A gente não sabe onde estava quando a rapper Cupcakke lançou um dos melhores e mais divertidos álbuns do ano, mas felizmente chegamos a tempo de enaltecer a estreia do seu novo clipe, para a dançante e desbocada “Barcodes”.
Na faixa, presente no álbum “Queen Elizabitch”, Cupcakke canta na perspectiva de uma mulher que se relaciona com um cara casado e está indisposta a ir pra cama com ele, ao menos que ele te dê muito dinheiro. “Essa vagina não tá de graça, então eu preciso cobrar mais caro (...) Pague a porra do preço ou vá ficar com sua esposa em casa.”
Seu clipe, lançado na última segunda-feira (17), é bem menos explicito do que a letra sugere, trazendo a cantora e um cara num quarto de motel, enquanto ela manda suas rimas até que, enfim, acerta suas contas. Olha só:
Com outros três discos já lançados, sendo eles “Cum Cake”, “S.T.D.” e “Audacious”, Cupcakke divide as opiniões por conta do teor de suas letras, como são os casos de suas músicas mais famosas: “Pedophile”, um relato sobre como foi vítima de pedofilia aos quinze anos, “LGBT”, na qual demonstra seu apoio a comunidade LGBT+, e “Spider-Man Dick”, em que compara as extremidades de suas partes intimas com as paredes escaladas pelo Homem-Aranha.
No clipe anterior ao de “Barcodes”, para a faixa “33rd”, a rapper intercala cenas apresentando sua música com comentários de ódio que recebe pelo Facebook, Twitter e Youtube, muitos de teor misógino e racista. “Foi nisso que as mulheres negras se transformaram?”, diz o autor de um deles:
Felizmente, ela aparenta não dar uma foda para isso.
Neste ano, Cupcakke começou a chamar nossa atenção quando colaborou com Charli XCX em “Lipgloss”, da mixtape “Number 1 Angel”. Durante seu show pelo Brasil, a cantora de “After The Afterparty” puxou um coro pra que os brasileiros gritassem o nome da rapper antes de cantar a sua parceria.
Ouça o álbum “Queen Elizabitch” na íntegra pelo Spotify: