Já estamos em processo de gravação. Em breve deveremos lançar um novo EP.


It: Recentemente tivemos algumas surpresas vindas da música nacional, como Clarice Falcão e a banda Tereza. Vocês conhecem? Gostam?

Conhecemos pouco, mas gostamos da Clarice, a Zooey Deschanel brasileira.

It: Da gringa também tem uma banda bem legal, que até daria uma boa parceira pra vocês, chamada Capital Cities. Nesse ano eles lançaram seu disco de estreia e ele é fantástico. Já ouviram falar?

Safe and Sound é um baita hit. Vamos prestar mais atenção neles.

It: Antigamente a música brasileira era conhecida pela sua ótima bossa-nova, samba e MPB. Hoje o pop funk de artistas como Anitta e Naldo são a moda nacional. O que acham disso? Esses “artistas” representam vocês?

Nem eles nem o Feliciano (risos). A gente entende, não aprecia, mas sabe que é da nossa cultura. Como o nome mesmo diz, é moda, é passageiro. Pra mim tanto faz...

It: Como se imaginam daqui 10 anos? Se pudessem deixar uma mensagem para vocês no futuro, o que diriam?

Que a gente não perca a nossa amizade e cumplicidade. Somos antes de tudo, grandes irmãos. Só assim pra conseguirmos ficar tanto tempo juntos e produzindo com qualidade.

It: Pra fechar, que música está tocando na cabeça de vocês neste momento (caso estejam todos juntos, podem dar respostas individuais)?

André: The Royal Concept - Goldrushed
Gabriel : Elliott Smith – Between The Bars
Gui: Calvin Harris - Sweet Nothing ft. Florence Welch
Meinel : Foals – My Number

É muito amor, sim ou claro? Muito obrigado aos rapazes pela entrevista, esperamos poder falar sobre o clipe de "Merry Go Round" ou o cd de estreia deles muito em breve. Por enquanto, o que temos a fazer é curtí-los pelo Facebook e esperar pelas novidades. Claro, ao som do single lindo:
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