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O disco de estreia da Linn da Quebrada, “Pajubá”, é um manifesto poético, ousado e dançante

Em meio a censura de artistas LGBTQs e discussões sobre a patologização da homossexualidade, Linn nos entrega um disco mais que necessário.
“Não adianta pedir, que eu não vou te chupar escondida no banheiro”, canta Linn da Quebrada na primeira música do seu álbum de estreia, “Pajubá”. “Talento”, anteriormente lançada numa versão funk, reconhece a luta pela existência e resistência das travestis, dentro de uma sociedade que as repudiam, marginalizam e sexualizam.



O nome “Pajubá”, por sua vez, vem da expressão que define a linguagem entre os LGBTQs e, ao longo do disco, é sobre isso que Linn canta: a vivência de, como a própria diz, uma “bicha estranha, louca, preta, da favela”.

A indefinição do ser “queer” rodeia toda a sonoridade do disco, que vai da nova MPB, de nomes como Liniker e Alice Caymmi, ao funk, passando ainda pelo pop, rap e até uma pegada mais eletrônica.

“Pajubá” nasceu de um financiamento coletivo e, em sua tracklist, também o vemos sendo carregado por várias vozes. Entre as participações, a rapper e drag queen, Glória Groove, e as cantoras Mulher Pepita e Liniker.


Das letras mais divertidas aos debates realmente sérios, cada uma das faixas são um baita soco dentro de uma realidade em que, infelizmente, assistimos às discussões sobre a patologização da homossexualidade e censura de inúmeras relações entre a arte e cultura LGBTQ. Um momento em que Linn da Quebrada e seu “Pajubá” se tornam mais do que necessários.

Ouça na íntegra pelo Spotify:

disqus, portalitpop-1

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