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Bitch better have my indicação: nossos 12 esnobados do VMA 2016

Nós vamos expor o VMA e divulgar que vamos expor o VMA

Mais um ano, mais um VMA, mais torcidas e mais decepções. O Oscar dos Videoclipes não é humanamente capacitado para abraçar todos os lançamentos de um ano e encaixar em suas categorias, todos nós sabemos, mas fica difícil defender a premiação quando alguns destaques simplesmente são esquecidos de TODAS as categorias. Drê, meu, vambora cara, amiga não tenho como te defendê.

E o VMA 2016 não poderia fazer diferente (confira todos os indicados e nossas apostas aqui). Se de um lado temos Beyoncé com 11 indicações pelos seus múltiplos clipes do “Lemonade”, ou Adele e seu clipe bilionário de “Hello” com sete indicações, do outro temos uma leva de clipes (até bem mais merecedores, cof) comendo poeira.

Então eis que nós do It Pop, defensores dos fracos e oprimidos, estamos cá para trazer nosso top esnobados do VMA 2016 e quais categorias eles poderiam ter sido indicados. Nós vamos expor a MTV e divulgar que vamos expor a MTV.

“No”, Meghan Trainor

Dona da formula do hit perfeito (segundo a própria), a hitmaker de “All About That Bass” nunca foi muito querida no VMA, tanto que NENHUM dos seus clipes chegou a receber uma mísera indicação – e olha que a moça não tem uma videografia descartável. O esquecido da vez foi “No”, o clipe que abriu a era “Thank You” e trouxe uma Meghan bem Britney cheia de empoderamento feminino, coreografia e muito carão. Não bastou para o júri viêmeístico.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Vídeo Feminino.

“Final Song”, MØ

A nova loira do pop agora é mainstream depois do estouro que foi “Lean On” em 2015, e trouxe no clipe de “Final Song” todo o seu gingado escandinavo para o meio do deserto, numa versão 2.0 do clipe de “XXX 88”, onde MØzão flutua possuída pelo ritmo em takes belíssimos e coreografias para mostrar que nem só de divas americanas vive o pop. Mais uma vez esnobada, mas o que é um VMA ruim ou dois pra 130 milhões de brasileiros que a amam? Então, meu amor, ninguém é mais poderoso que deus e MØzão.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Fotografia.

“Kill V. Main”, Grimes

Outra que decidiu cair de cabeça no pop, Grimes repaginou sua sonoridade com o “Art Angels”, sem deixar de fazer clipes de encher os olhos. O melhor da nova era é “Kill V. Main”, onde Clairinha (pros íntimos) chama sua gangue punk posseira para tocar o terror pela cidade em planos que se alternam entre a câmera lenta e entupidos de Chroma-key, sem esquecer das roupas de grife (como o incrível anjo negro e brusinha da Versace). “Kill V. Main” é uma colorida ode à juventude desenfreada.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Eletrônico, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Fotografia.

“I'm In Control”, AlunaGeorge feat. Popcaan

Se temos Beyoncé no topo das indicações e “Formation” em “Vídeo do Ano”, o duo AlunaGeorge fez seu próprio tratado de representatividade negra com o clipe de “I’m In Control” – tanto que George não aparece, apenas Aluna. Filmado de forma quase documental, o vídeo explora a vida de uma comunidade e evoca suas cores sem perder a vibe sonora do momento, o dancehall, trazendo o jamaicano Popcaan em versos incríveis. Um clipe com sabor humano belíssimo.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Eletrônico, Melhor Edição, Melhor Direção, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia.

“Out Of The Woods”, Taylor Swift

Mesmo com todos os bafafás ao redor do nome de Taylor Swift na atualidade, a gatinha consegue fazer uns clipes incríveis. Se no ano passado ela fez a limpa no VMA, levando quatro moonmen (incluindo “Vídeo do Ano” com Bad Blood), na edição de 2016 ela foi deixada de lado. Se fosse arrematar alguma indicação, o clipe de “Out Of The Woods” seria o candidato ideal. Com muitos efeitos especiais, a loira corre em seu universo assombrado na quarta colaboração seguida com o diretor Joseph Kahn, que sabe muito bem o que faz.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Visuais.

“Worship”, Years & Years

Os caras do Years & Years são mestres em fazer os clipes mais estranhões possíveis, e “Worship” talvez seja o mais estranho deles. Num clipe elétrico, Olly flutua entre o lado humano, onde canta trechos da canção, e o animalesco, em movimentos bizarros dignos do clipe de “Chandelier”. Toda a natureza imposta pelo clipe gera sensações conflitantes no espectador, seja medo ou até sexualidade, orquestrados com brilhantismo pela direção de Matt Lambert. Quando notamos, estamos prendendo a respiração.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Eletrônico, Melhor Vídeo Masculino, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhores Direção.

