Mas gente, calm down, hein? A família do cantor Marvin Gaye conseguiu uma indenização com mais de US$7 milhões desde que venceu um processo contra o produtor Pharrell Williams e o cantor Robin Thicke, alegando que um dos mais recentes sucessos da dupla, “Blurred Lines”, era plágio de uma antiga música do cantor, “Got To Give It Up”, qual definitivamente não concordamos, e numa recente entrevista, eles mostraram interesse em ir mais além.
A questão é que, em seu último álbum e trabalhos com outros artistas, Pharrell teve uma inspiração gigantesca da música dos anos 70, o que trouxe para as rádios de hoje uma fórmula que, desde então, passou a ser bem característica dele, mas já é algo que, pra quem consumia músicas do gênero anteriormente, não é novidade nenhuma. Entretanto, faz parte, nós chamamos isso de inspiração e nada além disso. Se você ouvir, por exemplo, a música que resultou no tal processo, sendo o suposto plágio agora reconhecido pela justiça americana, consegue notar que não há semelhanças gritantes e sim alguns pontos em comum entre as melodias, da mesma forma que acontece com outras N músicas. A gente supera.
Só que a família do Gaye está com sangue nos olhos e não pretende superar nada disso. Falando com a imprensa pela primeira vez desde que ganhou a causa, a filha do cantor, Nona Gaye, afirmou que escutou alguns mashups de outra música do seu pai, “Ain’t That Peculiar”, com outro smash hit do Pharrell, “Happy”, e OLHA SÓ, está trabalhando a possibilidade de brigar pelos direitos autorais dela também.
“Eu não vou mentir. Eu realmente acho que elas soam parecidas”, disse a filha do cantor. Enquanto sua ex-mulher, Janis, acrescentou, “Eu escutei os mashups, mas sequer precisava ouvi-los. Eu conheço bem ‘Ain’t That Peculiar’ e já escutei ‘Happy’”. Ainda assim, a reação deles quanto a essa possível similaridade não passou disso, pelo menos por enquanto.
Neste caso, assim como com “Blurred Lines”, tudo o que temos são pequenos pontos em comum, nada que realmente indique com clareza um plágio. Questionamos, inclusive, o que serão dos outros artistas de soul e R&B se a família do cantor resolver recorrer à todas as produções parecidinhas com seus sucessos, uma vez que Marvin influenciou MUITA gente, numa lista que vai da Alicia Keys ao Bruno Mars e bem além. Se não fosse algo que envolvesse tanto dinheiro, talvez eles devessem apenas aceitar o fato de que o cantor, compositor e multi-instrumentista deixou uma enorme herança para a música e, sejamos honestos, é reconhecido por isso. O próprio Pharrell Williams, durante as audiências de “Blurred Lines”, deixou claro o quanto admira e respeita um dos maiores expoentes dos anos 60 e 70 na Motown.
Seja como for, abaixo há um dos mashups que a família de Marvin Gaye teria escutado:
São nesses momentos que passamos a admirar cada vez mais a Sara Bareilles. Mas e você, acha que algum dos dois casos foi plágio? Concorda com os processos vindos da família do cantor?