Aparentemente, a empresa Apple, dona de coisas bem presentes em nossas vidas como o iPhone e o iTunes, estaria bastante incomodada com a ascensão da maior plataforma de streaming musical da atualidade, Spotify, e disposta a se unir às gravadoras para derrubar o serviço com a volta do Beats Music.
De acordo com o site da revista Billboard, a Apple concorda que o consumo digital deve estar por trás de uma “paywall”, de forma que escutar músicas gratuitamente termina por desvalorizar o trabalho do artista, mais ou menos como pensam as cantoras Taylor Swift e Björk, que não autorizam a disponibilização de suas músicas dentro da plataforma.
Como saída, a empresa fecharia um acordo com as gravadoras que vetaria a permanência de seu catálogo no Spotify, em tempo que o Beats Music possuiria essas músicas, mas de uma maneira um pouco mais rígida. Ao contrário do Spotify ou Deezer, que possuem planos gratuitos, com a condição de escutarmos também alguns anúncios, o Beats só seria gratuito no primeiro mês de contratação, devendo o ouvinte pagar mensalmente para permanecer com o serviço.
O mesmo site explica que apenas ¼ dos 60 milhões de usuários do Spotify utilizam o serviço em seu plano pago, o que comprova alguma falha no serviço oferecido, visto não conceder o retorno financeiro esperado. A fórmula, entretanto, parece funcionar bem para eles, uma vez que o consumidor gratuito termina gerando uma renda, ainda que menor, pelos anúncios executados entre as canções.
Uma alternativa apresentada pela Apple para tornar seu serviço um destaque entre as concorrentes era recomeçá-lo por um preço competitivo, US$7,99, dois dólares a menos que o preço atual do Spotify nos EUA, mas as gravadoras não se interessaram pelo preço camarada, estando a favor do método mais radical mesmo.
ENTRETANTO, nenhuma das empresas envolvidas está no País das Maravilhas (lá até o iTunes é de graça, dizem rumores), de forma que o Spotify trabalha com essas gravadoras por meio de contratos que já foram estudados e fechados antes deles começarem a mostrar um descontentamento com o serviço, então não dá pra chegar lá e falar “me dá minhas músicas!”. Sendo assim, o que está nos planos das gravadoras é fechar o cerco para a plataforma, reformulando o contrato para um formato aonde os usuários gratuitos só possam ouvir músicas por períodos limitados, mais ou menos como as franquias de dados móveis no celular, sabe? Bateu seu limite, pague pra ouvir mais.
O suposto golpe da maçã deve ser anunciado em junho , durante a Coletiva Mundial de Desenvolvedores da Apple (Worldwide Developers Apple Conference). Panelaços são mais que bem-vindos, tá?