Os Minions foram um dos maiores fenômenos das telonas desde sua aparição em “Meu Malvado Favorito”, no qual são os proativos ajudantes do vilão enrustidamente fofo Gru, mas depois de ganhar tantos produtos próprios, além de inundar a internet com memes, GIFs, entre outras coisas, era só uma questão de tempo até que estudassem lançar algo só com essas criaturinhas amarelas.
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O momento chegou e, em vez de um curta, dedicaram todo um longa para os bichinhos, indo desde o começo da história do homem, já com a presença deles na Terra, ao episódio em que se encontraram pela primeira vez com Gru, com quem permaneceram até então.
Não dá pra negar que as animações ganharam um *booom* e tanto nos últimos anos e o que não faltam são produções para citarmos, de “Toy Story” e “Bolt, O Supercão” ao recente “Divertida Mente”, mas o principal trunfo delas é na mistura de uma estética aparentemente infantil, devido aos personagens fofos e fantasiosos, com dilemas e dramas da vida adulta (obviamente, adaptados para uma linguagem própria para crianças e adultos) e é aqui que os Minions perdem alguns pontos.
Numa síntese, a história de “Minions” nos mostra as aventuras das criaturinhas amarelas, que percorrem pelo mundo e história em busca de um vilão para servir, só que eles são todos desajeitados, então terminam mais atrapalhando seus mestres do que ajudando-os mesmo, e depois de encontrarem um lugar aonde não atrapalham ninguém, eles começam a sentir falta de um chefe e partem para Nova York, aonde haverá uma espécie de “feira dos vilões”, com vários mestres em potencial, hahaha, e caem de amores por uma das estrelas do evento, Scarlet Overkill, que se torna então o mais novo alvo de todo seu prazer em servir.
Olhando assim, tudo parece bem animador, mas sabe quando dá aquela sensação de que faltou algo? Não tem como não se encantar com os protagonistas, Bob, Stuart e Kevin, que nos arrancam risadas do início ao fim, seja com suas reações inesperadas ou com feitos realmente hilários, mas todo o resto do filme parece muito vago, explorando de maneira bastante rasa até o perfil da vilã Scarlet, no Brasil dublada pela Adriana Esteves (a Carminha de “Avenida Brasil”).
A ausência de momentos chaves também é um problema, em tempo que os ápices do filme ficam então para os segundos iniciais, que são exatamente os do primeiro trailer revelado, e a inexplicável reviravolta no final, qual não vamos contar, mas adianta a razão de como “Meu Malvado Favorito” começou. Um ponto a favor de toda a história é a riqueza em detalhes quando a missão é fazer referência aos anos 60, da trilha sonora aos elementos visuais, até colocando os bichinhos em meio à uma passeata hippie. Sensacional mesmo!
Em suma, a gente não faz parte daquele grupo que odeia e mataria os Minions (sério, tem quem não suporte essas coisinhas fofas amarelas!), os adoramos e rimos bastante com todos, mas saímos do cinema com aquela impressão de que dava pra ser melhor ou, na mais inteligente das hipóteses, que deixassem pra explorar um pouco mais da história deles em um curta, o que seria menos vago e cansativo, ou então lançassem uma versão dark-obscura-conspiratória com aquele lance deles serem nazistas. Não, a última parte é completamente zoeira.