O Jay-Z gostaria de comprar todas
as coisas vendíveis existententes no mundo, e isso nós já sabíamos. O Tidal,
serviço de streaming, comprado e relançado por ele em março deste ano
só reafirmou isso, pois nomes monstruosos da música americana foram convidados
a participar e dar suporte à plataforma, disponibilizando seus lançamentos e
trabalhos exclusivamente através
dela. A única pegadinha é que não há subscrição gratuita, ou seja, Jay-Z tentou
segregar os fãs de nomes como Nicki Minaj, Usher, Alicia Keys, Beyoncé, Madonna
e outros, entre os pagantes do Tidal e os muito pobres para ouví-los.
No entanto, Mr. Carter sofreu com
críticas negativas e o Tidal ainda não vingou, e se depender da Apple, ele
estará realmente fadado ao fracasso. Claro que a Maçã não está tentando atingir
diretamente o marido da Queen B, e sim, todas as plataformas de streaming, como o
Spotify, Deezer, Rdio e outras. Mas como o Jay-Z não conseguiu fazer seu novo
produto destacar-se perante as outras, a chegada do projeto da Apple pode
ameaçar ainda mais qualquer chance do Tidal sobreviver no mercado.
Fazendo uma comparação, o Spotify
concentra em torno de 30 milhões de músicas, com opções de subscrição gratuita
(com publicidade) e por R$ 14,90/mês
(sem publicidade e com possibilidade de download para ouvir offline), o Deezer fornece
as mesmas opções, já o Tidal oferece duas opções: US$ 9,90/mês (baixa qualidade), US$ 19,90/mês (alta qualidade). Parece meio injusto, não é?
Frisando que os artistas que apoiam o Jay-Z, estão disponibilizando seus
trabalhos apenas no Tidal, ou seja, se continuar assim, os próximos lançamentos
de Usher, Alicia e Bey, por exemplo, ficarão presos aos que podem pagar.
Vestindo a roupa da Miley e
querendo chegar como uma wrecking ball, o já denominado Apple Music promete um
acervo semelhante ao das outras, porém seus planos são de US$ 10,00/mês, ou US$
15,00/mês (com a possibilidade de 6 pessoas usarem). Além de tal serviço, será inaugurada
a Beats 1, uma rádio online, gratuita e
mundial, com 24h de música. Há também a disponibilização automática nos iPhones
e iPads e a oferta de 3 meses gratuitos. Sem contar que os executivos da
companhia recrutaram Drake, Pharrell e The Weeknd para apoiar o serviço.
Difícil não apostar as fichas em algo
lançado pela Apple, vide seus produtos físicos, o iTunes, a aquisição da Beats
by Dre e agora a Apple Music. Os
planos realmente não são os mais baratos, mas a empresa está disposta a garantir
algumas vantagens a mais. O serviço estará disponível no dia 30 de junho e até
os usuários do Windows Phone e Android poderão usar. Como será que o Jay-Z se
sairá dessa? Como será a receptividade da Apple neste mercado? Estará o Spotify
se sentindo ameaçado ou continuará reinando soberanamente? Aguardem cenas dos
próximos capítulos!