Desastres naturais não levam esse
nome à toa: além da devastação do local, há vidas que se vão, perdas (materiais
ou não), prejuízo, medo, traumas e incertezas – realmente um desastre, em todos
os sentidos possíveis. Porém, em meio a tanto sofrimento e angústia, existe um
outro lado da tragédia que nos dá uma leve pontada de alegria e esperança na
humanidade. A união e o senso de compaixão e responsabilidade daqueles que se
mobilizam para ajudar os mais necessitados são sempre inspiradores e nos
mostram o quanto precisamos uns dos outros para, literalmente, sobreviver.
Foi com esse sentimento de
caridade que um homem em Houston se dispôs a colocar seu traje de Homem-Aranha e
visitou o George R. Brown Convention Center, um abrigo improvisado que está acolhendo cerca de nove mil pessoas desabrigadas após o furacão Harvey. Conhecido nas
redes sociais como HoustonSpider, o cosplayer realmente assumiu a posição de “super-herói
da vizinhança” – conforme o que Tony Stark pediu para que Peter Parker fizesse em “Homem-Aranha”: De Volta ao Lar” – e, em sua visita ao local, arrancou
sorrisos, distribuiu abraços, batidas de mão (high fives),
adesivos do super-herói e, até mesmo, autógrafos.
O vídeo da visita ao George R.
Brown se tornou viral ao ser publicado pela repórter local Stef Manisero, e nele é possível vê-lo interagindo com duas crianças. Em entrevista à MTV
estadunidense, HoustonSpider explica que já faz outras ações parecidas com o
uniforme do herói no Houston’s Child Charity e que pretende se juntar ao
Houston Deadpool, outro homem fantasiado que está ajudando as vítimas do
furacão.
“Eu vi todas essas pessoas
fazendo tanto e eu não tenho um barco, mas tenho uma fantasia. O Homem-Aranha é
um herói icônico e ele realmente exemplifica o homem comum. Ele é uma pessoa
comum e cotidiana com problemas regulares e cotidianos, e ele lida com isso com
humor. Ele é divertido e legal, então eu queria levar isso para o abrigo e
fazer algumas pessoas sorrir”, explica HoustonSpider, ainda com a verdadeira identidade desconhecida. Dá até um quentinho no coração quando vemos esse tipo de
coisa, não é?