Eu sou como você. Na maior parte, minha vida é totalmente normal. E, assim como muita gente, talvez até você mesmo, eu sou gay. Acho importante contar como foi todo o processo que me levou até aqui. Bem, ao contrário do protagonista de "Com Amor, Simon" (Love, Simon), que disse que percebeu sua sexualidade com 13 anos, sei desse fato desde que me entendo por gente. No começo, para mim, era algo absolutamente natural e que não fazia diferença na minha vida; mas, quando a gente cresce e vai se inserindo no meio, vemos que esse natural é bem diferente do natural dos outros.
Não sei se aconteceu com o Simon, mas nunca passei por grandes crises de sexualidade, me culpando ou desejando não ser como eu sou. Aquilo era mais uma característica como qualquer outra, apesar de diferente. Talvez por eu sempre ter sido muito certo do que sentia, o "ser gay" nunca foi um peso grande demais para carregar. Me pegava, sim, me questionando sobre ou o porquê, mas nada mudaria o fato de que eu era, então para que quebrar a cabeça?
E eu posso dizer: tive muita sorte com a reação da minha família quando o que era uma suspeita se tornou realidade - porque bater nos 20 anos sem nunca aparecer com uma namoradinha é o alerta principal, não é mesmo? Porém, incrivelmente, eu não cheguei contando: foram eles que vieram até mim afirmando. Por eu lidar de forma muito simples com isso, nunca senti a necessidade de contar, afinal, que diferença faria? Além disso, como o Simon brilhantemente pontua em um momento da fita, é uma injustiça universal termos que nos "assumir" enquanto uma pessoa heterossexual não precisa ter a conversa, sem ter necessidade de se reafirmar para todos como nós. Então sempre fiquei na minha mesmo.
Para resumir, todas as tormentas do se descobrir e se afirmar gay não teve grandes impactos em mim, o que, sei bem, é uma experiência que foge à regra. No entanto sou adepto à força do Cinema em conseguir gerar proximidade da plateia para com a história, mesmo se ela não partilhe das tramas que estão na tela. Minha última crítica, para "Os Iniciados" (2017), trazia um romance gay proibido no meio do interior da África do Sul, um contexto absolutamente aquém do meu, mas, olha só, tão distante e tão próximo ao mesmo tempo.
Dei todo esse relato pessoal para mostrar como um mesmo tema pode render abordagens tão distintas a partir de experiências únicas. E, também, com o intuito de revelar o quanto os tormentos de Simon não foram os mesmos que os meus. Mas isso faz diferença? Em tese, não deveria. "Com Amor, Simon" conta a história de um garoto gay que, prestes a entrar na faculdade, ainda não conseguiu externalizar sua sexualidade para o mundo, mesmo desejando o jardineiro da casa à frente. Certo dia, ele começa a conversar com Blue, pseudônimo de outro gay da mesma escola, que escolheu o anonimato para discutir sobre sua orientação. Também escondendo-se atrás de um fake, Simon cria uma afinidade com o tal garoto, até que seus e-mails são descobertos por Martin (Logan Miller), que passa a chantageá-lo.
"Com Amor, Simon" é baseado no livro "Simon vs. a Agenda Homo Sapiens", de Becky Albertalli, sucesso literário que rapidamente ganhou vida na telona. Voltado para o público jovem, o filme segue os passos das páginas e visa atingir a galera mais nova, quando a sexualidade está aflorando e, claro, trazendo uma tempestade de dúvidas. Um grande feito da produção é que ela é o primeiro filme gay adolescente a ser distribuído por uma das maiores produtoras de Hollywood, a 20th Century Fox. É um reflexo absoluto de como as demandas sociais por representação estão chegando até a indústria, que, sem esconder, visa o lucro em cima disso.
