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Mais comédia romântica soft com a terceira temporada de "Love", da Netflix

A série, protagonizada por Gillian Jacobs e Paul Rust, chega ao fim com muito mais do romance millenial que conquistou os fãs desde a primeira temporada
Produção original da Netflix, "Love" estreou sua terceira e última temporada há algumas semanas. A série é protagonizada pelos fofos Gillian Jacobs e Paul Rust, e se encerra com mais daquelas histórias que fazem a gente se sentir melhor com os nossos próprios desastres.

A história é a clássica boy meets girl com as nuances da geração de jovens adultos millenials: falta de realização na vida profissional, questões de saúde mental e a necessidade de colocar-se como prioridade mesmo dentro de um relacionamento.

Mickey, personagem de Gillian, está frustrada no trabalho e buscando formas de enfrentar o próprio vício em amor e sexo. Gus, personagem de Paul Rust, escreve roteiros cinematográficos, porém o mais próximo que chegou de Hollywood foi atuando como professor para atores mirins de um seriado. Os dois se encontram por casualidades da vida e acabam engatando um romance esquisito, alternando momentos de carinho com sérios conflitos de personalidade entre os dois.



Apesar da temática tradicional, "Love" consegue trazer debates interessantes enquanto a história do casal se desenvolve, explorando questões que fortalecem, distorcem e questionam o tema central da série: o amor. O vício e a saúde mental de Mickey, junto com as reações de Gus diante de suas crises, geram discussões importantes sobre como um parceiro deve se colocar diante das dificuldades do outro, esbarrando em questões fundamentais sobre os papéis de gênero dentro de um relacionamento.

A terceira temporada marca o estabelecimento do relacionamento de Gus e Mickey, quando eles finalmente começam uma convivência real como casal e caminham para um momento mais "confortável" e "morno" de sua trajetória. Apesar de muito da história dos dois acabar caindo no clichê da "garota cool" encontra o amor com o "nerd esquisito", dá pra identificar um crescente respeito no casal. A solidez desse relacionamento ainda abre espaço para outros personagens queridos ganharem um espaço maior na série, como a fofíssima roomate australiana Bertie e o aspirante a dublê Chris.

"Love" se encerra como deveria, sem perder o cinismo característico da trajetória dos protagonistas ou forçar acontecimentos mirabolantes em um enredo que não tem mais muitos caminhos para seguir. É tipo quando aquela banda que você gosta muito acaba com um projeto legal, em vez de tentar um som que não tem nada a ver com eles. Rola um misto de tristeza e alívio pela saudade do que chegou ao fim, mas com a consciência de que ele chegou na hora certa.

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