Uma das maiores hitmakes de 2014 é, para nossa surpresa, Iggy Azalea. Nós já acompanhamos a australiana há algum tempo, e sempre torcermos pelo seu sucesso, com hinos desmerecidos como "Work" e "Bounce", mas foi só com "Fancy", parceria com a alternê Charli XCX, que ela viu seu nome no topo do mundo. A fórmula versos rap + refrão pop funcionou de uma forma que ninguém esperava.
Depois de "Fancy" se tornar mega smash, veio "Black Widow", outro featuring com a mesma fórmula, só que dessa vez veio Rita Ora aproveitando os acordes trap que Katy Perry introduziu no mainstream com "Dark Horse". Outro hit.
Em time que tá ganhando não se mexe, certo? Iggy Iggz então partiu para o relançamento do seu debut, "The New Classic", intitulado "Reclassified" (até porque não havia mais músicas com essa fórmula na tracklist original). Com lançamento previsto para 24 de novembro, as novas músicas em destaque foram a ainda inédita "Heavy Crown" com a deusa Ellie Goulding e, para nossa total surpresa, "Beg For It" com MØ. Quem acompanha o It sabe que nós sempre tivemos uma queda pela dinamarquesa, com seu debut album, "No Mythologies To Follow" (nossa review), sendo um dos nossos favoritos do ano.
Escrita por Iggy e Charli XCX, o novo single era apontado como a segunda parceria das duas, mas MØ apareceu no lugar, aproveitando a sua onda de surgimento nos Estados Unidos que conta também com parceria com a Elliphant em "One More". Mas aí "Beg For It" começa a tocar e... ué?
A faixa abre com os vocais de MØ. Modificadíssimos, quase não conseguimos enxergar a escandinava no meio de tanto autotune. Colocando-a num tom péssimo, foi só assistirmos ao live no Saturday Night Live para notarmos o quanto vocalmente desconfortável ela fica, tendo que aparentemente colocar força para sair aquele tom. Uns dizem que o efeito foi usado para ela parecer com a Charli, e, de fato, em alguns momentos os vocais soam parecidos, o que é uma pena sem precedentes, já que a faixa não possui uma grama de toda a personalidade de MØ. Para comprovar é só ouvir qualquer música do seu álbum, como sua parceira com o midas Diplo em "XXX 88".
Iggy, por sua vez, está incrível, descolada, cool, divertidíssima, e seus versos conseguem contagiar de forma super fácil ("Não dá pra ver? Todos querem colocar as mãos em mim"). O refrão e o verso final de MØ não são liricamente ruim, o problema são os vocais mesmo, entretanto, ainda funcionam como um todo. Agora o maior ponto a ser debatido em "Beg For It" é sua fórmula.
Certo, já falamos que em time que tá ganhando não se mexe, a faixa é boa sim apesar dos pesares, mas o macete está cansando. Até quando Iggy irá se apoiar na fórmula para continuar no auge? É menos mal vermos que ela seleciona artistas nada óbvios, o que acrescenta em muito e de quebra joga o tal artista no meio dos holofotes - olha aí Charli XCX sendo reconhecida no mundo depois de tanto nadar no mar do anonimato. O mesmo efeito cai em MØ que, apesar da falha apresentação no SNL, onde a cantora teve problemas no retorno da canção, cantando-a fora do ritmo, deve gerar curiosidade em saber quem é aquela moça estranha com nome que não sabemos escrever nem pronunciar.
Até aqui a coisa ainda funciona, Iggy Iggz. Terceira vez seguida, mas se você continuar usando a mesma carta, nós cairemos no tédio e você no comodismo, e se há pessoas que sabem que você pode muito mais, inclusive sozinha, somos nós. E um beijo MØ, que é uma artista sensacional e que já pode lançar "Slow Love" como single.
A faixa abre com os vocais de MØ. Modificadíssimos, quase não conseguimos enxergar a escandinava no meio de tanto autotune. Colocando-a num tom péssimo, foi só assistirmos ao live no Saturday Night Live para notarmos o quanto vocalmente desconfortável ela fica, tendo que aparentemente colocar força para sair aquele tom. Uns dizem que o efeito foi usado para ela parecer com a Charli, e, de fato, em alguns momentos os vocais soam parecidos, o que é uma pena sem precedentes, já que a faixa não possui uma grama de toda a personalidade de MØ. Para comprovar é só ouvir qualquer música do seu álbum, como sua parceira com o midas Diplo em "XXX 88".
Iggy, por sua vez, está incrível, descolada, cool, divertidíssima, e seus versos conseguem contagiar de forma super fácil ("Não dá pra ver? Todos querem colocar as mãos em mim"). O refrão e o verso final de MØ não são liricamente ruim, o problema são os vocais mesmo, entretanto, ainda funcionam como um todo. Agora o maior ponto a ser debatido em "Beg For It" é sua fórmula.
Certo, já falamos que em time que tá ganhando não se mexe, a faixa é boa sim apesar dos pesares, mas o macete está cansando. Até quando Iggy irá se apoiar na fórmula para continuar no auge? É menos mal vermos que ela seleciona artistas nada óbvios, o que acrescenta em muito e de quebra joga o tal artista no meio dos holofotes - olha aí Charli XCX sendo reconhecida no mundo depois de tanto nadar no mar do anonimato. O mesmo efeito cai em MØ que, apesar da falha apresentação no SNL, onde a cantora teve problemas no retorno da canção, cantando-a fora do ritmo, deve gerar curiosidade em saber quem é aquela moça estranha com nome que não sabemos escrever nem pronunciar.
Até aqui a coisa ainda funciona, Iggy Iggz. Terceira vez seguida, mas se você continuar usando a mesma carta, nós cairemos no tédio e você no comodismo, e se há pessoas que sabem que você pode muito mais, inclusive sozinha, somos nós. E um beijo MØ, que é uma artista sensacional e que já pode lançar "Slow Love" como single.