E o lucro veio: "Com Amor, Simon" já arrecadou quase 3,5X o valor gasto de produção. Mesmo não sendo um blockbuster a render milhões, é a prova de que há interesse por essas histórias. O maior sucesso, por sua vez, veio do público: no CinemaScore, ferramenta norte-americana de voto popular, a fita recebeu nota "A+", a maior existente - apenas 77 filmes na história conseguiram o feito. Nascia aí um clássico gay?
Fácil perceber o motivo - concordar é outra história. Toda a trama é o cume do oxigênio americano: high-school, amigos descolados na cafeteria entre aulas, festas regadas com bebidas e pegação, dúvidas sobre os crushes e selfies cheias de likes. A receita para qualquer um dizer "Sim, por favor!" está escancarada, até mesmo para quem não vive essa realidade; estamos tão calejados com mercadorias norte-americanas que o mundo do high-school é quase íntimo. Não tem como fugir caso você consuma a mídia hegemônica.
Quer mais? "Com Amor, Simon" é uma obra que se insere no mais absoluto presente. É um filme que está passando agora. É só ouvir várias das músicas da trilha sonora, como "No" da Meghan Trainor, "Bad Romance" da Lady Gaga, "As Long As You Love Me" do Justin Bieber, "Feel It Still" do Portugal The Man, etc. Toda a atmosfera busca capturar quem está vivendo na atual era, sejam pelas músicas, sejam pelos diálogos, sejam pelas tecnologias, enfim.
Então sim, estamos diante de uma fita urgente. E "urgente" não no sentido de "importante", mas no sentido de "temporalmente afiado". Particularmente, sempre fico temeroso com filmes que abraçam o "agora" de forma tão explícita, pois os mesmos são os que mais sofrem com o efeito do tempo: em 10 anos "Com Amor, Simon" pode já estar datado. Na verdade, ele já nasceu datado. Mesmo a todo o momento deixando claro que é um longa moderno, parece que os personagens estão dentro de um filme dos anos 90 quando vemos seus embates.
E isso é efeito colateral do maior erro da película: não saber dosar os acontecimentos com a faixa etária de seus próprios personagens. Lembrando, Simon e sua trupe estão quase saindo do nosso ensino médio, todavia, há diversas tramas, diálogos e interações que são dignas de garotos do fundamental. Há uma cena onde Abby (Alexandra Shipp, a melhor atriz a pisar nesse filme) é forçada por Martin a gritar no meio de uma lanchonete que é "uma incrível mulher" e que merece "um super-herói", cena digna daqueles nomes baratos da Sessão da Tarde, e esse é só um exemplo.
Ah, mas é um filme de adolescentes, não tinha como fugir mesmo disso, você pode pensar, o que não é verdade. De "Meninas Malvadas" (2004) a "Tragedy Girls" (2017), este com a maravilhosa Alexandra Shipp como protagonista, os nomes de filmes que se passam no mesmíssimo universo de "Com Amor, Simon" sem cair nos clichês ou na babaquice estão aí vivos e respirando sem a ajuda de aparelhos. A inteligência repousa na capacidade dos diretores e roteiristas em usar os chavões em benefício próprio, como os dois citados fazem brilhantemente.
Mas vamos lá, qual o homossexual que não consegue minimamente se identificar com Simon? É bem verdade que não dá para não dizer "entendo tanto isso" em pelo menos uma cena, ou até derramar uma lágrima ou duas. A produção é muito bem intencionada, e trata de um conflito em específico e importante de ser debatido: quando o gay sai do armário forçadamente. Apesar dos meios serem bastante fracos dentro do roteiro, a trama da expulsão de Simon do seu armário é uma realidade que pode ser cruel para quem não está preparado a dar esse grande passo, e sua explanação é uma boa aula para quem não é gay.
