Quando estreou aqui no Brasil, o evento teen Z Festival conseguiu um crédito e tanto com o público, por conta das line-ups que incluíram Justin Bieber, Demi Lovato e The Wanted, mas em sua edição de 2013 as coisas foram beeeem menos animadoras e o resultado não poderia ser mais decepcionante, visto que as principais atrações internacionais eram o grupo de covers do Youtube, Boyce Avenue, e a boyband-que-não-aconteceu formada no X-Factor, Emblem3.
Dado o desinteresse do público nesta edição, era de se esperar um provável cancelamento do festival, mas eles foram lá e fizeram melhor, investindo pesado pra que a versão de 2014 cumprisse com o prometido, reunindo grandes nomes para esse público adolescente. Os primeiros rumores apontavam a vinda da Ariana Grande, mas o cachê da menina foi para as alturas desde o sucesso de “Problem”, com a Iggy Azalea, de forma que ela se tornou uma atração fora dos planos e abriu caminho para dois nomes em ascensão, mas donos de um público absurdo: o cantor, também descoberto com covers no Youtube, Austin Mahone, e a girlband revelação do X-Factor americano, Fifth Harmony.
Cumprindo a cota nacional, trouxeram ainda a boyband Fly e, numa provável maneira de expandir o seu público, o menino MC Gui, aproveitando também pra chamar a boyband apadrinhada pelo hitmaker RedOne (responsável por trabalhos com Austin Mahone, Lady Gaga e Jennifer Lopez), Midnight Red.
Vendo assim, tudo continua parecendo pequeno demais, né? Talvez soubessem cantar as coisas das 5th Harmony ou as mais famosas do Austin Mahone, e quem vai dar atenção para esse tal de MC Gui? Mas presenciar todo o festival foi um verdadeiro banho de água fria (e olha que ela anda em falta em São Paulo, hahaha).
Abrindo o Z Festival, a banda nacional Fly, formada por Paulo, Caíque e Nathan, chegou cheia de energia e, com quase meia-hora de atraso, precisou cortar parte do seu setlist (incluindo as mais famosas, “Quero Você” e “Carta de Fã”), mas não foi nada que afetasse a apresentação por completo. Os caras são, inclusive, beeem esforçados e o que não faltaram foram fãs da banda na plateia, o que garantiu muita gritaria durante toda a apresentação.
Na sequência, quem chegou foi o intitulado “Príncipe da Ostentação”, MC Gui, e MEU DEUS!, uma puta surpresa positiva o show do menino, hein? O mais perto que chegamos do funk é com esse expoente pop nacional, como Ludmilla, Anitta e Valesca, e o atual contratado pela Universal Music tem caminhado muito bem para este nicho.
Contando com uma organização invejável, Gui subiu ao palco acompanhado de um enorme balé e fez todo mundo dançar (e cantar!) junto do início ao fim, indo do seu sucesso no Youtube, “O Bonde Passou”, ao single que homenageia seu irmão, a lindinha “Sonhar”, passando ainda por um DJ set que deixou todos MUITO animados, aberto por Jason Derulo com o smash hit “Wiggle”. A apresentação estava igual às novinhas, sensacional. Rs.
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Primeira atração internacional, a banda Midnight Red cobriu aquele momento em que podemos ir ao banheiro, comprar algo pra comer/beber, sentar. Descansar e esperar as outras atrações, sabe? Os dançarinos abriram o show com um cover de “Diamonds”, da Rihanna, e seguiram com uma apresentação toda cheia de buracos, passando ainda por um cover de “Steal My Girl” do One Direction. Preferíamos que o MC Gui tivesse voltado ao pouco. Ou então que a P9 surgisse em algum momento. Sim, preferimos P9.
As meninas do Fifth Harmony são INCRÍVEIS, hein? Já sabíamos que elas tinham um público bem significativo por aqui e o que não faltam são hashtags no Twitter pra evidenciar isso, mas só estando dentro do festival pra entender o que era toda aquela gritaria para cada suspiro das cinco. O setlist também foi impecável, aberto com “Miss Movin’ On”, que contou com uma palhinha de “Chandelier”, da cantora Sia, em sua intro, e dignamente encerrado pelo smash hit que abriu os trabalhos delas com seu CD de estreia, “BO$$”.
Também teve cover de “La La La” e “Latch”, do Sam Smith com Nautghy Boy e Disclosure, além de faixas como “Me and My Girls” e “Them Girls Be Like”. Nossa vontade era casar com a Camila, mas também queríamos levar a Dinah pra casa, pra cama, pra onde ela quisesse.
Também teve cover de “La La La” e “Latch”, do Sam Smith com Nautghy Boy e Disclosure, além de faixas como “Me and My Girls” e “Them Girls Be Like”. Nossa vontade era casar com a Camila, mas também queríamos levar a Dinah pra casa, pra cama, pra onde ela quisesse.
Por fim e, teoricamente falando, não menos importante, o cantor Austin Mahone foi o único artista que pôde utilizar todo o palco e fez muito bem este uso, obrigado. Aberto com “Banga Banga”, o show do menino nos deixou impressionado por 1) QUEM DIRIA QUE TO-DO MUN-DO SABIA CANTAR ATÉ AQUELAS BALADINHAS QUE ELE LANÇOU ANTES DE “WHAT ABOUT LOVE”? e 2) O QUE ERAM AQUELAS MENINAS SURTANDO? POR QUE AINDA NÃO FALAM DISSO COMO SINTOMAS DE UMA “MAHONE FEVER”? TINHAM VÁRIAS JULIANAS DESMAIADAS.
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Em sua apresentação, Mahone apostou num dos fatores que mais o beneficia em palco, a coreografia, além de cantar muito e ser bastante extrovertido. É um show divertidíssimo e pra ninguém botar defeito. Teve, inclusive, cover de “Stay With Me”, do Sam Smith, e “All of Me”, do John Legend, além daqueles momentinhos manjados, mas que sempre causam umas reações engraçadíssimas, como quando ele escolhe uma garota da plateia pra subir ao palco ou ameaça deixar o palco sem cantar seus maiores sucessos. Ver a plateia cantar “What About Love” em coro não teve preço. Pode perguntar para os cambistas que estavam lá fora.
Num geral, por mais que os nomes não pareçam tão grandes, essa foi uma das melhores e mais organizadas edições do Z Festival. Ainda que trabalhem com públicos bem segmentados, todas as atrações tinham gente pra cantar e dançar junto, e estamos falando todas MESMO. Até Midnight Red teve coro para suas músicas próprias. O que garantiu que a experiência em si fosse bem legal pra quem chegou disposto a assistir e curtir absolutamente tudo. Nossos shows favoritos, obviamente, foram os do Austin Mahone e Fifth Harmony, mas quem nos deixou boquiaberto mesmo foi o menino MC Gui. Já estamos até baixando “Beija ou Não Beija” pra escutar no caminho do trabalho e ninguém pode nos julgar.