“Cheap Thrills”, do último CD da Sia, é maravilhosa, né? A melhor música pop dela desde “Titanium”, sem dúvidas. E o que dizer de “I’m In Control”, do AlunaGeorge? Ninguém esperava vê-los flertando com o dancehall dessa forma. Coisa que esperávamos da Rihanna, QUE TAMBÉM O FEZ em “Work”, do disco “ANTI”.
Só essas três músicas já são o bastante para falarmos o óbvio: o dancehall chegou nas rádios para ficar. E os culpados são mais óbvios ainda. Em primeiro lugar, Diplo: o cara usa dancehall nas músicas do Major Lazer há mais tempo do que a idade dos fãs mais novos do hit “Lean On”. Em segundo, Skrillex: ele grudou no Diplo com o duo Jack Ü e, daí em diante, trocou seu tradicional dubstep por fórmulas bem próximas do que já conhecíamos com o cabeça da dupla. E, não menos importante, ele, Justin Bieber: o canadense deu voz para o primeiro sucesso do Jack Ü, “Where Are Ü Now”, ascendeu o tropical house do OMI em “What Do You Mean” e, sob o comando de Skrillex, acabou com as nossas vidas com “Sorry”.
Não dá pra negar que Bieber é um criador de tendências e isso vem desde do seu disco de estreia, que desencadeou uma carreira que mais tarde abriu as portas pra mil e um artistas adolescentes, mas o impacto dele com “Sorry” foi ainda além por 1) ter feito com que ele conquistasse um público bem mais diverso que seu nicho familiar anterior (aka “Beliebers”) e 2) abrir os olhos do resto do mundo — ou artistas de todo ele, pra ser mais claro — para uma fórmula jamaicana simplesmente infalível.
Daí, não deu em outra. Sia trocou suas baladinhas com ares épicos pelo “~tururururu turururu~
Você já tinha percebido esse golpe pop tão envolvente???
O que não faltaram também foram revelações na cola do Bieber. A sueca Zara Larsson refez sua “Lush Life”, com a participação do Tinie Tempah E UM REMIX DANCEHALL, a Foxes trouxe uma “Cruel” para o disco “All I Need” e os efeitos dessa febre chegaram ao Brasil com o single “Me Namora”, da antiga cover brasileira da Britney, Francinne, e “Mil Maneiras”, do EP de estreia do ex-‘The Voice’ Leandro Buenno.
Achou muito? Calma que existem pelo menos outras trinta e estão todas reunidas na playlist “Umas músicas tipo ‘Sorry’”, que preparamos lá no Spotify. Siga a gente na plataforma mais adorada pela Taylor Swift, siga a playlist para acompanhar eventuais atualizações (mais quantas “Sorry” conseguirão fazer até o fim do ano?) e faça bom proveito:
Na próxima playlist, reuniremos as cinquenta tentativas de Iggy Azalea repetir “Fancy”.