No entanto, o filme está longe de ser o ícone LGBT que tanto parece ser - seja pela forma que se vende, seja pela aceitação do grande público. Note: Simon vive numa família rica, absolutamente unida e feliz, mora em sua lustrosa casa no subúrbio e goza de todos os privilégios em ser branco e heteronormativo. Todos ao seu redor estão ali prontos para acolhê-lo após a relevação de sua sexualidade. Simon tem (quase) nada de subversivo. Essa pontuação não quer dizer que filmes com esse arquétipo não possam existir, vamos lá, com calma. Um dos maiores sucessos gays da década, "Me Chame Pelo Seu Nome" (2017), é o amontoado das mesmas características: um romance gay entre dois homens brancos sob uma planície ensolarada italiana.
A grande diferença é: "Me Chame Pelo Seu Nome" é um longa sobre um amor de verão. Seu "objetivo" é retratar o nascimento e a morte dessa paixão, e só. "Com Amor, Simon" tem como meta ser um exemplo de aceitação e orgulho gay. Porém, seu porta-voz não possui força o suficiente para quebrar grandes barreiras e se tornar ícone - efeito idêntico ao da quase-tragédia "Stonewall: Onde o Orgulho Começou" (2015), que tira o protagonismo das mãos dos verdadeiros nomes para colocar sob os cuidados de um cara branco e "fora do meio". E ambos são exemplos de obras que aparentam fazer mais do que fazem de fato.
Sim, há uma fatia considerável de fofura e até certo carisma nos corredores da película, mas nada é capaz de mascarar o comodismo presente nas representações escolhidas. É um louvor ver o círculo de amigos de Simon, cheio de diversidade ao contrário de tantos filmes embranquecidos do subgênero, contudo é Simon a estrela da parada. E ele é o tipo mais comum de garoto que pode existir, quase vivendo num conto de fadas urbano, a única diferença é sua sexualidade. Prefiro pensar com todo o amor no coração que isso não se trata de uma higienização da homossexualidade - as escolhas das características do protagonista não foram arbitrárias -, então percorro esse aspecto sem tanta retaliação, mas é inegável: Simon não é um representante de verdade para a classe LGBTQ. Seu filme tampouco, a não ser que você esteja no 2º ano do fundamental.
"Com Amor, Simon" é um filme que atingiu moderado sucesso comercial e largo apreço das plateias por ser uma produção que existe para satisfazer seu público alvo, entretanto, ao se limitar dentro do nicho jovem, acaba cerceando todos os outros consumidores, e o preço deve ser pago. Com uma narrativa maculada que subestima seus próprios personagens, temos aqui uma fita que pode até ajudar quem começa a discutir sobre sua própria homossexualidade, todavia é mercadoria plastificada que, sim, merece ser feita, mas está gritantemente atrás em termos de importância e relevância de tantos outros longas LGBTQs.
Teríamos uma história bem mais notável dentro do cinema gay e, talvez, dentro da Sétima Arte como um todo caso o protagonista fosse aquele colega de escola de Simon: subutilizado, negro, afeminado e que sofre preconceito na frente do nosso dito herói - que faz nada para ajudá-lo, diga-se de passagem. Ele, que põe a cara para bater todos os dias e se autoafirma mesmo com os opressores percalços, é a verdadeira revolução de "Com Amor, Simon".
Dei todo esse relato pessoal para mostrar como um mesmo tema pode render abordagens tão distintas a partir de experiências únicas. E, também, com o intuito de revelar o quanto os tormentos de Simon não foram os mesmos que os meus. Mas isso faz diferença? Em tese, não deveria. "Com Amor, Simon" conta a história de um garoto gay que, prestes a entrar na faculdade, ainda não conseguiu externalizar sua sexualidade para o mundo, mesmo desejando o jardineiro da casa à frente. Certo dia, ele começa a conversar com Blue, pseudônimo de outro gay da mesma escola, que escolheu o anonimato para discutir sobre sua orientação. Também escondendo-se atrás de um fake, Simon cria uma afinidade com o tal garoto, até que seus e-mails são descobertos por Martin (Logan Miller), que passa a chantageá-lo.
