Muito se fala sobre as lutas sociais e empoderamento nas redes sociais, e, aliado aos outros meios de resistência, a música se torna uma ótima ferramenta para reverberar esses pensamentos em forma de entretenimento.
Quem já entendeu isso foi Beyoncé, que hoje canta sobre feminismo e racismo sem deixar que paremos de dançar e, no Brasil, chegou a vez de abrirmos nossos olhos e ouvidos para Lila, que lançou nesta semana uma parceria com Leo Justi, chamada “Não É Não”.
A carioca, que já está no nosso radar há algum tempo, chamou nossa atenção pela primeira vez em “Foi o Carnaval”, com João Brasil, mais tarde nos encantando ao vivo, no palco do Coala Festival, e em seu novo single, prova realmente ser um nome para ficarmos de olho, mesclando o discurso feminista com uma sonoridade tropical, se unindo a lista das minas que estão dando uma nova cara para a música nacional.
Em sua letra, “Não é Não” explica, literalmente, que a cantora só fará aquilo que ela quiser e, quando não, negará e ponto. Sua letra menciona o poder de escolha da mulher, o respeito perante à sociedade e, claro, a importância de escutarem e aceitarem as suas regras para sua vida e corpo. “O meu corpo é minha lei e você tem que escutar.”
Ouça:
Também neste ano, Leo Justi esteve por trás do álbum de estreia da MC Carol, “Bandida”, que conta com músicas como a parceria com Karol Conka, “100% Feminista”, e a maravilhosamente inusitada “A Vingança”, na qual a funkeira se vinga de um cara que pretendia abusá-la sexualmente após uma festa.
A música brasileira é delas.