Depois de um longo hiato, poucos spoilers, e muita antecipação, nossa série favorita de vampiros voltou recentemente e, com apenas dois episódios, já deixou bem claro que não veio para brincar nesta quinta e última temporada.
Em sua quarta, "The Originals" introduziu a filha de Klaus Mikaelson (Joseph Morgan) e Hayley Marshall (Phoebe Tonkin), Hope, e já a colocou em perigo com a ameaça do fraquíssimo vilão The Hollow. Para derrotá-lo, os Milkaelsons tiveram que repartir sua alma em vários fragmentos, num estilo beeeeem Voldemort, e viver com estes fragmentos dentro de si próprios – algo que os impede de um chegar perto do outro para sempre. E esta complicada dinâmica é bem explorada nos dois primeiros episódios da nova temporada.
*Para você que ainda não assistiu os novos episódios: os próximos paragráfos contém spoilers.
O quinto ano da série é aberto com uma "reintrodução" dos personagens, mostrando o que cada um deles tem feito após a última season finale. É importante ressaltar que se passaram sete anos após os eventos da quarta temporada.
Hope (Danielle Rose Russell), agora adolescente, lida com a ausência de seu pai e causa problemas em sua escola quando transforma um lobisomem em vampiro, transformando-o em um híbrido. Rebekah está com Marcel, porém logo o deixa. Kol está com Davina. Elijah, sem sua memória, vive em ignorância. Freya continua se sacrificando por todo o mundo e Hayley completamente abraça sua função de mãe.
Os Milkaelsons, como irmãos, sempre tiveram seus problemas. Sempre brigaram mais do que viveram em paz, sempre discordaram mais do que concordaram. Porém, no final, eles são a âncora da emoção e da razão um para o outro. Vivendo separados, limitados a falar no telefone, como seu único meio de contato, eles perdem seu rumo.
Suas pequenas e breves interações mostram que, não importa onde estão ou com quem, suas emoções são sempre influenciadas por aquilo que é mais importante em suas vidas: a família. A volta de Caroline (Candice King) serve para lembrar Klaus disso. Ambos personagens tem uma história com o outro que começou lá na terceira temporada de "The Vampire Diaries". Assisti-los interagir novamente traz de volta todas aquelas emoções do passado, algo que não seria igual se não fosse pela química INCRÍVEL entre os atores. A cena dos dois juntos foi a melhor do primeiro episódio e provou que "The Originals" pode se beneficiar, e muito, de mais aparições de Caroline.
Outra dinâmica de personagens bem interessante é a de Freya (Riley Voelkel) com Keelin (Christina Moses). O segundo episódio deixa mais evidente do que nunca que Freya não pode amar Keelin e sua família ao mesmo tempo; a própria até verbaliza isso. Priorizando a família, Freya sacrificaria sua felicidade e seu relacionamento romântico. Priorizando o relacionamento, ela prejudicaria sua família pois não pode ajudá-la estando longe, viajando com Keelin.
É uma situação complicada que enfatiza os pilares da moralidade de Freya, uma personagem que desde que entrou na série sempre veio colocando sua família antes de tudo – e os roteiristas não mudaram isso agora para dar espaço para uma nova relação LGBT na série. Quando "The Originals" favorece personagem ao invés de enredo, os resultados são excelentes.
No mais, o segundo episódio é um tanto morno e cumpre seu papel de revisitar os personagens e introduzir um novo conflito. Depois de uma quarta temporada extremamente fraca e decepcionante, esta nova empreitada promete muito conflito emocional, desenvolvimento de personagens, ação, e uma conclusão digna. Ainda é cedo para saber, mas por enquanto o gostinho na boca satisfaz o paladar.
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