"Com Amor, Simon" é baseado no livro "Simon vs. a Agenda Homo Sapiens", de Becky Albertalli, sucesso literário que rapidamente ganhou vida na telona. Voltado para o público jovem, o filme segue os passos das páginas e visa atingir a galera mais nova, quando a sexualidade está aflorando e, claro, trazendo uma tempestade de dúvidas. Um grande feito da produção é que ela é o primeiro filme gay adolescente a ser distribuído por uma das maiores produtoras de Hollywood, a 20th Century Fox. É um reflexo absoluto de como as demandas sociais por representação estão chegando até a indústria, que, sem esconder, visa o lucro em cima disso.
E o lucro veio: "Com Amor, Simon" já arrecadou quase 3,5X o valor gasto de produção. Mesmo não sendo um blockbuster a render milhões, é a prova de que há interesse por essas histórias. O maior sucesso, por sua vez, veio do público: no CinemaScore, ferramenta norte-americana de voto popular, a fita recebeu nota "A+", a maior existente - apenas 77 filmes na história conseguiram o feito. Nascia aí um clássico gay?
Fácil perceber o motivo - concordar é outra história. Toda a trama é o cume do oxigênio americano: high-school, amigos descolados na cafeteria entre aulas, festas regadas com bebidas e pegação, dúvidas sobre os crushes e selfies cheias de likes. A receita para qualquer um dizer "Sim, por favor!" está escancarada, até mesmo para quem não vive essa realidade; estamos tão calejados com mercadorias norte-americanas que o mundo do high-school é quase íntimo. Não tem como fugir caso você consuma a mídia hegemônica.
Quer mais? "Com Amor, Simon" é uma obra que se insere no mais absoluto presente. É um filme que está passando agora. É só ouvir várias das músicas da trilha sonora, como "No" da Meghan Trainor, "Bad Romance" da Lady Gaga, "As Long As You Love Me" do Justin Bieber, "Feel It Still" do Portugal The Man, etc. Toda a atmosfera busca capturar quem está vivendo na atual era, sejam pelas músicas, sejam pelos diálogos, sejam pelas tecnologias, enfim.
Então sim, estamos diante de uma fita urgente. E "urgente" não no sentido de "importante", mas no sentido de "temporalmente afiado". Particularmente, sempre fico temeroso com filmes que abraçam o "agora" de forma tão explícita, pois os mesmos são os que mais sofrem com o efeito do tempo: em 10 anos "Com Amor, Simon" pode já estar datado. Na verdade, ele já nasceu datado. Mesmo a todo o momento deixando claro que é um longa moderno, parece que os personagens estão dentro de um filme dos anos 90 quando vemos seus embates.
E isso é efeito colateral do maior erro da película: não saber dosar os acontecimentos com a faixa etária de seus próprios personagens. Lembrando, Simon e sua trupe estão quase saindo do nosso ensino médio, todavia, há diversas tramas, diálogos e interações que são dignas de garotos do fundamental. Há uma cena onde Abby (Alexandra Shipp, a melhor atriz a pisar nesse filme) é forçada por Martin a gritar no meio de uma lanchonete que é "uma incrível mulher" e que merece "um super-herói", cena digna daqueles nomes baratos da Sessão da Tarde, e esse é só um exemplo.
Ah, mas é um filme de adolescentes, não tinha como fugir mesmo disso, você pode pensar, o que não é verdade. De "Meninas Malvadas" (2004) a "Tragedy Girls" (2017), este com a maravilhosa Alexandra Shipp como protagonista, os nomes de filmes que se passam no mesmíssimo universo de "Com Amor, Simon" sem cair nos clichês ou na babaquice estão aí vivos e respirando sem a ajuda de aparelhos. A inteligência repousa na capacidade dos diretores e roteiristas em usar os chavões em benefício próprio, como os dois citados fazem brilhantemente.
