Velhos são os dias de "H2O: Meninas Sereias". A Freeform, mesma emissora americana de "Pretty Little Liars", recentemente estreou sua mais nova série: "Siren", uma drama mitológico sobre sereias com uma pegada obscura, sinistra e bem peculiar.
Hey, rolaram alguns possíveis spoilers. Caso não viu os dois primeiros episódios, corre pra ver e depois volta aqui, tá?
A trama segue a protagonista Ryn (Eline Powell), uma misteriosa menina que um dia aparece na cidadezinha costal de Bristol Cove, e prova que todas as lendas antigas da cidade sobre sereias que habitavam a região são verdadeiras. Durante uma turbulenta noite em pleno mar aberto, uma rede de marinheiros captura a "irmã" de Ryn e a leva para um laboratório do governo.
Ryn, devastada pelo acontecimento, vai para a terra e, em forma humana, começa a busca pela sua irmã e acaba conseguindo a ajuda de moradores locais; um desses sendo Ben (Alex Roe), um biólogo marinho que logo tem sua atenção despertada por Ryn.
Os dois episódios que já foram lançados são excelentes e fazem um bom trabalho em estabelecer uma história nova, fora do óbvio, que traz uma proposta dark e diferente para a sua temática.
O elenco da série não deixa a desejar e mostra potencial para o futuro ainda que seus personagens tenham parecido, pelo menos a um primeiro instante, superficiais. A direção artística, combinada com uma fotografia fria, consegue capturar a peculiaridade da situação de Ryn e dos moradores da cidade através de close-ups faciais, diálogos interessantes, e cenas que sutilmente sugerem storylines que ainda vão ser exploradas. Mas o verdadeiro destaque da série é inevitavelmente sua protagonista.
Ryn é introduzida como praticamente uma personagem muda. Sem saber falar inglês, a protagonista fala poucas palavras durante a duração dos dois primeiros episódios. Eline Powell, dando um show, consegue transmitir todas as emoções de raiva, curiosidade, medo e ameaça através de apenas olhares, expressões faciais e pequenos sons. Sua personagem consegue ser bizarramente assustadora e quase, quase fofa ao mesmo tempo.
Em seus melhores momentos, o roteiro toma cuidado para não revelar grandes detalhes. Os próprios poderes de Ryn são mostrados de forma contida, e a dinâmica de certos personagens sugerem possíveis romances e até inusitadas atrações sexuais.
Sirenes ou sirenas (sereias na mitologia grega) são criaturas perigosas que atraem pescadores e marinheiros com seu canto mágico para as rochas de suas ilhas, fazendo com que navios e barcos naufraguem. Os contos e versões variam, a maioria descreve uma Sirena como uma bela ninfa aquática com um canto angelical que, uma vez próxima de um homem, revela sua verdadeira face demoníaca e um canto que mais parece um grito bizarro do que qualquer outra coisa.
Estas criaturas são bem diferentes daquelas típicas sereias do imaginário popular, e "Siren" faz questão de retratar isso. Em apenas dois episódios, o telespectador já presencia um assassinato sangrento, uma tentativa de estupro, e uma das transformações mais fodásticas já feitas na televisão.
"Siren" ainda tem muita história pra contar e muito para provar, mas o pouco que já mostrou foi suficiente para segurar a atenção até dos mais exigentes. Ainda bem que essa não é só mais uma série de sereia bem vanilla que nem "H2O", porque sua pegada dark e sinistra a torna extraordinária.
"Siren" ainda tem muita história pra contar e muito para provar, mas o pouco que já mostrou foi suficiente para segurar a atenção até dos mais exigentes. Ainda bem que essa não é só mais uma série de sereia bem vanilla que nem "H2O", porque sua pegada dark e sinistra a torna extraordinária.
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