“Make Me Like You”, Gwen Stefani

Gwen Stefani pode não ter sido atração do Grammy 2016, mas conseguiu roubar a cena no intervalo quando gravou o primeiro clipe da história ao vivo na tevê. Num conceito parecido com a performance de “Applause” no VMA 2013, Gwen passeia por vários cenários onde vai ganhando (e tirando) peças de roupas para se adequar a cena, tudo feito ininterruptamente, ajudada pela esperta edição que fez todo mundo acreditar que o tombo com patins era real. Despretensioso, mas super divertido.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção de Arte.

“Bitch Better Have My Money”, Rihanna

Numa premiação que não deu “Vídeo do Ano” para “Thriller”, ou que esqueceu no churrasco a estatueta de “Melhor Coreografia” de “Vogue”, cá estamos com mais um exemplar imperdoável do VMA, dessa vez tendo a audácia de nem ao menos indicar, ele mesmo, o clipe de “Bitch Better Have My Money”. Proibido para menores pelo conteúdo impróprio (nudez, assassinato, violência e linguagem inadequada), o polêmico clipe de Rihanna para o single que foi esquecido pelo “Anti” foi um verdadeiro tiro quando lançado, mostrando a saga ensandecida da barbadiana para conseguir o seu dinheiro de volta. Mesmo com toda a controvérsia, não conseguimos desgrudar os olhos de um dos clipes definitivos de 2015. MTV discorda.



Renderia indicações de: Vídeo do Ano, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia.

“Confident”, Demi Lovato

A destemida era de Demi Lovato ganhou o mega reforço de Robert Rodrigues na direção do clipe de “Confident”. O diretor, famoso pelos seus tresloucados filmes (franquia “Machete”, “Sin City”, “Um Drink no Inferno”), jogou toda sua veia filme-de-ação-picareta no clipe, onde temos Lovato lutando contra Michelle Rodriguez em cenas de ação coreografadas e sem a menor vergonha na cara. Com um visual carregado, o clipe é um divertido (e confiante) curta que se rende aos filmes de espião da maneira mais Robert Rodrigues de ser.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Fotografia.

“Til It Happens To You”, Lady Gaga

Se alguém tem uma das melhores videografias da atualidade, esse alguém é Lady Gaga. A dona de 13 VMAs, clipes bombásticos e ditadores de tendência (ela é proprietária do eleito Clipe da Década 2000-2009, “Bad Romance”), Gaga decidiu sair dos holofotes e emprestar sua voz para a dolorida “Til It Happens To You”, tema do documentário “The Hunting Ground”. Todo em preto e branco, o vídeo mostra garotas sendo estupradas e como suas vidas seguem depois disso. Pesado, assustador e socialmente urgente, o clipe simplista carrega força pela crueza e mensagem.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo com Mensagem Social, Melhor Direção.

“Just Like Fire”, P!nk

Fugindo da preguiça que é fazer clipes de trilha sonora só com cenas do próprio filme (amém), P!nk volta à música com “Just Like Fire”, tema de “Alice Através do Espelho”, e, assim como o coloridíssimo filme, o vídeo acompanha a cantora pelo País das Maravilhas, enfrentando seu próprio eu ao seguir sua filhinha Willow, fazendo as vezes de Alice no clipe, que é pura magia. Com cenas mega elaboradas e cheias de efeitos, poderia ser o pontapé para a categoria “Melhor Clipe para Trilha Sonora”, ou algo do tipo.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Vídeo Feminino, Melhor Direção de Arte, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Fotografia.

“Close”, Nick Jonas feat. Tove Lo

Nosso Príncipe do Pop, Rei das Nossas Camas, Dono dos Nossos Corpos e tudo mais o que ele quiser, Nick Jonas, parecia aposta certa nesse VMA com o clipe de “Close”, parceria com a amadinha Tove Lo. Bem minimalista, o “Elastic Heart” do povão traz os cantores incapazes de se tocarem, sendo empurrados por uma força invisível. Bastante eficiente, o clipe incorpora o conceito da canção quando ambos se despem e se mostram vulneráveis, conseguindo finalmente estarem próximos. E é essa simplicidade que faz de “Close” ser tão bom. Mas não tão bom pra MTV, infelizmente.



Renderia indicações de: Melhor Vídeo Pop, Melhor Colaboração, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Fotografia.


...

E por meio dessa matéria também aqui estamos em nome dos clipes que, mesmo figurando na lista de indicados, foram jogados de lado com pouquíssimas indicações, como "M.I.L.F. $" da Fergie, "Pillowtalk" do Zayn, "Work From Home" das Fifth Harmony e "Cheap Thrills" da Sia. Nossos corações também estão com vocês.
disqus, portalitpop-1

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