Parece loucura, mas desde quando o blogueiro que vos fala viciou em "Don't Wanna Dance", da dinamarquesa MØ, bateu aquela curiosidade de qual seria o efeito de um lançamento oficial da Lana Del Rey mais pop que seu disco de estreia, "Born to Die". Infelizmente, talvez não seja desta vez, com o álbum "Ultraviolence", que essa curiosidade será desvendada, até porque a própria já tratou de descrever seu novo disco como algo inaudível de tão dark as hell, nos fazendo imaginar umas barulheiras tipo Crystal Castles ou aquela obscuridade que estavam todos esperando do "Prism" da Katy Perry, mas até que não temos do que reclamar, visto que, compensando a falta de coisas assim nos seus singles oficiais, muitas das demos de Lana apresentam essa faceta mais radiofônica da novaiorquina, mesmo que em canções feitas para os outros.
Entre seu histórico, Lana Del Rey não tem muitos grandes nomes pra quem já compôs. Diana Vickers e Cheryl Cole são alguns deles, mas ambas descartaram suas composições na listagem final de seus respectivos discos, seja como for, de maneira que tem se tornado de praxe, demos da cantora têm caído pela internet num intervalo de tempo cada vez menor e, tendo em mente que são materiais descartados do seu trabalho próprio, só temos a agradecer aos envolvidos.
A mais recente foi "Behind Closed Doors", que já havia circulado pela interwebz numa prévia beeem curta, e meu Deus!, que delicinha essa música, hein? O começo nos remete justamente à pupila do Diplo, MØ, enquanto o refrão se apega em algo mais ligado aos sintetizadores. Meio Robyn. Meio 2010. Ainda assim, não conseguimos não achar lindo demais, principalmente se nos lembrarmos de estarmos falando de uma música da Lana Del Rey. Quero ver dizerem que dormiram ouvindo isso: