Taí um investimento super lucrativo, né? Depois de “Style” amargurar o título de primeiro single do CD “1989” a não chegar ao topo da Billboard Hot 100, Taylor Swift sentiu a necessidade de se ver por cima de novo e, botando em prática uma ideia mais que genial, transformou o clipe do seu single seguinte no trailer do maior blockbuster de ação que os fãs de cultura pop já imaginaram sendo real.
Video Review: a vingança de Taylor Swift é um prato que comemos quente em "Bad Blood"
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“Bad Blood”, ainda que não soe exatamente comercial, tem todo um apelo por trás de seu lançamento, devido à letra ser um suposto shade para a Katy Perry, com quem Swift se desentendeu por uma amizade que não era tão verdadeira e especulado furto de dançarinos, e pra tornar seu apelo ainda mais interessante, Taylor chamou quase todas suas amigas famosas para o seu videoclipe e, para dirigi-lo, fez um convite ao Joseph Kahn, mesmo responsável pela obra prima que foi “Blank Space”. Para o caso de tudo isso não ser o suficiente, ela aproveitou os rumores sobre um remix com o Kanye West e, na falta de Yeezus, chamou Kendrick Lamar, que nem transformou a música naquele batidão sangue nos olhos que estávamos esperando, mas deu um up significativo na produção. Então ponto pra Taylor.
Com tanta gente famosa, tanto planejamento e, o principal, TANTA DIVULGAÇÃO, afinal, a cantora usou seu Instagram, Facebook e Twitter para divulgar nada menos que DEZOITO pôsteres do clipe, não tinha como o desempenho da música ser ruim e, de fato, não foi. Logo de início, o clipe já havia batido um recorde no VEVO e a confirmação do seu êxito veio nesta semana, quando “Bad Blood” surgiu lá no topo da Billboard Hot 100, se tornando a terceira música do “1989” a conseguir este feito e, olha só, quarta de toda a carreira da cantora de “New Romantics”.
Agora, a missão da Patê A4 é manter os números, né? Como já rolou remix e videoclipe, talvez ela consiga uma estabilidade significativa performando a música na televisão e, em último caso, levar suas músicas de volta ao Spotify, que também é utilizado como critério na contagem da Hot 100, seria uma ideia e tanto. Seja como for, a briga pelo topo não deve ser muito feia, até porque Taylor só compete com “See You Again”, o hit do Wiz Khalifa que ainda está pegando carona no buzz da morte do Paul Walker X “Velozes e Furiosos 7”, e “Trap Queen”, single de estreia do Fatty Wap que tem se mantido surpreendentemente bem na parada, mas sem todo o apelo pop da nossa sangue ruim.
Vale destacar que a última vez que vimos uma artista colocar três músicas de um mesmo disco no topo da Hot 100 foi quando Adele estava na febre “Rolling In The Deep”, o que rendeu à ela #1s por essa faixa, “Someone Like You” e “Set Fire To The Rain”. Dá licença que a conversa aqui é entre grandes compositoras e hitmakers, tá? E todas com Grammys.
Se continuar bem, o álbum “1989” deve render mais alguns três singles para Taylor Swift, acompanhando a divulgação da turnê homônima ao disco. As nossas apostas (e sinceras vontades) vão para “New Romantics”, “All You Had To Do Was Stay” e “I Know Places”.