Parece que foi ontem que conhecemos Marina & The Diamonds e uma música que muitos diziam ser radiofônica demais para o seu repertório, "Primadonna". Chegamos atrasados, sabemos, mas foi essa faixa, produzida pelo Dr. Luke, que nos fez de ficar de olho na mocinha de País de Gales e ainda fazer maratonas de clipes só pra conhecer a fundo cada uma de suas produções.
Quando iniciou a era "Electra Heart", o que Marina queria era colocar algumas coisas radiofônicas em seu novo álbum, mas sem que isso soasse desesperado para as rádios ou qualquer coisa perto disso. Na temporada de divulgação pré-disco, só se falava sobre a cantora indie que trabalhava com os produtores da Britney Spears, cantando ao som de dubstep e etc, mas no fim nem aconteceu nada que precisasse preocupar os que já a acompanhava desde o álbum "The Family Jewels".
Teve dubstep, batidas pras rádios e muitos refrões grudentos, porém, Marina Diamandis soube balancear essa coisa comercial com sua qualidade como compositora, nos trazendo incríveis hits em potencial com letras que faziam algum sentido. Electra Heart, agora sem aspas, não foi um alterego ou pseudônimo, ela foi um heterônimo — em algum universo, próximo ao Valley of the Dolls, ela existiu e teve uma história, cheia de características bem singulares, pra contar. Ela sonhava com as ilusões de Hollywood, uma vida em que tinha tudo, sofria por amor, mentia por orgulho e, segundo as más línguas, chegou a ser uma verdadeira destruidora de lares, mas como toda boa história, ela teve um fim.
Ao som da inédita "Electra Heart", música não presente no álbum de mesmo nome, Marina & The Diamonds dá então fim a era que fez com que muitos parassem pra acompanhar a sua saga de amores, mas mantendo a mesma ironia que nos prendeu durante toda a história, mata Electra Heart sem nenhum pingo de melancolia, dançando ao som da faixa mais farofenta de todos seus últimos lançamentos.
Vamos sentir sua falta. ♥
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