Desde que surgiu no cenário musical em 2010, Jason Derulo tem sempre procurado fazer canções que não sejam óbvias e iguais ao que escutamos nas rádios e que, claro, façam a gente rebolar bastante o bumbum, porque estamos aqui pra isso. Por isso, hoje a gente pode dizer com propriedade que o cara não só é uma máquina de fazer hits, como lança aqueles smashs nada convencionais que a gente tem orgulho de dançar bastante na balada.
Já são 7 anos desde que ele se lançou na indústria, quatro discos e uma coletânea de hits, mas ele não para e continua sempre investindo em novas sonoridades e em muita coreografia, criando tendências - quem não se lembra do sucesso dos trompetes de "Talk Dirty" que dominaram a música pop? - ou simplesmente inovando quando tudo parece igual - "Swalla" tá aí pra provar isso.
Batemos um talk dirty com o cantor sobre como é fazer sucesso no mundo inteiro com sua própria música, o novo álbum que está por vir, parcerias, Brasil e muito mais:
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It Pop: Antes de tudo, parabéns por "Swalla"! A música está fazendo bastante sucesso. Eu estava olhando o Top 50 de vários países no Spotify, e a música estava no Top 10, Top 20 de quase todos eles. Como é pra você ver a sua música se tornar um hit global?
Jason: É incrível! É uma dessas coisas que você não se acostuma. É muito bom. Você começa a fazer a música no estúdio, vê ela sendo produzida numa sala junto com várias pessoas, de repente você lança e, quando vê, a canção cresce e vira algo muito maior do que você esperava. Isso é algo muito especial.
Quando eu escutei "Swalla" pela primeira vez, me lembrou bastante de um ritmo brasileiro chamado tecnobrega. Então, me conte, qual foi a inspiração por trás da sonoridade de "Swalla"?
Jason: Eu tenho origens haitianas. Então, eu queria fazer uma música que lembrasse a kompa, o ritmo tradicional do Haiti. Queria fazer uma música que tivesse esse ritmo, esse som, mostrar isso para o mundo. É muito bom poder levar esse estilo para outros lugares.
Você está acostumado a trabalhar com vários rappers, mas nunca tinha trabalhado com a Nicki Minaj. Como foi?
Jason: Foi legal. Ela é uma artista talentosa, que sabe o que quer e sabe como fazer. Foi incrível e nós fizemos coisas bem legais no estúdio. Temos uma versão acústica de "Swalla" para lançar e, logo, logo ela estará aí. Trabalhar com ela no estúdio foi mesmo um processo bem legal.
Você também está bastante acostumado a colaborar com diversos artistas em seus discos. Vamos ver algumas parcerias nesse novo álbum?
Jason: Ah, algumas. Vocês vão ver algumas participações sim, mas é surpresa.
Mas você não pode contar nada pra gente? Nadinha?
Jason: Não, não! Tenho que guardar esses segredos. São projetos legais, pessoas diferentes. Já tenho até algumas canções prontas, mas não posso falar mais nada.
Eu sei que "Swalla" está se saindo bem, mas você já está pensando em um próximo single?
Jason: Estou pensando, mas mais por alto. "Swalla" está indo muito bem mesmo e isso é bom, então estamos pensando no que vem depois sim, mas primeiro vamos focar nessa música, lançar a versão acústica de "Swalla" e depois, então, lançar outra canção. Mas o novo single sairá logo.
Voltando um pouquinho no tempo, eu lembro quando você lançou "Talk Dirty" e a música fez tanto sucesso que, de repente, todo mundo começou a usar aquele som de trompetes. Ariana Grande usou trompetes em "Problem", Fifth Harmony fez a mesma coisa em "Worth It", até a Taylor Swift usou esse som em "Shake It Off". Como foi pra você criar uma tendência na música pop?
Jason: Eu tento fazer coisas diferentes, coisas que ninguém está fazendo. Tento fazer coisas que me inspiram. Não quero seguir as tendências, quero fazer algo que as pessoas não costumam escutar e quero também me conectar com essas pessoas. Não faço algo pensando se vai ou não criar um tendência, isso é o tipo de coisa que acontece sem planejar.
E agora "Swalla" está se tornando um hit e é bem diferente do que costumamos escutar por aí. Você acha que essa música também pode criar uma tendência?
Jason: Não sei, não tenho certeza. Eu quero ver o que vai acontecer com essa canção. "Swalla" está indo bem agora e vou ficar de olho no que vai acontecer daqui pra frente.
Ok, agora vamos falar do Brasil! Você esteve aqui em 2014. Como foi a experiência?
Jason: Foi incrível! Mulheres bonitas, boa comida, público maravilhoso... é muito bom fazer show aí!
Tem planos para voltar?
Jason: Sim, com certeza! Quero voltar logo.
Suas músicas são sempre bem diferentes, elas tem sons e batidas que não costumamos ouvir em outras músicas, e aqui no Brasil nós também temos ritmos bem diferentes. Você já escutou música brasileira e já pensou em talvez usá-la como inspiração para criar suas próprias canções?
Jason: Olha, é uma boa ideia! Acho que vocês tem coisas bem diferentes por aí. Seria bem legal começar a pesquisar mais sobre a música de vocês, entrar de cabeça nisso aí e, então, quem sabe?!
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Ih, gente, não é que ele gostou da ideia de fazer uma música inspirada por ritmos brasileiros? Tecnobrega já (quase) foi, que tal um pop inspirado no funk pra gente mostrar cultura pra esse povo? Já pode ligar pra Anitta que o hit tá pronto!