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Hitômetro: Katy Perry - “Dark Horse (feat. Juicy J)”


Katy Perry prometeu para “Prism” um álbum obscuro, fruto de sua separação com o ator e humorista Russell Brand e com certa influência da dor de cotovelo alavancada por Adele nas rádios, mas o primeiro single do álbum, “Roar”, chegou e desmentiu tudo. Sorte da cantora, que continuou muito bem acolhida por aqueles que já tinham te rendido uma porção de boas posições nas paradas com o álbum “Teenage Dream”, azar dos que realmente esperavam por expressivas mudanças em sua sonoridade.

Em time que está ganhando não se mexe, mas a maioria não se importa em acrescentar uns ingredientes especiais aqui ou ali e é aí que “Dark Horse”, novo single promocional da Katy  Perry, entra em ação. Flerte com a música urbana, participação de um rapper, trap music (!!!!!!), quem vê pensa que é esse o momento em que Diplo age no “Prism”, mas não se enganem: tudo não passa de mais uma louvável parceria da Kátia com Dr. Luke e Max Martin, além do sueco Klas Ahlund.

Fora da zona de conforto doce e colorida de Katy Perry, “Dark Horse” vem pra firmar algumas das promessas que rodeiam esse novo álbum, mas garante, acima de qualquer coisa, que mesmo aderindo a algumas tendências, Kátia sabe como trabalhar quando o assunto é compor e isso faz do buzz-single um dos lançamentos mais inusitados dos últimos meses, substituindo o espaço que Miley Cyrus usou pra dizer que estava imparável por mais um cantinho onde a cantora pudesse falar sobre amor, enquanto canta que uma vez que o rapaz seja dela, não há como voltar atrás — “você está pronto para uma tempestade perfeita? Porque uma vez que você seja meu, não terá mais volta”.

Pra não correr o risco da letra boa + inserção da trap music não ser o suficiente para as rádios e seus fãs, Katy também traz em “Dark Horse” a tímida participação de Juicy J, que mais serve pra tornar a canção legitimamente urbana do que outra coisa. Seus versos são, inclusive, dispensáveis, mas dificilmente vão se importar com isso em meio aos outros cantados pela californiana, assim como foi com Snoop Dogg (aka Snoop Lion, rs), Kanye West e Missy Elliot em outrora. Fora isso, a canção ainda conta com um break, além de versos cantados por um vocal com aquele efeito mais grave, agora também na moda.



Se não fossem as produções do Mike Will Made It, a ressureição da Ciara, parcerias do 2 Chainz e “We Can’t Stop”da Miley Cyrus, “Dark Horse” seria um dos lançamentos mais impactantes de Katy nas rádios desde... vejamos... “E.T.”? Mas aqui os créditos a canção são semelhantes aos que demos para Britney Spears em “Work Bitch”. Uma canção que de nova não tem nada, mas que nunca imaginaríamos ouvir vindo dela, o que é sempre uma vantagem.
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