A australiana Iggy Azalea sempre se deu muito bem com as palavras, seja em entrevistas, conversas com os fãs pela rede mundial de computadores ou, no seu papel de rapper, rimando, mas há pouco ela bateu um papo com seus fãs sobre sua escolha para próximo single com o CD “Reclassified” e, droga, nos decepcionou demais.
Sucedendo a canção em parceria com a MØ, “Beg For It”, que não deve nem ao menos ganhar um clipe, depois que Azalea descobriu da pior forma possível que a novata dinamarquesa não estava lá tão familiarizada com a canção e, sendo assim, inapta a performá-la em grandes programas, a próxima música de trabalho de Iggy Iggz será a parceria com a Jennifer Hudson em “Trouble”, e por mais que a música seja realmente ótima, a rapper precisou lidar com as lamentações dos fãs, que esperavam pelo lançamento de “Heavy Crown”, com a Ellie Goulding.
Esclarecendo as coisas, ela disse então que a escolha de “Heavy Crown” como single é algo inviável e sabe a razão? A música não foi feita para as rádios pop ou rítmicas, o que faria com que ela perdesse números nas paradas e, consequentemente, sua popularidade. Sério.
Nos últimos anos, a gente assistiu o drama de muitas artistas que a todo custo buscam mais liberdade dentro das gravadoras. Um caso recente é da Kesha, que está brigando na justiça pelo fim do seu contrato com o Dr. Luke, na esperança de lançar seu terceiro álbum de inéditas já longe de sua gravadora e com total liberdade para lançar o que realmente quiser, sem toda essa preocupação com paradas e tudo mais, e então temos Iggy Azalea, uma artista novata e vislumbrada pelo gostinho do sucesso, deixando claro que seu disco pode ter algumas canções boas, mas elas só irão para as rádios se forem formuladas para tal. Muito sério.
O banho de água fria é vê-la tão segura de ver a fórmula funcionar quando não há muito tempo viu as coisas darem errado com “Beg For It”, que mais parece alguma demo de “Fancy”, seu smash hit com a Charli XCX. Sua música feita para mantê-la nas rádios e paradas.
Seja como for, é realmente muito interessante saber que ao menos temos uma relação sincera entre a rapper e seus fãs, que agora sabem qual é a sua maior preocupação ao escolher músicas que serão ou não lançadas como single. O que deixa de ser interessante são seus próximos passos, que só deverão soar mais genéricos e feitos para funcionar com a grande massa.
Números não definem a qualidade de nenhum artista, dona Iggy. (E “Heavy Crown” continua sendo uma grande canção.)