Estávamos escrevendo desde ontem um texto chamado “O que falta para a Warner Music romper com o Biel?”, mas, como imaginávamos, não faltava mais nada.
De acordo com o Extra, a gravadora encerrou seu contrato com o cantor, acusado de assédio contra uma jornalista, na tarde da última quarta-feira (03), sem qualquer anúncio formal ao público até o momento.
Biel, que lançou no começo desse ano o seu disco de estreia, “Juntos Vamos Além”, se viu no olho de um furacão após o caso de assédio contra a repórter Giulia Pereira, ex-funcionária do Portal IG, e mesmo após encenar um pedido de desculpas no Youtube, pareceu não entender a gravidade do ocorrido, quando resolveu brincar com a situação em um show e, em seguida, dar uma entrevista na qual afirma que a jornalista prejudicou a sua carreira.
Em tempos de intensas discussões sobre o feminismo e a luta contra a cultura do estupro, tê-lo ileso após uma situação dessas, ainda espalhando por aí um discurso que culpabiliza a vítima, era algo para se preocupar. E para ser questionado.
A última pá de terra em cima da carreira de Biel aconteceu quando publicações antigas do cantor no Twitter foram descobertas, com inúmeras declarações racistas, machistas e LGBTfóbicas, além de comentários desrespeitosos com famosos como Angélica, Luciano Huck e Fátima Bernardes.
No meio de tantas confusões e uma série de erros que não pôde ser controlada por sua assessoria, ele foi barrado dos principais programas de TV, perdeu vários contratos e, por fim, o apoio da sua gravadora, que também tem em seu catálogo nomes como Anitta, MC Guimê e Ludmilla.
Nós esperamos que, no fim das contas, Biel tire uma lição disso. De certo, seu caso servirá de exemplo para muitos outros artistas, além de ser uma ótima oportunidade de demonstrarmos que a militância na internet tem, sim, o seu peso. Não é só uma hashtag quando dizemos que machistas, LGBTfóbicos e racistas não passarão. E até que demorô.