Só faltou a chamada com urgência no G1: Camila Cabello anunciou sua saída do Fifth Harmony. A notícia, entretanto, sequer chegou diretamente pela cantora, mas, sim, por sua assessoria, que contou tudo por um email para o grupo que, enfim, entregou a novidade para os fãs.
Já faz algum tempo que se fala numa instabilidade dentro do grupo e, de certo, algo não estava certo. Tanto é que a cantora apenas aguardou o fim do seu contrato, encerrado no último dia 18, pra avisar que estava pulando fora. Mas também não haviam razões para nos surpreendermos.
Desde o início do grupo, todas buscavam formas de conquistar um espaço além do “ser a integrante de uma girlband famosa” e, tanto pelos contatos no meio quanto por seu carisma no palco, Camila saiu com a melhor, sendo uma das mais famosas na formação do antigo quinteto.
Sem tempo a perder, ela foi uma das primeiras a lançar algo fora do grupo, aparecendo em “I Know What You Did Last Summer”, do Shawn Mendes, e há alguns dias, estreou entre as dez mais da Billboard por “Bad Things”, com o rapper Machine Gun Kelly; pra lançar algo próprio, seria uma questão de tempo.
O que é de se estranhar mesmo é a questão do timing. Tirando a parceria com Machine Gun Kelly, não há nenhum trabalho só da Cabello por aí para manter o seu nome em exposição e, neste ano, o Fifth Harmony viveu um dos seus melhores momentos, por conta do disco “7/27” e os hits “Work From Home” e “That’s My Girl”, mas pra ela ter apenas cumprido sua agenda e, ao fim do contrato, dado tchau sem sequer se preocupar com um posicionamento mais caloroso, as coisas estavam piores do que imaginávamos.
Felizmente, o clima não deve ser de luto. Sem Camila, as outras integrantes do Fifth Harmony terão ainda mais oportunidades de explorarem seu potencial e, consequentemente, também mostrarem a que veio, assim como, sem Fifth Harmony, Cabello poderá ir ainda além da pressão de emplacar outros hits com a verdadeira máquina que são esses grupos, investindo naquilo que, desde o começo, era o seu sonho. Afinal, todas começaram com uma ambição individual no X-Factor, não é?
Quem venham ainda mais projetos solos. Quanto mais artistas dispostas a nos entregarem mais e mais músicas boas, melhor para nós. That’s my girl.