O fenômeno de Anitta e sua "Show das Poderosas" resultou, sem dúvida alguma, numa grande mudança para o cenário pop nacional, e não é a toa que depois da mulher, contratada pela gravadora Warner, vários projetos dela surgiram por aí, mas deixando isso de lado, também surgiram outras coisas bem legais, como o EP de estreia da ex-MC Beyoncé, Ludmilla, que também está investindo em algo que tem tudo para, em algum momento de um futuro próximo, se tornar o nosso pop mainstream, a repentina aceitação de Valesca, que pareceu se transformar numa resposta direta do público para a sonoridade mais fabricada de Anitta, e até o MC Naldo, que é quase nosso Chris Brown.
Mas depois de ascender tantos nomes com trabalhos direcionados a um público adulto, as gravadoras provavelmente cogitaram que a febre bem poderia ser útil para um público mais jovem, carente de outra grande atração nacional desde o sumiço da Restart (certo, tivemos a Galinha Pintadinha há pouco, mas não sabemos até aonde ela se encaixa aqui), e dai surgiu então o interesse deles em um garoto que já estava chamando a atenção de muita gente pelo Youtube, o MC Gui.
Eita, dá pra ver seu nariz torcendo daqui! Mas calma, tudo é bem justificável. Atualmente contratado pela Universal Music, também responsável pela distribuição de nomes como Demi Lovato, The Vamps, Robin Thicke e vários outros no Brasil, MC Gui parece caminhar para o lançamento de um primeiro material concreto e tem seu trabalho iniciado com o single "Sonhar (Ostentar Esperança)", uma canção acústica bem diferente do seu maior sucesso, "O Bonde Passou" (atualmente, seu clipe possui mais de 38 milhões de exibições no Youtube!), ou de outros singles que a antecederam, como "Beija ou Não Beija", e funcional, além de bem oportuna, no melhor sentido da palavra, aproveitando a deixa para homenagear Gustavo, o irmão de 17 anos de Guilherme, que faleceu no começo deste ano.
Numa proposta ainda simples, o clipe de "Sonhar" é uma produção ao vivo e faz parte do primeiro DVD do MC Gui, que foi gravado durante um show no Citibank Hall, em São Paulo, no dia 13 de abril. E com ele não temos nada que nos impressione vocalmente, até porque sua música é mais falada que cantada em si, mas é de enlouquecer ver o público que o garoto já carrega, além da sua desenvoltura em palco. Só perde alguns pontos por sua equipe ~criativa~ que muito confunde o que é copia e inspiração no momento de preparar seus visuais com influências do Justin Bieber. ALIÁS, quando começou a fazer sucesso na internet, ele era chamado de "Justin Bieber brasileiro", o que não parece muito bom, mas com certeza o ajudou a conquistar as primeiras fãs. Confira o clipe abaixo (que estreia, inclusive, o canal VEVO do menino. Tá profissa demais! Hahaha!):
Só Deus pode nos julgar, mas gostamos de verdade. A gente ainda tinha um pé atrás com o menino, mais por essa influência Anittesca do Bieber do que seus trabalhos em si, mas começamos a ter algum afeto depois de assisti-lo durante o Altas Horas, da Globo, aonde apresentou seu novo single e ainda caiu no choro, se lembrando do irmão e sendo consolado pelo Caio Castro (!!!).
Sua música, obviamente, ainda tem muito o que melhorar e amadurecer, e acreditamos que aí entrará o selo de qualidade da Universal, que não colocaria sua mão no fogo por algo que não confiasse de verdade.
Se, assim como nós, vocês já estão cogitando a possibilidade de assumirem uma febre pelo menino, é válido ressaltar que ele será uma das atrações da edição de São Paulo do Z Festival, que também contará com a boyband brasileira Fly, o novo príncipe do pop, Austin Mahone, e as meninas do Fifth Harmony. O show acontecerá no dia 12 de outubro e você pode conferir mais detalhes aqui.
Cultura pop do jeito que importa.