Em português, “Machika” pode significar “romper”, “quebrar”, “colidir” ou “chocar”. Causar um impacto. A palavra é de um idioma chamado papiamento, comumente falado pelas ilhas caribenhas e deriva do português e línguas de origem africana, com influências do inglês, espanhol e neerlandês.
A escolha não poderia ter sido mais propícia para o novo single e videoclipe do cantor colombiano J Balvin que, ao lado de Anitta e do rapper Jeon (que vem de Aruba, uma das ilhas que falam em papiamento), quer reforçar essa mensagem de união entre os povos, de uma forma ainda maior do que ele fez em seu hit anterior, “Mi Gente”, em que já dizia que sua música não vinha para separar as pessoas e, sim, uni-las.
Sonoramente falando, “Machika” é mais impactante do que sua outra faixa: cada segundo da música é pulsante, dançante, explosivo, enquanto seu refrão trata de grudar também o seu nome. Machika, machika, machika.
No clipe, a mensagem não é muito diferente: há um cenário grandioso, mas pós-apocaliptico, no qual parecemos estar prestes a presenciar um grande combate, mas o que realmente temos é uma celebração.
Anitta, que já trampou com Balvin em “Ginza” e “Downtown”, aqui está com sangue nos olhos. Ela é a rainha da floresta, a responsável por levar pra essa festa a sensação da favela, e traz isso em seus versos, entoados da maneira mais confiante possível, se autodeclarando uma mulher que não dá pra trás e assumindo a linha de frente de todo esse movimento. Pra alegria de nós, fãs brasileiros, seu nome ainda é citado DUAS vezes, de forma que ela dificilmente ficará lembrada como “aquela mulher no clipe”. Ela é a Anitta, e com a pronúncia correta, porque nome não se traduz.
Tida como uma das apostas para a Copa do Mundo, “Machika” cumpre o seu papel, sendo uma faixa e videoclipe grandiosos do início ao fim, com uma mensagem positiva e, inclusive, ainda muito necessária. E para contextualizar a coisa toda, até aparecem umas bolas de futebol em seus segundos finais.
Temos um novo smash hit por aqui? Esperamos que sim. Embarque em “Machika”:
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