Mas vamos lá, qual o homossexual que não consegue minimamente se identificar com Simon? É bem verdade que não dá para não dizer "entendo tanto isso" em pelo menos uma cena, ou até derramar uma lágrima ou duas. A produção é muito bem intencionada, e trata de um conflito em específico e importante de ser debatido: quando o gay sai do armário forçadamente. Apesar dos meios serem bastante fracos dentro do roteiro, a trama da expulsão de Simon do seu armário é uma realidade que pode ser cruel para quem não está preparado a dar esse grande passo, e sua explanação é uma boa aula para quem não é gay.
No entanto, o filme está longe de ser o ícone LGBT que tanto parece ser - seja pela forma que se vende, seja pela aceitação do grande público. Note: Simon vive numa família rica, absolutamente unida e feliz, mora em sua lustrosa casa no subúrbio e goza de todos os privilégios em ser branco e heteronormativo. Todos ao seu redor estão ali prontos para acolhê-lo após a relevação de sua sexualidade. Simon tem (quase) nada de subversivo. Essa pontuação não quer dizer que filmes com esse arquétipo não possam existir, vamos lá, com calma. Um dos maiores sucessos gays da década, "Me Chame Pelo Seu Nome" (2017), é o amontoado das mesmas características: um romance gay entre dois homens brancos sob uma planície ensolarada italiana.
A grande diferença é: "Me Chame Pelo Seu Nome" é um longa sobre um amor de verão. Seu "objetivo" é retratar o nascimento e a morte dessa paixão, e só. "Com Amor, Simon" tem como meta ser um exemplo de aceitação e orgulho gay. Porém, seu porta-voz não possui força o suficiente para quebrar grandes barreiras e se tornar ícone - efeito idêntico ao da quase-tragédia "Stonewall: Onde o Orgulho Começou" (2015), que tira o protagonismo das mãos dos verdadeiros nomes para colocar sob os cuidados de um cara branco e "fora do meio". E ambos são exemplos de obras que aparentam fazer mais do que fazem de fato.
Sim, há uma fatia considerável de fofura e até certo carisma nos corredores da película, mas nada é capaz de mascarar o comodismo presente nas representações escolhidas. É um louvor ver o círculo de amigos de Simon, cheio de diversidade ao contrário de tantos filmes embranquecidos do subgênero, contudo é Simon a estrela da parada. E ele é o tipo mais comum de garoto que pode existir, quase vivendo num conto de fadas urbano, a única diferença é sua sexualidade. Prefiro pensar com todo o amor no coração que isso não se trata de uma higienização da homossexualidade - as escolhas das características do protagonista não foram arbitrárias -, então percorro esse aspecto sem tanta retaliação, mas é inegável: Simon não é um representante de verdade para a classe LGBTQ. Seu filme tampouco, a não ser que você esteja no 2º ano do fundamental.
"Com Amor, Simon" é um filme que atingiu moderado sucesso comercial e largo apreço das plateias por ser uma produção que existe para satisfazer seu público alvo, entretanto, ao se limitar dentro do nicho jovem, acaba cerceando todos os outros consumidores, e o preço deve ser pago. Com uma narrativa maculada que subestima seus próprios personagens, temos aqui uma fita que pode até ajudar quem começa a discutir sobre sua própria homossexualidade, todavia é mercadoria plastificada que, sim, merece ser feita, mas está gritantemente atrás em termos de importância e relevância de tantos outros longas LGBTQs.
Teríamos uma história bem mais notável dentro do cinema gay e, talvez, dentro da Sétima Arte como um todo caso o protagonista fosse aquele colega de escola de Simon: subutilizado, negro, afeminado e que sofre preconceito na frente do nosso dito herói - que faz nada para ajudá-lo, diga-se de passagem. Ele, que põe a cara para bater todos os dias e se autoafirma mesmo com os opressores percalços, é a verdadeira revolução de "Com Amor, Simon".
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